Davi
- Ele já foi preso por agressão, três vezes. - Heitor relata e eu sinto meu sangue ferver.
Como um homem foi capaz de encostar em Akira, tão pequena, tão frágil. Pura maldade, mas ele vai pagar por tudo que ele fez a ela, ou eu não me chamo Davi.
- O que ele esconde? - Pergunto raivoso.
- Parece que ele está envolvido com tráfico de drogas, se ele for pego, tanto pela polícia ou pelo 'patrão' das drogas, ele vai direto para a delegacia ou caixão. - Heitor fala e eu sorriu vitorioso.
Esse filha da puta vai deixar Akira em paz, por bem ou por mal.
- Esse filha da puta, vai pagar por tudo que fez a Akira. - Falo me levantando.
- O que você vai fazer? - Heitor pergunta me olhando sério.
- Aguarde e verá. - Falo andando para fora do escritório.
- Espere! - Ele chama e eu o olho. - Lembre-se, Akira precisa de você. - Fala e eu apenas confirmo com a cabeça saindo dali.
Quando chego na cozinha, vejo Akira correndo de Izzi, que tenta suja-la com farinha de trigo.
- Izziiii. - Akira grita e bate de frente comigo.
- Case cai. - Comento rindo quando ela cora.
- Me desculpe. - Fala e sorri, quando ela vira, Izzi joga a farinha de trigo nela.
- Você me pegou desprevenida. - Comenta rindo, tentando se limpar.
Tão fofa!
- Preciso falar com você Akira. - Falo e ela me olha curiosa.
- Tudo bem... - Sussurra baixinho.
Vejo seu rosto ainda com farinha de trigo e sorriu, aqui é o lugar dela. O lugar dela, é onde ela se sente feliz, e se depender de mim, ela sempre vai ter motivos para ficar feliz.
- Pronto. - Fala me olhando.
Pego em sua mão pequena e macia e a levo até meu quarto, onde ela vai começar a dormir.
- É muito importante? - Pergunta e eu posso sentir seu corpo tenso.
- Você já viu algo de estranho na sua antiga casa? - Pergunto e ela me olha confusa.
- Como assim, algo estranho?
- Pó branco... Pequenas... Ervas? - Pergunto e ela pensa.
- Eu já vi algumas vezes, no quarto do meu padrasto quando eu ia arrumar. - Fala e eu apenas confirmo. - São drogas. - Fala e eu fico tenso.
- Como você sabe?
- Eu já ouvi alguns homens falando com meu Padrasto.
- Seu padrasto já usou perto de você? - Pergunto e ela confirma.
- Sim, tem o cheiro horrível. - Fala fazendo careta.
Maconha. Suspiro e passo a mão em meu rosto, será que Akira me julgaria se soubesse que eu uso essa 'coisa' do cheiro estranho. Minha mãe não gosta nenhum pouco, meus parentes só sabem me julgar por tal coisa. Só Heitor e Izzi que não me julgam.
- Você sabe o que é isso? - Pergunto e ela me olha duvidosa.
- Isso faz mal? Não sei! - Fala e ri envergonhada.
- E se eu falar que eu fumo Maconha? - Pergunto e vejo surpresa em seus olhos.
- Isso faz mal? - Pergunta e eu nego.
- Eu gosto! - Confirmo e ela sorri.
- Se você fala que não faz mal e gosta, eu não vou te julgar. - Responde e eu sorriu.
- Minha vontade é de apertar você, até não dá mas. - Falo e seus olhos brilham.
- Eu deixo. - Fala envergonhada.
Aproximo meu corpo do dela e me abaixo, pegando-a pela cintura e te apertando não tão forte.
- Você é forte.. - Resmunga sem fôlego. - Doi...
A coloco no chão e a olho preocupado.
- Tudo bem com você? - Pergunto e ela balança a cabeça positivamente.
- Seu toque é diferente, doeu, mas foi bom. - Sussurra. - Que estranho! - Comenta pensativa.
- Eu nunca te machucaria de verdade, jamais tocaria em você para lhe causar dor. Você é especial! - Confesso e ela me olha emocionada.
- Obrigada por tudo! - Fala e me surpreende quando vem até a mim me abraçando.
Encosto sua cabeça em meu peitoral e suspiro, Ronan, sua hora está chegando. Se prepare.
.
Lembrando: O Davi falou que Maconha não faz mal para ELE, e ELE gosta de usar.
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Akira
Teen FictionSinopse: A mãe de Akira morreu no parto, deixando sua filha com o padrasto. Que começou a maltrata-la. Akira mora em Nova Orleães, cidade na Luisiana. Nunca conheceu nenhum de seus parentes ou familiares, isso se ela tiver um. A mesma com 16 anos, e...