O Príncipe de Haeundae

Capítulo 17

A viagem até o parque Yunsang era um pouco longa, mas foi divertida com os papos entre Kris, Jongin e meu irmão. Deixei Kris ir na frente, porque queria bater papo com Luhan. Ele e Jongin se deram muito bem!

Quando chegamos ao parque Yunsang, eu estava varado de fome, mas de comida, não de biscoitos recheados. Jongin tinha uma barraca maneira igual a de ChanYeol, e enquanto ele, Kris e meu irmão a montavam, eu ataquei as vasilhas de comida que minha mãe preparou. Não muito tempo depois chegaram Minseok e Jongdae, e Luhan foi ajudá-los com sua barraca. Continuei comendo no meu cantinho.

Mas a minha fome foi embora quando um carro preto parou ao lado do carro de Jongin e dele saíram JunMyeon, Kyungsoo e Yixing. Guardei a comida, porque não queria que achassem que sou um guloso. Então fui cumprimentar o meu patrão. Yixing era carinhoso, meu deu um abraço forte e um beijo na testa, me deixando absolutamente sem graça. Dos outros dois só ganhei uma breve reverência.

Os três cumprimentaram o resto do pessoal, e então foram armar suas barracas. Os "casais" haviam mudado. Quero dizer, eu ficaria com Jongin e Kyungsoo ficaria sozinho. Ele mesmo preferiu ficar sozinho.

Assim que a minha barraca e de Jongin ficou pronta, fui para dentro da mesma arrumar minhas coisas. Estar dentro daquela barraca me lembrou de ChanYeol e nossa noite de acampamento na praia de Jeju... Um nó se formou em minha garganta, tive que segurar o choro.

– Você realmente não se incomoda de dormirmos na mesma barraca? – Jongin indagou com todo o seu cavalheirismo.

Engoli o nó e lhe sorri.

– Claro que não me importo. Eu confio em você.

Ele abriu um sorriso largo e agradeceu a minha confiança. E eu confiava mesmo, ele não teria a cara de pau de ChanYeol e me bolinaria durante a noite.

Estava ajeitando meu colchonete quando Luhan invadiu a barraca.

– O Kris se ofereceu para fazer o almoço. Mas eu não confio nele pra isso – ele disse, se jogando no meu colchão recém arrumado. – Ajude ele, por favor.

Bem, Kris nunca foi um mal cozinheiro, mas, modéstia à parte, sou muito melhor.

Kris tinha trazido seu fogão portátil, e eu trouxe comidas semi prontas que preparei ontem à noite com a ajuda da minha mãe. Sehun estava reclamando de fome, ficou me apressando então comecei logo a fazer. Não demorou muito para o cheiro da minha comida se espalhar pelo local e chamar a atenção dos outros. Yixing foi o primeiro a se aproximar, depois vieram JunMyeon e Kyungsoo. Fiquei todo me achando, porque até mesmo Kyungsoo elogiou o cheiro da minha comida. Quando pronta, foi um alvoroço em cima. Luhan brigava com todo mundo que se aproximava da comida, porque ele queria tirar a parte de Sehun antes que a exterminassem. Eu tinha comido antes, mas não consegui resistir a mais um almoço. Minha satisfação foi plena quando todos ali elogiaram o sabor e a aparência da minha comida. Confesso que meu ego foi às alturas.

Depois do almoço meu fofíssimo patrão distribuiu trufas de chocolate para todos. Claro que aceitei comer só mais aquele docinho, seria desfeita não aceitar!

Eu saboreava a calda de cereja e o chocolate meio amargo quando ouvi o barulho de um carro se aproximando. Meu coração acelerou, quase perdi a vontade de comer o resto da trufa (quase), porque só poderia ser uma pessoa. E, sim, era ChanYeol. Todos olharam quando ele saiu do carro com uma cara péssima. Tinha olheiras e um bico enorme nos lábios. Ele veio até nós, e com toda a sua cara de pau tentou me dar um selinho. Recebeu um tapa na cabeça.

– O que você está fazendo aqui? – perguntei com um tom rude.

– Vim acompanhar o meu namorado.