Capítulo 27

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Prometi a mim mesmo que não deixaria o tormento de Chanyeol atrapalhar a viagem que Jongin planejou com tanto carinho. Deixaria as preocupações para quando eu voltasse a Haeundae. Como tínhamos perdido um dia, pedi para ficarmos mais um dia em Seoul. Depois, fui sozinho a um supermercado e preparei o café da manhã de Jongin. Foi gratificante ver o sorriso dele ao ver a mesa posta. Isso até ele dar uma crise de tosse e reclamar de o nariz estar entupido. Ele tinha pego uma bela gripe. Perfeito. Nossa viagem foi mesmo amaldiçoada por olhos invejosos. Só pode ser praga de Sehun!

Para o almoço, preparei uma sopinha que, modéstia à parte, ficou uma delícia. Comi duas vezes. E embora ele tenha elogiado a minha sopa, não conseguiu comer mais que a metade de uma tigela. Ele não teve muito apetite e não quis sair da cama. Não demorou muito para ficar com febre. E eu cuidei dele com todo o carinho que ele cuidou de mim. Fui à farmácia (que ficava bem perto do apartamento) e comprei remédios, não saí do lado dele. Jongin ficou todo bobo e manhoso.

– Eu deveria ter ficado doente antes – ele disse com a voz anasalada. – Nem minha mãe cuidou assim de mim.

Depositei um beijo na testa dele, lamentando por ser mais um a ter pais distantes.

– Eu vou sempre cuidar bem de você.

Seu dedo quente tocou o meu rosto, deslizando pelas maçãs até chegar nos lábios. Esperei que me beijasse, mas ele não beijou. Tinha medo de ousar. E quando tentei ousar por ele, sua mão me afastou.

– Você não quer pegar um resfriado, quer?

– Acho que vale o risco.

– Mas eu não vou deixar que fique doente por conta de um beijo.

Dei o braço a torcer. Quando se trata da minha segurança, Jongin se mostra inflexível.
Lá pelas 15h a febre dele diminuiu, mas o cansaço de seu corpo o fez dormir profundamente. Me deitei na cama com ele e fiquei assistindo à um programa sobre animais domésticos. Foi bom porque aprendi algumas curiosidades sobre os gatos.

A mulher do programa falava sobre as raças mais caras de gatos quando escutei a campainha.
Quem poderia nos visitar? Logo me veio Chanyeol à cabeça.

Levantei como uma onça raivosa, pronto para atacar se ele viesse de maluquice para o meu lado. Fechei a porta para que nada acordasse Jongin e fui verificar quem era o intruso. Respirei e inspirei três vezes antes de olhar pelo olho-mágico.

Claro, Chanyeol.

– O que você quer? – indaguei sem abrir a porta.

– Preciso conversar com você, Baekhyun. Preciso me desculpar por ontem. Eu estava surtado – a voz dele saia abafada, mas eu o escutava perfeitamente.

– Vai me contar o que está acontecendo com você?

O ouvi suspirar.

– Provavelmente não. Mas preciso pedir perdão. Eu não consegui dormir até agora, só comi um pedaço de pão. Eu não vou ter paz se não conseguir pelo menos te pedir perdão, mesmo que você não aceite. Então, por favor, abra a porta.

Eu sou mesmo muito mole. Na verdade, Chanyeol mexe muito comigo ainda. Eu queria ouvir o que ele tinha a me dizer. E obviamente me preocupei com seu estado.

Abri a porta, mesmo sabendo que Jongin não gostaria nada de saber disso quando acordasse.
Como ontem, Chanyeol estava com uma aparência arrasada. Olheiras profundas, lábios descascando e descorados, cabelo bagunçado e roupas amassadas. Muito diferente do príncipe impecável que conheci.

O Príncipe de HaeundaeOnde histórias criam vida. Descubra agora