Será?

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Erik

A semana passou se arrastando, parecia que não queria qur o sábado chegasse. Durante toda a semana, eu e Andrea formos discretos, conversamos muito pouco e nos viamos menos ainda. Achei até melhor, isso me impede de pular em cima dela, arrancar suas roupas e foda-la ali mesmo. Mas então, finalmente hoje é sábado. Depois de esperar tanto, ele chegou.

São 20:50 e já estou pronto, arrumado e ancioso para encontro-la. Sim sim eu pareço mesmo uma adolescente de 16 anos indo ver o namoradinho, e dai? Quando você realmente gosta de alguém, conta cada momento para ve-la. E depois que Andrea disse que também gosta de mim, o que foi um choque horrível para meu cérebro que não processava de jeito nenhum a informação, tudo pareceu ganhar foco na minha frente. Já não me importava de imprir milhares de folhas, ou de a cada 1 hora ter que levar café em sua sala. Estranho neh?! Eu também acho. Mas vai entender.

Me olhando mais um vez no espelho, respiro fundo e olho meu pulso conferindo as horas. Tenho 8 minutos para chegar em sua casa. Vamos lá Erik.

Andrea

Me chame de louca, burra, bipolar. Eu to pouco me fundendo para sua opinião. Sim, eu contei uma parte da minha vida para um homem que eu jurei odiar, que traiu minha confiança, e fez um inverno depois disso. Eu sei. Porém, quando ele começou a falar tudo aquilo no elevador, misturado a palavras que já tinha dito antes, eu não sei, senti que precisava contar aquelas coisas para ele. Confesso que até eu fiquei surpresa de como foi fácil me abrir, isso geralmente não acontece. E ao fato de gostar dele? Não sei bem ao certo se gosto, mas talvez Erik fosse gostar de ouvir. Será que foz errado?

Olho ao redor da minha cozinha, está tudo muito simples. Nada de velas, ou flores, ou música romântica. Não. Mesa arrumada simples, luzes acesas, sem música. Porque eu o convidei então? Eu gostaria de saber também. Quando eu percebi, as palavras tinham saido da minha boca. Talvez seja uma segunda chance.

Olho para cima, encarando o relógio na parede: 20:59 ...21:00, ele pode...A campainha tocou e não pude deixar de rir. Ele leva sério o horário. Fui até a porta, e antes de abrir respirei fundo. Eu posso fazer isso. Abro a porta e dou de cara com um Erik vestindo uma camisa dobrada até o cotovelo azul bebe, calça jeans escura, sapatos comuns, cabelos arrepiados e na mão...uma tulipa vermelha. Como ele sabe minha flor favorita? E como ele pode ser tão atraente? Será mesmo que eu nunca havia reparado nisso?

-Boa noite Andrea. Aqui, sei que gosta - ele me estendeu a flor.

Peguei delicadamente, sentindo um arrepido quando nossas mãos se tocarqm rapidamente. Dei espaço para ele entrar, fechando a porta logo depois.

-Ok. Como você sabe que eu gosto de tulipas vermelhas?

-Você sempre está com alguma coisa vermelha, sua cor favorita é vermelhos, e não faz o tipo clichê de gostar de rosas vermelhas. Além de que no meu primeiro dia  o trabalho, tinha várias em cima da sua mesa.

-Certo. Agora estou achando você um maníaco. -dou meia volta indo para a cozinha-  Não fiz nada sofisticado, e não sei se você gosta de Rondeli, mas se não gosta problema é seu. Eu gosto e vou comer.

-Uau. Vamos com calma - ele da uma risadinha, entrando na cozinha- Sim eu gosto desse prato.

Não tenho a mínima idéia de porqueme sinto aliviada. Mas sinto. Acho que realmente fiquei preocupada dele não gostar.

-Ótimo. Centa - coloquei a travessa de vidro na mesa, me sentando.

-O cheiro parece muito bom.

-Hum..obrigada.

A Minha ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora