Chapter 48-2

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Aeryn Carpenter P.O.V.:

Los Angeles, California.
17 de maio de 2015, 02h20min p.m.

Rodei meus olhos pela sala e não vi Cameron, confesso que aquilo fez com que meu coração se apertasse profundamente.

Todos vieram nos cumprimentar e eu apenas sorri e abracei a todos.

- Relaxa, ele vai chegar já já. - Matt disse no meu ouvido e eu virei cruzando o cenho e apenas concordei com a cabeça.

Tudo estava lindo, vários balões coloridos pendurados pela sala e todos os nossos amigos ali, isso era muito legal.

- Aí gente, obrigada. - disse abraçando Avallan.

- Cara, eu não tava esperando por isso. - Aaron disse e todos rimos.

Peguei um salgadinho e um copo de refri e sentei no sofá, todos conversavam alegremente, e por um segundo esqueci tudo que estava se passando conosco.

O barulho da porta abrindo e logo depois fechando com força me fez olhar assustada em sua direção, e um Cameron correndo apareceu. Levantei rápido e o moreno subiu as escadas correndo.

Olhei para todos ali, que olhavam um pouco assustados e senti vergonha por alguns segundos.

Subi as escadas correndo atrás de Cameron e entrei em meu quarto batendo a porta com força.

- Se fosse pra chegar aqui e fazer esse showzinho na frente de todos os meus amigos, não precisava nem ter vindo. - disse com raiva e o mesmo nem me olhou.

- Me deixa quieto um pouco. - disse com raiva e a voz trêmula ao mesmo tempo e eu bati em seu ombro.

- Você tá chorando? - perguntei mais baixo e o moreno virou o rosto quando tentei pega-lo - O que aconteceu? - ajoelhei em sua frente e ele me olhou com seus olhos vermelhos e todo machucado.

Sua boca escorria sangue, assim como sua sombrancelha, um olho estava roxo e inchado e as lágrimas molhavam seu rosto.

- Ei, não chora. - passei a mão em seu rosto e o moreno me abraçou.

Aquilo me assustou por alguns segundos, porém logo o abracei de volta, sentia suas lágrimas molharem minha blusa e passava a mão em seus cabelos devagar.

- Eu odeio aquele homem, odeio. - falou se afastando e secando seu rosto com as costas das mãos - Me desculpa ter me atrasado, eu queria estar aqui há muito tempo, me desculpa ter sumido essa semana, me desculpa ser um bosta de namorado, eu não te mereço. - ele disse rápido e eu segurei em suas mãos.

- Para. - falei olhando em seus olhos - Não fala isso. - respirei fundo e passei a mão em sua boca, limpando o sangue que escorria ali - Vou limpar isso. - sorri sem mostrar os dentes e levantei.

Fui até o banheiro do corredor e peguei algodão, um remédio para limpar, uma pomada e um remédio pra dor, voltei para o quarto e Cameron fazia uma cara de dor, porém quando me viu tentou não faze-la.

- Não precisa fingir. - ri ao me sentar ao seu lado na cama.

Limpei o machucado e passei a pomada pelos pontos machucados de seu rosto, lhe entreguei o remédio e o mesmo bebeu sem água.

- Meu pai é um monstro. - disse e respirou fundo - Eu entrego as encomendas dos clientes dele pra ele, eu não sei o que é, nunca vi e nunca soube, mas não é algo legal e é algo que dá muito dinheiro. - disse de uma vez.

- Por que? - perguntei confusa - Por que você faz isso pra ele? - o mesmo virou e olhou em meus olhos.

- Ele disse que se eu não fizesse o que ele quisesse na hora que ele quisesse ele iria machucar minha mãe e Sierra e iria fazer de tudo para tirar tudo delas, o que eu não duvidei. - respirou fundo - Quando eu era menor, eu lembro da minha mãe gritando com ele e de ambos se batendo, lembro de ela sempre estar roxa. - desviou os olhos e olhou para sua mão - Minha mãe o denunciou uma vez, e não deu muita coisa além de uma medida restritiva, o que não funcionou de nada, ele continuou indo atrás dela e depois começou a ameaçar Sierra, até que um dia ele me disse que se eu não o ajudasse ele iria fazer coisa muito pior do que só ameaçar Sierra, e então eu o fiz prometer que nunca chegaria perto nem dela e nem de minha mãe, e aqui estou eu. - me olhou novamente.

- E por quê você sempre tá machucado? - perguntei um pouco cheia de tanta informação.

- Ele as vezes quer só descontar as raivas dele em algo ou alguém, ele manda me segurarem e começa a me bater. - respirou fundo.

- Por que você deixa? - o olhei sem entender.

- O que eu vou fazer? Tentar me soltar de dois ou três caras e ainda bater nele? - me olhou e logo eu me arrependi de ter perguntado - Ou eu apanho e fico quieto para acabar logo ou eu tento algo e acabo jogado em algum lugar. - respirou fundo.

- Tá tudo bem. - segurei em sua mão - Eu tô aqui. - cheguei um pouco mais perto do moreno e o puxei para que encostasse em meu peito.

- Eu tô aqui por você, eu amo você e nada vai nos separar, eu prometo, nunca vou deixar ninguém te fazer mal. - disse baixo e me abraçou pela cintura.

- Eu te amo Cam. - fiz carinho em sua cabeça.

Ficamos um pouco juntos, até que ele se acalmasse e não demorou para descermos de mãos dadas, todos olhavam esperando alguma explicação, mas começamos a conversar com todos, e logo nossos amigos entenderam que não queríamos falar nada.

- Eu sou tão feliz por essa família que temos. - Avallan disse batendo palminhas.

Gilinsky estava quieto, há um tempo não conversava com ele, desde que Kyle sumiu pra ser sincera, e eu sinceramente estava preocupada com o menino, que bebia algo, provavelmente alcoólico.

- Hey, Gilinsky. - Cameron o chamou, como se ouvisse meus pensamentos - Vem, estamos conversando sobre a festa da formatura. - todos o olhamos sorrindo, e o mesmo veio em nossa direção, sentando-se ao nosso lado.

- A gente podia viajar pra fazendo dos meus avós. - Taylor disse sorrindo.

- Se você acha que aquela mansão é uma fazenda, eu super topo vestir até uma jardineira. - Matt disse e todos rimos.

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Vai ter mais um, desculpaaaaaa, eu tenho andado tão ocupada é tão cheia de coisas, tô no meio da semana de provas!

Eu amo vocês, não desiste de mim, por favor!

O que acharam dessa bomba do pai do Cam?

Ass,
Luiza Speziali.

[HIATUS] Tracking The Destination | C.DOnde histórias criam vida. Descubra agora