Chapter 46

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Aaron Carpenter P.O.V.:

Los Angeles, California.
29 de abril de 2015, 09h05min a.m.

Talvez esse seja meu problema, ser covarde de mais. Quando Avallan me disse que acharam uma alteração no coração de nosso filho, e que talvez pudéssemos ter problemas sérios com ele, meu mundo pareceu cair.

Tudo a minha volta girou, e eu senti que iria vomitar.

- Vai ficar tudo bem. - peguei sua mão e dei um beijo em sua testa - Eu estou aqui para vocês, vai dar tudo certo. - tentei parecer o mais calmo possível.

Saí do quarto algum tempo depois, sem muitas explicações, e não tive outra reação a não ser sair correndo daquele hospital.

Tudo o que eu mais precisava era de um bom banho e uma boa noite de sono tranquila, o que eu não tinha a algum tempo.

Os pesadelos de Aeryn voltaram a ficar frequentes, e toda noite ouço ela gritar, o diferente é que ela não se lembra de ter tido pesadelos.

As coisas estavam acontecendo rápido de mais, e eu não tinha cabeça ou coragem para lidar com tanto de uma vez só.

- Ta tudo bem Aaron? - ouvi a voz de minha mãe.

- Tudo sim mãe. - a olhei e sorri, o melhor que pude.

- Você tá há uns vinte minutos olhando para frente, nessa mesma posição, estava me assustando. - sentou ao meu lado no sofá e eu respirei fundo - Conta pra mim, o que foi? - me abraçou e fez com que encostasse em seu ombro.

- Eu não queria te preocupar mãe, a senhora já tem muitos problemas. - ela acariciava meus cabelos, e aquilo me transmitia segurança pela primeira vez em muito tempo

- Você é meu filho, seus problemas são meus também, e eu nunca estarei cheia para não poder te ajudar com eles. - sorri.

- Olha, esta tudo bem agora, ou pelo menos vai ficar, mas Avallan está no hospital, e é por isso que eu e Aeryn passamos a noite fora. - falei calmo e levantei para olha-la.

- Mas ela está bem? Meu netinho tá bem? Aí meu Deus do céu, por que você não me disse isso antes? Eu teria ido para lá. - ela disse um pouco apavorada.

- Por isso mesmo que não disse, você teria ido, e não tinha necessidade. - peguei em sua mão.

- Como não meu filho? - respirou fundo - E quem estava lá com vocês?

- Ninguém. Mas tá tudo bem mãe, ela está bem. - sorri e ela me abraçou.

- Eu estou com vocês, para o que for. - falou baixo, apertando mais o abraço.

(...)

Havia se passado algumas semanas dês de que tudo aquilo aconteceu.

Depois do hospital, Kyle sumiu, e ninguém conseguiu falar mais com ela, todos estávamos tristes, mas sabíamos o motivo.

- Ela sempre odiou ter que se despedir. - G disse na mesa em que estávamos.

- É. - Avallan disse meio destruída.

- Tá tudo bem? - perguntei baixo, pois ela estava ao meu lado.

- Tudo sim. - sorriu sem mostrar os dentes.

- Você tá um pouco distante. - empurrei ela fraco com o ombro.

- Só tô pensando. - ela riu - Tudo tá acontecendo muito rápido.

- A vida passa rápido, e quando somos adolescentes tudo parece ser em dobro. - dei de ombros.

- Uau, que filósofo. - riu.

- Cadê o Cameron? - Aeryn sentou n
a mesa.

- Se você que é namorada dele não sabe, imagina a gente. - Taylor disse e todos rimos.

- Deixa de ser assim, viado ignorante. - revirou os olhos.

Não demorou para o sinal bater e todos irmos para suas respectivas salas.

As últimas aulas se arrastaram devagar, ouvia a professora de química falar algo sobre equilíbrio, e em como essas últimas provas eram importantes.

Senti meu celular vibrar no bolso e o peguei.

Cameron: Mano, preciso de você.

Me: O que houve mano?

Cameron: Localização

Me: Tô na aula, espera acabar.

Guardei meu celular, eu já sabia o que era, e por sorte faltava pouco tempo para a aula terminar.

Assim que o sinal bateu eu corri para o tal lugar, parei o carro e vi Cameron sentado na calçada.

- Mano, você tá bem? - me abaixei ao seu lado.

- Eu odeio aquele babaca. - olhou pra mim e pude ver seu olho inchado e o sangue escorrendo de sua boca.

- Vamos. - o levantei e levei até o carro.

- Você vai continuar aguentando isso até quando? -

- Você sabe muito bem que eu não posso sair disso. - disse limpando a boca.

- E se você denunciasse seu pai? - o olhei por alguns segundos.

- Pra morrer eu, minha família, vocês e todos que eu gosto? - me olhou.

- Te levo pra onde? - perguntei mudando de assunto.

- Me leva pra casa, não tem ninguém lá. - tossiu.

- Como você vai explicar isso pra sua mãe? - chegamos em frente a sua casa e ambos saímos do carro.

- Vou dizer que briguei com alguém, vou levar um esporro, mas faz parte. - deu de ombros.

Ajudei Cameron com o que ele precisava e fui para casa, entrei em meu quarto e fiquei ali na cama, peguei meu celular e comecei a escrever umas letras aleatórias de música.

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Vocês vão amar o próximo episódio!
Desculpa a demora e não desistam de mim 💜

O que acharam?

Ass,
Luiza Speziali.

[HIATUS] Tracking The Destination | C.DOnde histórias criam vida. Descubra agora