Estúpido

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Erik 

Na amanhã seguinte, quando cheguei no trabalho, não ouvi nem um barulho por ali e sabia que aquele silêncio iria se estender por mais 4 dias. Bem que ela poderia ficar mais tempo. Ficar sem ouvir seus gritos e ordens por um tempo seria um alívio. Sem bem que...ficar sem olhar para aqueles lindos olhos, ver ela dando palestras com  sua voz aveludada e firme, conquistando todos dentro da sala.

Aaah...aquela mulher tinha o meu coração. Por mais sentimental que isso possa soar, é a verdade. Acho que sinto isso desdo meu primeiro ano aqui. Ela pode fazer o inferno que quiser na minha vida, mas acho que não conseguiria ficar muito tempo sem sua presença. Eu nunca vi Andrea em algum momento ser carinhosa, atenciosa quando algum funcionário passa mal ou tem problemas familiares sim, mas carinhosa? Jamais. Como deve ser?

Suspirei tirando aqueles pensamentos toscos da cabeça e voltei a me concentrar no trabalho. Se eu pudesse arrumar um jeito de ter ela em minhas mãos, algum jeito de atrair sua atenção sem ser no trabalho, quem sabe eu não conseguia alguma coisa daquele corpo maravilhoso ou alguma palavra carinhosa de sua deliciosa boca? Mas eu não sei quase nada sobre ela. Só seus hábitos nos trabalho, e isso não ajuda em nada. Não é como se eu pudesse pegar uma xícara de café e ficar instigando ela para me dar um beijo em troca do café. Ela iria rir da minha cara e provável de me mandar pro olho da rua. 

A longo do dia, recebi e fiz algumas ligações, respondia e-mails, tudo estava normal. Até que um dos assessores me ligou pedindo um papel que eu não achei naquela pasta que Andrea tinha me dado. Franzi o cenho e continuei procurando. Esse assessor era um dos mais renomados da empresa e eu não podia simplesmente dizer que não achei o papel. Merda, e agora?. Respirei fundo, rezei uns 10 pais nossos e peguei o telefone discando para o número que eu já havia decorado. Um toque, dois toques...

-O que você quer? – que doce em?!

-Desculpe interromper Senhorita, mas o Senhor Hugo me ligou pedindo um papel da autorização de Milão, contudo não está na pasta que a senhorita me entregou -prendi a respiração por alguns segundos e ouvi do outro lado alguns resmungos.

-Esse era o papel que eu tinha jogado fora então. Caralho – eu sei, ela é muito delicada – Entre na minha sala, na área de trabalho do meu computador vai ter uma pasta com nome de importantes, lá terá várias pastas, a que tiver com o nome  de Hugo você entra  que estará la o papel. Mas apenas faça isso. Se eu souber que estava bisbilhotando minhas coisas, eu vou fazer você se arrepender de ter nascido, me entendeu?

-Sim senhorita. Obrigado. Bom tra...-antes que eu terminasse de falar, ela já tinha desligado na minha cara. Dei um suspiro e bati o telefone no contato. Porra, essa mulher vai me matar algum dia.

Entrei em sua sala, pisando o mais leve que eu consegui para não sujar seu chão brilhoso ou fazer muito barulho, como se ela pudesse ouvir de lá de longe. Olhei para sua cadeira e cogitei em sentar. Provavelmente ela sentiria lá da puta que pariu que eu havia sentado ali e me caparia. Melhor ficar em pé.

Liguei seu notebook e enquanto ligava eu olhava todo aquele escritório. Era tão bonito. Até a mesa de vidro e madeira era elegante. Já sonhei tantas vezes em deitar Andrea nessa mesa e ama-la de um jeito que ela jamais esqueceria. Esfreguei o rosto tentando tirar as incríveis e eróticas imagens dela assim para mim da cabeça. Foco Erik. Foco.

Quando o notebook tinha ligado, a foto de até de trabalho era do prédio da empresa (típico). Entrei na pasta que ela tinha me indicado e logo achei a de Hugo, cliquei para imprimir e logo ia saindo quando uma pasta me chamou a atenção. Já reparou como tudo que não pode fazer,   parece ser mais interessante? Que em nos casos quando NÃO É PARA MEXER, a gente sempre mexe? A pasta tinha o nome de Restrito, ok, realmente eu não deveria ver. Mas talvez não tenha nada demais. Talvez seja sobre documentos que ela levou na viagem.

Assim que entrei naquela pasta outras duas apareceram, as duas tinham datas de pelo menos uns 10 anos atrás. Quando cliquei em uma, havia fotos de um aniversário simples, que quando vi uma das fotos, notei ser o aniversário do pai de Andrea. Dei de ombros voltando. Pensei em fechar tudo, mas a curiosidade bateu e entrei na outra pasta. Pareciam ser fotos comuns também, mas o último dos arquivos era uma outra pasta escrito Pendente. Franzi o cenho e cliquei. Quando eu vi as fotos, eu quase cai pra trás.

Andrea deveria ter uns 17 ou 18 anos, usando vestidos super curtos e em vários momentos em várias baladas diferentes. Tinha dela bêbada abraçada com várias outras amigas, tinha dela em cima das mesas e tinha um vídeo. Eu  sei, eu sei, não deveria olhar.Mas caramba, eu não sei nada sobre aquela mulher e quando vi essas fotos...eu simplesmente quis que ela fosse assim novamente. Tão solta e feliz, parecia que estava se divertindo tanto, que desejei estar ali. Apertei no vídeo e tive que sentar na cadeira.

No vídeo parecia que seus cabelos eram mais loiros do que são agora. Ela estava usando um vestido curso xadrez que quase mostrava seus peitos, enquanto dançava em um poli dance. Aquela dança era hipnotizante. Tão sexy e deliciosa, ela parecia selvagem, se libertando de algo. Havia várias pessoas em baixo olhando e gritando. Como queria ser uma dessas. Apertei meu membro por cima da calça, sentindo ele criar vida enquanto Andrea rebolava sua maravilhosa bunda. E então o vídeo acabou. O que? Não. Eu preciso demais. Fiquei ali sentado por um bom tempo, vendo milhares e milhares de vezes aquele vídeo, mas teve um momento que eu não me contive.

Por debaixo da mesa, enfiei minha mão por dentro da calça e comecei a me estimular. Enquanto Andrea dava aquele giros sexys e descidas, meus movimento se tornavam cada vez mais rápido.  Quando chegou o grã finale, onde ela mostra sua calcinha preta redada eu senti os espasmos saírem por meu corpo me dando liberdade. Foi então que bateram na porta.

Caralho. Merda. To fodido. Me levantei correndo e abaixe a tela do notebook sem te lo desligado e peguei um papel qualquer fingir estar pegando ele do chão. Quando a senhora Margaret entrou, eu apenas me levantei e sorri de leve. Era uma senhora de uns 58 anos que ficava no café da empresa.

-O meu jovem, achei que não tivesse ninguém aqui.

-Andrea pediu pra eu pegar uns papeis. Mas já estava de saída. Só vou arrumar aqui- dando um sorriso, ela fechou a porta e saiu.

Suspirei aliviado. Quase fui pego batendo punheta. Olhei aquela pasta e pensei em algo muito, muito errado, que obviamente eu fiz. Peguei meu celular do bolso e um conector de uma das gavetas e fiz uma copia de tudo daquela pasta  transferindo-a para meu celular. Desliguei tudo, saindo da sala e a trancando.

Eu estava indo no automático, ainda meio grogue com o que tinha acabado de acontecer. Enviei o papel para Hugo, arrumei minhas coisas e fui para casa.

Quando coloquei os pés em casa e fechei a porta, cai sentado no chão derrubando tudo o que eu trazia junto. O que foi que eu fiz Deus? Além de ter batido uma na sala da minha chefe megera, eu ainda tinha salvado fotos e um vídeo dela nova dançando. Se alguém descobrisse aquilo, tenho certeza que a carreira dela séria arruinada e minha vida provavelmente não existira mais. Sem perceber, comecei a dar risada não só pela doideira que tina acabado de acontecer, mas também com o que poderia acontecer. 

Contudo, eu não podia ficar sem aquilo. Sem ver uma Andrea totalmente diferente, jovem e tranquila se divertindo com as amigas, mesmo estando bêbada. Eu queria aquela Andrea de volta, assim eu teria mais chances de me aproximar. Mas talvez eu posso....Não Erik. Sem chances. Você não sabe fazer isso.

Principalmente uma mulher como sua chefe. Eu jamais conseguiria chantagear ela com isso. Eu seria estúpido demais. Mas...eu sempre fui estúpido. Eu estou pedindo pra morrer. Mas se for pra morrer, que seja por aquela mulher.

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Espero que estejam gostando. 

Estou mudando muito pouca coisa. 

Beijoos

A Minha ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora