02 - A procura de um emprego...

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Akira (Loren Gray)

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Akira

Talvez, quando nasci, o destino foi ruim comigo tirando minha mãe, e agora, foi legal colocando Davi. Bom, talvez eu esteja criando um conto de fadas na minha cabeça, porque eu sempre fiz isso, sempre que me aproximava de um garoto, imaginava sendo feliz ao lado dele. Não que eu seja safada ou algo do tipo, mas eu sempre quis ser feliz de verdade, esquecer das agressões que sofro na mão do meu padrasto. Não é fácil, eu tenho 16 anos, desde quando eu era menor, meu padrasto me agredia, anos sofrendo agressão. Não sei se estou assim - pensando em Davi toda hora -, imaginando que ele vá trazer alegria aos meu dias sofrido, ou, ele de alguma forma - sem ser essa -, me ajude.
Talvez eu esteja sendo idiota de mais, mas como dizem:'A esperança é a última que morre.'
E eu tenho esperança que um dia serei feliz, sem ninguém para atrapalhar minha felicidade.


As vezes me pergunto se minha mãe, foi realmente feliz. Vejo fotos dela, onde ela sempre está com um sorriso enorme no rosto, mas me pergunto se não é farsa ou algo do tipo. Se Ronan batia nela, como me bate. Não, ela não me deixaria aqui, com ele, sabendo que eu seria agredida. Sempre foi tão ruim, eu ia para a escola, e via minhas coleguinhas com suas mães, animadas, as mesmas recebendo beijos antes de entrar na escola, e vendo a cena, eu sempre soube: Nunca teria mãe para fazer aquilo comigo.


Solto um longo suspiro e passo a mão pelo rosto, secando o mesmo. Chorei sem ao mesmo perceber. Faltam poucas semanas para mim voltar às aulas, estou no segundo ano do ensino médio.

- Akira! - Ouço o grito do meu padrasto e corro até ele rapidamente.

- Sim? -Pergunto vendo ele sorrir.

- Sente-se aqui na minha frente. - Fala se sentando em um sofá.

Obedeço e me sento no outro.

- Estava pensando... Você já pensou em trabalhar? - Pergunto e balanço a cabeça positivamente. - Pois você vai procurar um lugar para trabalhar. - Fala me deixando animada, ao mesmo tempo confusa.

Ele mal me deixa sair para ir na padaria direito, não gosta que eu faça amizades, e agora, por algum motivo, quer que eu vá trabalhar? Tem caroço nesse angú.


- Onde irei trabalhar? - Pergunto confusa.

- Isso você vai procurar! - Fala e me olha seriamente. - A partir de hoje, você só come, se trabalhar. - Fala e se levanta.




☆☆☆



Três semanas procurando emprego e nada de encontrar. As pessoas não me dão uma chance, apesar de ter dezesseis anos e estar no segundo ano do ensino médio, as pessoas querem alguém com curso, e essa pessoa não sou eu. Não entendo, praticamente quem coloca comida nessa casa sou eu, já que recebo pensão da minha mãe. Nesse dias que tenho procurado emprego, tenho ficado menos em casa, a todo caso, apanhando menos. Com a noticia que não arrumei um emprego, tenho certeza que meu tio vai pirar. Ele sempre pira!

- O que você faz sozinha aqui? - Ouço uma voz rouca atrás de mim e me levanto rapidamente.

Olho para trás e vejo Davi.


- Nossa! Você quase me matou de susto. - Falo voltando a me sentar.


- O que faz aqui? - Pergunta novamente, sentando do meu lado.


- Estou descansando um pouco. - Falo olhando pra frente.


- Descansando de que? - Pergunta em um tom irônico.


- Procurando um emprego, andei o dia todo! - Confesso ignorando seu tom.

- Hum... E do que você quer?- Pergunta e eu o olho curiosa.

- De qualquer coisa... - Murmuro .


- Bom... Eu preciso de alguém para limpar meu apartamento, nada pesado. - Fala e eu o olho animada.

- Sério?... - Pergunto animada. - Que dizer... Sério? - Pergunto e ele rir.

- Sim! Preciso de alguém de confiança. - Fala sem me olhar.

- Mas não nos conhecemos. - Indago.

- Ainda não! - Fala me olhando intensamente, sinto todo meu corpo se arrepiar.

- Hum... Claro... Então posso trabalhar para você?

- Sim! Você tem celular? - Pergunta e eu nego. - Quantos anos você tem? - Pergunta sério.


- Dezesseis. - Resmungo.

Sinto seus olhos me avaliarem intensamente, isso de alguma, me intimida.

- Pra que você quer trabalhar? - Pergunta.

- Você vai me contratar ou não?- Pergunto sem graça.

- Não sei... Você é muito nova!

- Eu sei fazer tudo. Não será nem um problema.

- Sabe fazer tudo? - Pergunta chegando mas perto, me fazendo morder os lábios.

- É... eu sei mas cozinhar. - Confesso.

- Então você fará meu almoço. - Fala e se levanta. - Amanhã, aqui! As 08h. - Fala e sai, me deixando sem falar.





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