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Davi Williams (Matthew Daddario)______________________________
Akira:
Solto um grunhido dolorido assim que sinto minha cabeça bater no chão, coloco a mão e sinto algo quente, e sei que é sangue. Eu sinceramente, não sei como ainda estou viva.
- Da próxima vez, será pior!- Meu padrasto - Ronan - avisa, como se levar chutes e socos fosse algo leve.
Nesse momento, poderia revirar os olhos, mas a dor que estou sentindo é muita. Tenho 16 anos, acho que já apanhei mas que uma pessoa de 80. Se minha mãe estivesse aqui, nada disso estaria acontecendo, mas infelizmente minha mãe morreu no parto. Meu padrasto nem sempre me bateu, começou quando cinco anos, primeiro foi um tapa, e parece que ele gostou de me ver chorando de dor. Já que depois, começou a me bater com mais frequência e com mais força que o normal. Acho que ele se segurava, só pra mim não passar muito mal e ele te que me levar no hospital. Geralmente, ele sempre bate onde posso esconder com as roupas, mas ele nunca nega um tapa em meu rosto. Isso parece castigo. Minha mãe poderia ter me deixado morrer no parto, não pense que é egoísmo, eu só não aguento sofrer tanto assim. E se ela estivesse aqui, ela estaria feliz com Ronan, acho que única pessoa que ele ama, é minha mãe. Aqui em casa tem foto dela espalhada por todo lugar, já vi muitas vezes Ronan chorando por conta dela, mas o mesmo sempre me bateu quando eu o peguei no flagra.
Me levanto depois de horas no chão, vou para o banheiro e tomo um banho, quando saiu, coloco um vestido florido e vou para o quarto. Escuto Ronan me chamando lá em baixo e vou rapidamente. Quando chego na sala o mesmo fica me olhando um tempo e vem em passos ríspido até a mim, e sem dizer nada, me dá um forte tapa. Seguro onde ele bateu e o olho com os olhos marejados, eu não fiz nada dessa vez.
- Vá até a padaria, me compre dois pães e um bolo de cenoura. - Fala me entregando o dinheiro e eu o pego.
Saiu de casa rapidamente e seco as lágrimas que caíram, a pouca pessoas na rua. Onde moro, é um bairro bem pobre. A padaria fica a três quadras de casa, e eu de pé chego rapidinho. Assim que chego na padaria, comprimento seu Zé.
- O que deseja menina?- Pergunta simpático.
- Dois pães e um bolo de cenoura. - Falo me sentando na bancada.
- É pra já!
Fico esperando sei Zé, quando ele me entrega a sacola com meu pedido, dou o dinheiro e espero o troco.
- Tchau seu Zé, até a próxima. - Sorriu.
- Tchau menina Akira.
Abro a porta da padaria e saiu sentindo um forte impacto no meu corpo, se não fosse segurada, estaria ao meio de caco de vidros. Olho pra frente pra frente e vejo um garoto mais alto que eu, moreno, dos olhos castanhos esverdeados, com barba e com o cabelo meio bagunçado. Ele me solta lentamente e me analisa.
- Me desculpa. - Sussurro envergonhada.
- Eu que peço desculpa. - Ele sorri de lado e eu fico olhando, e me pergunto se ele é um anjo. - Não sou um anjo florzinha. - Fala me fazendo arregala os olhos.
- Você lê pensamentos? - Pergunto chocada, abrindo a boca em um perfeito O.
- Quem me dera... - Comenta rindo. - Qual é o seu nome?
- Akira. Nunca te vi por aqui. - Comento.
- Eu não moro nesse bairro, só estou de passagem. - Fala e eu solto um gemido de desânimo, e me amaldiçoou quando ele franze a sobrancelha.
- De qualquer forma, seja bem vindo. - Dou de ombros. - E qual é o seu nome?- Pergunto tentando não demostra que estou curiosa.
- Davi.
- Foi bom te conhecer Davi. - Falo e sinto um arrepio.
- Você não quer tomar um café comigo?- Pergunta e eu o olho indecisa.
Se eu ficar e demorar, é bem capaz de meu padrasto me bater aqui mesmo.
- Não posso, se eu demorar, meu padrasto pode... Brigar. - Falo rapidamente.
Davi me olha duvidoso, mas confirma com a cabeça.
- Onde te encontro? - Pergunta olhando em meus olhos.
- A três quadras daqui... - Falo e ele assente.
- Qual casa?
- Azul claro. - Respondo, ele não vai saber onde é mesmo.
- Tchau. - Viro as costas e sinto sua mão segurando meu pulso.
- O que é isso? - Pergunta olhando os roxos em meu pulso.
- Não é nada!- Falo e saiu dali correndo.
Quando chego em casa coloco a sacola em cima da mesa e subo sem fazer barulho para o meu quarto, aproveitando que meu padrasto não está aqui. Se ele me visse chegando agora, com certeza ele me bateria ou algo do tipo. Meu padrasto é muito irritado, se irrita por qualquer coisa, ainda mas comigo.
Me jogo na cama e automaticamente meus pensamentos vão em Davi. Confesso que isso é muito estranho, mal o conheci e já estou pensando nele. Será que ele está pensando em mim? Fala sério Akira, você é a única boba aqui. Como quero que um dia eu encontre alguém para me amar, para mim amar. Para mim formar uma família, ter filhos.
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Akira
Teen FictionSinopse: A mãe de Akira morreu no parto, deixando sua filha com o padrasto. Que começou a maltrata-la. Akira mora em Nova Orleães, cidade na Luisiana. Nunca conheceu nenhum de seus parentes ou familiares, isso se ela tiver um. A mesma com 16 anos, e...