Chapter 39

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Cameron Dallas P.O.V.:
Los Angeles, Califórnia.
21 de abril de 2015, 6h50min p.m

Amor: Estou em Compton.

Me: O que você ta fazendo aí????????

Amor: Matt tá muito louco, vim atrás.

Me: Como assim? Tá tudo bem? Em que lugar você tá? Vou atrás de você.

Respirei fundo e levantei da cadeira que havia em frente a mesa de meu pai.

- Onde você vai, Cameron? - perguntou o de cabelos grisalhos.

- Resolver umas coisas. - olhei em volta - Onde está o Jamie? - parei.

- Não sei, não está trabalhando hoje. Por que te interessa? - deu de ombros sem tirar os olhos do dinheiro em cima da mesa - Antes de você ir, - meu pai disse - preciso que você leve isso aqui até a casa do Obermuller, então você está liberado. - abriu a gaveta de sua mesa e me entregou um envelope marrom.

- As vezes você esquece que não sou seu funcionário, e sim seu filho. - falei pegando o pacote.

- Força do hábito. - riu.

Fui até onde meu pai queria e entreguei o envelope ao Peter.

- Seu pai mandou você por quê? - abriu o envelope para conferir.

- Não sei, ele só mandou eu vir. - ri fraco - Se me dá licença, preciso ir. - apontei para o lado de fora.

- Cameron. - me chamou antes que eu pudesse me mexer, apenas me virei para olha-lo - Como Avallan está? - me encarou e eu engoli seco - Ela tá na casa do Johnson, não é? Sabe se ela está tá bem, se continua, - pausou e respirou fundo.

- Grávida? - o interrompi e ele apenas assentiu, nunca havia visto Peter daquele jeito - Uma mulher não deixa de ficar grávida do nada Peter, é uma criança, não um objeto. - respirei fundo - Se me dá licença. - sai de dentro da casa e fui até meu carro.

Não concordava com o que Peter fez a Avallan, também não concordo com os negócios do meu pai, não concordo com eu ter que continuar no meio disso tudo, mas o que eu posso fazer?

Toda vez que eu penso em desistir de continuar ajudando meu pai, ele me ameaça dizendo que minha mãe e minha irmã ficariam na rua, e que ele tiraria tudo de bom de nossas vidas. Tenho mais medo pelo que ele possa fazer a Aeryn do que comigo, minha mãe e Sierra.

Fui em direção a casa de Aeryn para ver se ela já tinha chego, ou se alguém estava em casa para me dar uma informação plausível de onde eu acharia ela.

Parei em frente a casa branca e sai do carro. Toquei a campainha e bati na porta muitas vezes, dei a volta na casa para ver na parte de trás e nada também.

Sentei no degrau que havia entre a porta de entrada e o gramado, fiquei ali por pelo menos vinte minutos, liguei para todas as pessoas possíveis, e aquilo já estava me agonizando.

Observei um carro branco se aproximar e logo vi que era o carro de Matt, levantei assustado e fui em direção ao mesmo.

- O que aconteceu? - perguntei desesperado assim que Aeryn saiu do carro e ela apenas me abraçou.

- Eu, eu não. - ela começou a chorar e eu fiz carinho em sua cabeça.

- O que aconteceu? - perguntei para Matthew.

- Jamie tava lá. - o loiro respondeu sem dar muita importância.

- E você deixou ela sozinha? - perguntei com raiva.

- Ela não é um bebê​, e eu nem sabia que ele estava lá, Cameron. - revirou os olhos.

- Não interessa, olha onde você foi se meter. - comecei a sentir o ódio subir.

- Para. - a morena gritou - Para com isso. - a morena me soltou e entrou em casa - Vão pra casa, os dois. - bateu a porta.

- Ótimo. - olhei para Matt - Ótimo. - repeti e bufei.

- Deixa ela quieta um pouco, depois falamos com ela. - disse ainda calmo.

- Já percebeu que Aeryn sempre tá atrás de você resolvendo algum problema que aconteceu com você? - perguntei sem pensar muito.

- Olha quem fala né, você só vacila com ela e ninguém fala nada. - o loiro respondeu e acendeu um cigarro.

- Me responde uma coisa. - o olhei - O que você tá fazendo com sua vida? - perguntei calmo.

- Vivendo. - sorriu sem mostrar os dentes e logo depois tragou o cigarro.

- Isso não é viver, sem dívidas isso não é viver Matthew. -

- Experimenta perder uma parte das pessoas que você mais ama no mundo, e aí a gente volta a conversar sobre o que é viver. - o loiro disse.

- Você acha que minha vida é perfeita e eu não tenho problemas? - ri.

- Seu pai pode ter todos os defeitos do mundo, mas você não deixa de ter um
ao seu lado. Você tem uma namorada que qualquer um queria, não pela beleza dela, mas sim por quem ela é! Sua mãe é um amor de pessoa, e faria de tudo por você e pela sua irmã. Você quer mesmo me dizer que sua vida não é perfeita? - deu um tapinha em meu peito - Reveja seus conceitos dude. - jogou o cigarro no chão e foi até seu carro.

Por um instante eu senti muita raiva, muita raiva mesmo, mas logo após me bateu a pena e então eu fiquei triste por isso.

- Matt. - chamei antes dele entrar no carro.

Fui até o lado do motorista e o abracei, abracei um amigo que precisava de ajuda, e não adiantaria eu ficar com raiva por algo que não chegou a acontecer.

- Eu te amo mano. - disse durante o abraço.

- Eu também te amo. - retribuiu o abraço - As coisas tão fodas, você não tem noção. - respirou fundo - Mas eu tenho que ir nessa. - sorriu - Obrigada. -

- Pensa um pouco, nem tudo tá perdido e nada acontece por acaso. - falei me afastado e ele riu entrando no carro.

- As vezes o fardo é pesado de mais sabe. - deu de ombros e seguiu com o carro.

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E aí? Aí, tô apaixonada por esse capitulo, sério!

E vocês? Gostaram? 💜

Ass,
Luiza Speziali.

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