44 - Sequestrada

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Akira

Acordo assustada, olhando para os lados, me sentindo perdida. Minha cabeça dói, e minha visão esta embaçada. A última coisa que ne lembro é de sair do banho, e sentir uma pancada na minha cabeca, e em seguida, tudo escuro.

Tento me levantar, mas falho miseravelmente, ao sentir correntes em meu tornozelo. Meu coração vai na boca e volta, tento de todas as formas me soltar e sinto meu tornozelo doer.

— Ahhhh. — Grito de raiva.

— Vejo que acordou! — Ouço a voz de um garoto e me assusto?

— Quem é você? — Pergunto perdida, olhando a escuridão.

— Ninguém que te interesse. — Fala com deboche.

Querido, você me sequestrou. Preciso saber seu nome! Ou você é tão Zé ninguém que não tem um? — Pergunto irônica e ouço ele soltar um rosnado.

— Não testa minha paciência sua vadia. — Fala e eu fecho os olhos, quando a luz é acesa.

Quando meus olhos se acostumam com a luz, rapidamente olho em volta. Vendo um garoto sentado, parecendo um entregador.

— Porque me sequestrou? — Pergunto e ele me a alisa.

— Isso não me interessa. — Fala e eu o olho confusa.

Eu estou presa! Como um animal, ninguém nessa vida merece ficar presa. Ninguém! Mas Davi vai me encontrar, eu sei que sim! Me encoro no chão e solto todas as lágrimas possível.

Eu queria me fazer de forte, não soltar nenhuma lágrima. Mas é simplesmente impossível, eu fui sequestrada por meu padrasto que me agredia, sem pena e nem dó. Eu não quero apanhar novamente, eu pensei que minha vida tinha mudado.

Estávamos tão feliz. Davi agora vai trabalhar com a mãe, já estava pensando em família comigo, casamento. Mesmo que se não fossemos ter filhos agora, estávamos ajeitando nossas vidas.

Pela primeira vez eu tive amizades de verdade, soube o que era sair com as amigas, com o namorado, soube como é ter uma sogra que gosta de você.

Isso só pode ser um pesadelo!

— Acorda, acorda, acorda.. — Bato diversas vezes em minha cabeça.

— Isso não é um pesadelo, o máximo que tu vai conseguir é uma dor de cabeça. — O garoto fala rindo de mim.

— Cala a sua boca. — Grito chorando furiosamente.

—Não tá mas aqui quem falou.

— Cadê Ronan?

Porque ele me sequestrou e me deixou aqui com esse garoto? Eu não entendo!

— Ele falou que ia pegar uma surpresa pra você. — Da de ombros, como se não soubesse.

— Me ajuda a sair daqui, por favor. Eu só tenho dezesseis anos, ele me espancava. Ele me maltratava. — Imploro olhando em seus olhos e ele se levanta, me olhando assustado.

Quando ele ia vir até a mim, a porta se abriu em um estrondo. Nela passou Ronan puxando uma mulher magra e alta pelo braço.

Me levantei e vi a mulher um pouco tonta, tentando se soltar. Ele jogou ela no chão com maior brutalidade e se virou pra mim.

— Eu não falei que sua mãe estava viva?

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Davi

Se passaram horas e é como se Akira simples estivesse parado de existir, nenhum polícia conseguiu nenhuma pista. E ainda me pedem calma. Me pedem calma quando minha namorada está na mão de um psicopata. Eles são uns filhos da puta. Quero ver se fosse eles, alguém da família deles, alguém importo, alguém que eles amam.

— Vamos achar ela querido. — Minha mãe toca meu ombro tentando me acalmar.

Saiu da sala e vou até o nosso quarto, encontrando a roupa que ela estava no chão. Seu celular estava em cima da cama, pega ele e começo a mexer. A última mensagem que ela mandou foi para mim.

Eu quero e vou ter o amor da minha vida de volta!

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— Mãe... Sussurro vendo a mulher caída no chão.

Ronan me olha sorrindo e eu me aproximo da mulher, cutucando ela. Pode não ser ela, pode ser qualquer pessoa, ele só fez isso para me 'abalar', de alguma forma.

A mulher me olha sorrindo e toca meu rosto, e me chama baixinho. Como se não estivesse acreditando. Em todos esses anos, eu achei que a minha mãe estava morta, mas esse monstro a tirou de mim. Tirou minha mãe de mim, deixando ela presa. Isso não se faz.

— Você é um monstro. — Grito me levantando e avançando sobre ele. — Você tirou a minha mãe de mim. — Grito entre soluços.

Ele me dá um tapa na cara e chuta minhas pernas.

— Vejo que você não merece sua mãe. — Fala me olhando raivoso.

— Se você fizer algo com ela, eu te mato! —Falo e ele gargalha.

— Vá preparar algo para elas comerem! — manda o garoto que estava ali parado, nos olhando perplexo.

Ele tem que nos ajudar, ele é a nossa única chance.

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780 palavras, só para começar a exercitar. Espero que gostem.

Akira Onde histórias criam vida. Descubra agora