Acordei às seis da manhã nu e deitado no sofá nos braços de um Chanyeol seminu. Ele roncava alto, como um porco. Tive um certo cuidado para me levantar e não o acordar. Fui direto ao banheiro para tomar um belo banho e tirar aquele cheiro de orgia de mim. E por incrível que pareça, eu não estava nem um pouco arrependido do que tinha feito. Pelo contrário, eu queria que Chanyeol me fizesse sentir mais coisas.
Após o banho fui para a cozinha preparar o café da manhã. Antes que eu pudesse chegar, fui abordado por Chanyeol no meio do caminho. Ele vestia apenas a cueca, e a ereção matinal era o enfeite. Ele chegou por trás de mim e me abraçou, dando um beijo molhado na curva do meu pescoço.
— Bom dia, meu amor.
— Bom dia.
Cá entre nós, aquela ereção roçando na minha traseira me deixou quase excitado.
— Por que não me acordou para tomarmos banho juntos?
— Porque eu não quero correr riscos.
Ele então se afastou de mim e riu.
— Isso quer dizer que há uma grande possibilidade de você ceder, não é mesmo?
A risadinha dele me irritou profundamente.
— É isso mesmo, mas eu não quero transar tão cedo. Então se contente com o pouco que eu oferecer.
Ele ficou feliz com a minha sinceridade, me deu um beijo e me acompanhou até a cozinha. Enquanto eu preparava nossos sanduíches, ele não parava de dizer o quanto estava feliz por eu estar cedendo.
— É sério, Baek. Eu estou cada vez mais apaixonado. Isso é um pouco preocupante, porque me tornei dependente de você.
Dei de ombros.
— A culpa não é minha. Não devia se apaixonar – provoquei.
— E tinha como evitar? – Ele riu. – Depois de experimentar um pouco dessa sua bunda maravilhosa, nunca irei conseguir parar de gostar de você.
Ele se aproximou de mim por trás, deu um tapa na minha bunda e a apertou em seguida. Tive que terminar de aprontar o lanche com ele grudado em mim, vê se pode?
Durante o café ele cismou de contar sobre suas aventuras sexuais. Comecei a ficar com certo nojo, ele já experimentou praticamente de tudo; sexo sadomasoquista, sexo público e todas as posições do Kama Sutra. Eu já deveria esperar isso dele, mas não gostei nem um pouco de saber disso.
— ... e também teve a vez em que Kyung e eu transamos em mar aberto e...
— Eu não quero saber! – disse eu de saco cheio.
— Está com ciúme do meu passado, amor?
— Não, seu idiota. Mas saber que você é rodado não me anima muito a querer perder a minha virgindade com você.
— Mentira, você está com ciúme.
Como eu não queria me estressar logo de manhã, recolhi a louça suja e as joguei dentro da pia. Depois segui até a sala para arrumar a bagunça que fizemos ontem. Chanyeol, ao invés de me ajudar, ficou recostado na parede só me observando. Não me importei com isso nos primeiros dois minutos, passados esses minutos, comecei a ficar irritado. Mas antes que eu pudesse explodir, a campainha tocou. Sorte de Chanyeol, porque eu estava prestes a jogar alguma coisa na cabeça dele.
Ajeitei o amassado da minha roupa antes de abrir a porta, me certificando também de que Chanyeol estava fora de vista. Abri a porta e...
Kim Jongin!
Fiquei tão surpreso que perdi a fala.
— Baekhyun... – Sua expressão era bem séria. – O Chanyeol está aí, não está?
Mas é claro que Chanyeol contou a ele. Deve ter se gabado e até mesmo dito que iriamos transar. Argh!
Também não precisei dar uma resposta. Chanyeol apareceu atrás de mim.
— O que você quer, Jongin?
Esperei por uma discussão, especialmente por Chanyeol ainda estar somente de cueca. Acho que nunca me senti tão envergonhado na vida. O que Jongin pensaria de mim? Sempre deixou claro que gostava da minha inocência, e essa imagem foi brutalmente despedaçada. Eu só não esperava que a reação de Jongin fosse tão extrema. Ele avançou em Chanyeol e desferiu um soco certeiro em seu rosto. Como foi pego desprevenido, Chanyeol caiu no chão, Jongin aproveitou para subir em cima dele e lhe dar mais dois socos. Fiquei paralisado de medo. Não conhecia aquele Kim Jongin. Onde estava o homem gentil e pacífico de antes?
Ele não deu o quarto soco. Se levantou, ainda olhando diretamente para Chanyeol.
— Você foi longe demais, Chanyeol – disse ele entredentes. – Eu poderia jurar que você estava mudando.
Eu não sabia sobre o que ele se referia, e parece que Chanyeol também estava confuso. Ele alternava o olhar entre Jongin e eu, mas o estranho foi ele não reagir, nem mesmo responder.
Jongin deu as costas a Chanyeol, se voltando para mim. Em seu olhar havia decepção, e isso me fez quase chorar.
— Tire esse cara da sua casa, Baekhyun. Antes que não tenha mais volta. Quero dizer... acho que já é tarde demais.
Meu coração disparou e o choro ficou preso na minha garganta. O jeito que ele falava, a falta de doçura me deixou muito mal.
— D-do que está falando?
Jongin não me respondeu. Passou direto pela porta, sem ao menos se despedir.
Eu então olhei para Chanyeol em busca de explicações. Ele se levantou do chão, limpou o pinguinho de sangue que tinha nos lábios e veio até mim, segurando meus braços com seu jeito possessivo.
— Sobre o que ele estava falando, Chanyeol? – indaguei com autoridade. Minha vontade de chorar havia passado, eu estava com raiva.
— Não sei, Baek. Ele está com ciúmes.
Tirei as mãos dele de cima de mim e cruzei os braços.
— Como não sabe? Você acha que eu sou idiota? Deve ter um motivo muito forte para o Jongin sair do sério assim.
— Ciúmes, Baekhyun. – Ele novamente segurou meus ombros como se quisesse me abraçar.
— Ciúmes de quê?
— De você, é claro.
Que absurdo.
— Você espera que eu acredite que o Jongin te socou três vezes porque está com ciúmes de mim?
Chanyeol me puxou para um abraço, me apertando para que eu não conseguisse escapar.
— Vai me dizer que você não percebeu que ele está a fim de você? – ele falou cravando as unhas de leve nas minhas costas. – Ele ficou com raiva quando soube que passaríamos um final de semana juntos.
Consegui me esquivar de seus braços e me afastei um espaço considerável.
— Já passamos um final de semana juntos e ele não ficou assim – repliquei.
— Mas foi a primeira vez que ele me viu seminu com você.
Por mais que eu não acreditasse no interesse de Jongin por mim, fiquei me sentindo muito mal. Primeiro porque provavelmente deve me achar um desfrutável agora, e segundo por trair sua confiança.
Para evitar brigas, fingi acreditar na história de Chanyeol. O dia tinha tudo para ser bom, e eu não queria estragá-lo.
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O Príncipe de Haeundae
FanfictionBaekhyun é filho de peixeiros e dedica sua vida a ajudar aos pais e a estudar. Com muito esforço, ele consegue uma bolsa integral para a renomada escola Seongbuk. Parecia um sonho. Esse sonho, porém, foi destruído quando o herdeiro da multimilionári...