11 - Acerto de contas.

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Akira

Acordar na cama de Davi é a melhor coisa, ela é grande e macia. Nunca tive uma noite de sono tão boa, me corrigindo: tudo aqui é melhor, ao lado das pessoas que gostam de mim, que são meus amigos. Sorriu rolando pela cama e me sento, estou tão feliz. Tudo isso, agradeço a Davi.

- Posso entrar? - Ouço a voz de Davi após duas batidinhas na porta.

- Claro! O quarto é seu. - Brinco.

- Humor matinal? Não sei o que é isso? - Brinca entrando no quarto, assim posso vê-lo todo arrumado.

- Onde vai? - Pergunto confusa.

- Vou resolver alguns assuntos pessoais, não irei demorar. Fique a vontade, okay? - Pergunto e eu confirmo.


- Tudo bem... - Sussurro sorrindo fracamente.


- Te aconselho a não comer muito, irei voltar cheio de coisas. - Fala e eu sorriu animada, eu gosto quando Davi me paparica.

- Então nem vou comer. - Falo e ele gargalha.

- Você não gosta de alguma coisa? - Pergunto e eu penso um pouco.

- Não sei, nunca comi muitas coisas. - Dou de ombros me levantando da cama.

- Okay... Vou ir, lembrando: não irei demorar.

Davi se despede com um abraço e um beijo na bochecha, me fazendo ficar com um sorriso bobo.

Davi


Era só lembrar de Akira chorando, seus machucados, seu olhar triste... Tudo que ela passou, que eu já sentia meu coração palpitar fortemente e a raiva crescer dentro de mim. Ontem de noite resolvi que iria na casa de Ronan, ele vai se arrepender por ter encostado e machucado Akira. E aí dele se tentar qualquer outra coisa contra ela.

Antes de sair do carro, ordeno que os dois homens que contratei fiquem na rua disfarçadamente, para não chamar a atenção de nenhum morador, até porque conheço bem esse bairro.

Quando chego em frente da casa, dou um chute na porta fazendo um estrondo alto. Entro e me deparo com o homem sentado na poltrona, com o olhar assustado. Sorriu vendo a cena.

- Quem é você? - Pergunta se levantando.

- Isso não interessa. - Rosno.

- Se você... - Antes dele continuar a falar, acerto seu rosto em cheio. Fazendo-o cair para trás. - Você está louco? - Grita assustado.


- Louco? Você não viu nada!- Grito sentindo raiva ao me lembrar de tudo que Akira passou na mão desse maldito.

Vejo o homem tentar se levantar e bico sua cara, fazendo o mesmo cair deitado no chão e continuo a chutar todo seu corpo. Quando sinto minha raiva diminuir um pouco e ver que ele está todo ensanguentado no chão, me abaixo puxando seu cabelo.

- Espero que você aprenda a nunca mas bater em uma mulher, ainda mas em uma garota indefesa como Akira. - Rosno. - Espero que você não chegue perto dela nunca mas, ou você vai para prisão, ou vai ser morto. Sei muito bem que você está devendo o traficante daqui. - Falo vendo o mesmo abrir os olhos com dificuldade. - Chegue perto dela, que você vai direto para o caixão. - Murmuro soltando seu cabelo e me levanto, saindo da casa imunda.

Ao sair vejo os dois homens se aproximando.

- Vocês sabem o que fazer. - Falo e saiu dali.

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- Akira? - Chamo pela mesma ao entrar no apartamento cheio de sacolas.

- Estou indo! - Ouço sua voz lá do quarto e sorriu indo em direção a cozinha.

Coloco as sacolas no balcão e começo a tirar as compras.

- Estou aqui. - Ouço sua voz atrás de mim e olho.

- Trouxe algumas coisas, sente aí. - Falo e ela vai até o banco, sentando-se com dificuldade.

- Pronto! - Fala me olhando sorrindo e em seguida minhas mãos. - O que aconteceu? - Perguntou preocupada.


- Eu fui na casa de Ronan. - Relato e sinto seu olhar me abaixar. - Não se preocupe Anjo, ele não vai te faz mal nenhum. - Falo indo em sua direção e ficando no meio de suas pernas.

- E se ele tentar se vingar Davi? - Pergunta desesperada.


- Ei, confia em mim. Eu vou te proteger, eu prometo! - Falo e ela se joga em meus braços, me abraçando apertado.

Envolvo seu pequeno corpo em meus braços e aperto, sentindo suas mãos apertarem minha camisa. Tão fofa. Minha vontade é de ir no lugar mais alto e gritar para Deus, agradecendo por colocar Akira em minha vida. Minha mãe está tão animada para conhece-la, mas não sei se quero isso. Já não basta ela me julgar pelas coisas  que eu faço. Se ela me julgar por esta com Akira, eu nunca mas olho para ela.

- Quer experimentar as coisas que trouxe? - Pergunto e Akira se afasta, me faz resmungar.

- O que você trouxe aí? - Pergunto e sorri.


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Akira Onde histórias criam vida. Descubra agora