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Davi estava sonolento quando levantou e olhou em volta, viu que sua menina não estava ali, como os outros dias. Ele não sabia explicar o que estava sentindo, mas era uma dor sufocante, que parecia esmagar seu peito. O soluço estava perto, mas não ele não queria dar o braço a torça. Fez uma promessa: chorar, só quando estivesse com sua menina. Mas não sabia se ia conseguir cumprir. Estava tão difícil!

Ele nunca se pensou está assim, até porque, antigamente, só ligava para as drogas, mas hoje, seu coração sabe o que é amor de verdade. E, infelizmente, seu amor não está por ali.

Davi sabia que não podia fazer muita coisa, mas fez o que conseguiu: Falou com o máximo de pessoa possível e deu envolta, um dinheiro. Caso as pessoas vissem, iriam animá-los.

O celular de Akira estava em casa, então seria impossível rastreia-lo. Mas se tentasse rastrear Ronan? Seria possível? Davi se perguntou e correu até o celular de Akira, e o pegou rapidamente.

Davi mexeu no celular rapidamente, e alguns minutos depois, encontrou um ponto chamativo, tirou um print e logo pegou o celular, ligando para sua mãe.

— Mãe, consegui rastrear o número do Ronan! — Fala sentindo seu coração esperançoso.

Querido, estou na delegacia. Isso pode ser armadilha! — Inês fala preocupada.

Dona Inês também estava preocupada, Akira já fazia parte da família, e ela também queria encontrar a garota que mudou seu filho. Mas não queria ter e nem dar falsas esperança.

Eu vou lá! — Inês se assusta ao ouvir a voz decidida do filho.

Filho você não pode fazer isso! Me manda a localização, irei falar com o delegado! — Inês fala seriamente determinada e Davi sente orgulho, sabe que sua mãe irá fazer algo.

Vou mandar! — Fala e desliga o celular.

Davi manda o print para sua mãe e vai até o celular de Akira, tentando ligar para Ronan. Chama, mas ninguém atende!

Davi segue até o banheiro e toma um banho rápido, decidiu que não iria ficar sem fazer nada.

* * *

Akira estava sentada com sua mãe, olhava desconfiada, querendo saber se era mesmo ou se Ronan estava tentando enganá-la. Ela sempre quis ter sua mãe, mas estava em dúvida, e era compreensível. Já pensou 'começar' algo, com uma mulher que ajudou Ronan a lhe enganar?  Porque se ela não fosse sua mãe de verdade, era isso que ela estava fazendo, enganando-a.

Mas Akira estava sentindo uma forte ligação, e não compreendia o que era aquilo, só sabia olhar para a mulher e analisar.

— Você está desconfiada! — Angela sorriu fracamente, queria poder se aproximar da filha.

— Eu tenho meus direitos! — Akira fala, tentando não soar grossa.

— Eu sei que sim, ele nos afastou, eu não tenho culpa. — Fala sentindo seus olhos marejarem.

— Ronan aqui é o único culpado, por fazer de nossas vidas um inferno. — Akira sussurra amarga.

— Vamos tentar fugir filha. — Akira olha pra mulher.

— Não sabemos onde estamos... — Sussurra passando a mão pelo rosto.

— Você está namorando? — Angela pergunta e Akira sorri afirmando, lembrando de Davi.

— O Davi. — Fala sorrindo abertamente.

— Até isso ele me tirou! Ver minha filha com seu namorado, dar conselhos.

Akira estava sem graça, não sabia o que falar. E se falasse, não queria falar algo que machucasse a mulher.

Ela ainda tinha esperança, sabia que Davi e Inês fariam de tudo para encontra - las, e se sim, estava torcendo para que Ronan sumisse de suas vidas, seja lá de qualquer forma.

— O meu pai... — Akira queria testar a mulher.

— O seu pai... — Angela fala sorrindo abertamente. — Ele sempre foi um homem carinhoso, amoroso! Era um ótimo médico, pouco conhecido, mas os que conheciam, adoravam seu trabalho. — Fala e suspiro, como se estivesse lembrando de algo. — Ele era ótimo para mim, eu nunca senti nada parecido com o que eu sentia com ele. Mas eu tinha Ronan, e ele tinha a esposa dele, eu não poderia viver uma vida com um homem casado. —  Conta e Akira ouve atentamente. — Eu o amava, era recíproco! Eu sei que sim! Foi quando eu descobrir esta grávida eu já não tinha mas nada com Ronan, foi quando ele descobriu tudo. — Fala e senti lágrimas em seu rosto. — Ele começou a me trancar dentro de casa e me bater, eu nunca mas vi o Junior, assim que eu o chamava! Ronan me tirou você! E todos os dias jogava na minha cara, falando que você estava bem sem mim, mas eu sabia que não. Qual criança ia gostar de crescer sem o carinho da mãe? Nenhuma! — Fala entre lágrimas e logo sente Akira lhe abraça.

Akira abraça sua mãe, sentindo-se culpada por fazê-la chorar.

— Mãe! — Akira chama e Angela olha, sentindo seu coração se alegrar. — Vamos sair daqui e resgatar o tempo perdido! — Fala e lhe abraça fortemente.

×××

Desculpe a demora!! ❤

Akira Onde histórias criam vida. Descubra agora