Três coelhos com uma cajadada só

1.3K 154 52
                                    


PETER


Tudo está escuro, me sinto atordoado como se tivesse levado uma pancada na cabeça mas não foi isso, meu sentido aranha teria me alerdado. Tento me levantar mas bato a cabeça em algo duro então percebo que estou em um cubículo e que entre as paredes e eu existe um tecido. O cubículo pula e junto com ele eu assim bato a cabeça novamente no teto... Um carro é claro, fui sequestrado, mas isso é muito improvável meu sentido aranha teria me alertado e a última pessoa que eu me lembro encontrando é a... ah agora faz sentido. Neena foi a última pessoa que encontrei e ela tem minha confiança por isso o sentido aranha não me avisou, não posso acreditar que ela faria isso comigo. O carro para e ouço uma voz estranha e esganiçada e então vejo feixes de luz passarem sobre o saco que estou.

- Ora aranha parece que você deveria para de confiar tanto em mercenários.

Um calafrio passou pelas minhas costas, o homem fez questão de enfatizar o plural no mercenários, será que Wade também apenas me usou e não quer nada comigo? Uma vontade de chorar me corroê porem me seguro não vou ser sequestrado e ainda chorar na frente do sequestrador. Respirei fundo e fingi estar inconsciente o dono da voz esganiçada me tirou do carro e me colocou em seus ombro me carregando por vários minutos até me jogar com muita força no chão, eu bati a cabeça com o impacto porem segurei o grito de dor.

- Fique quietinho ai e talvez o chefe tenha um pouco de compaixão por você - Ele saiu rindo do que disse.

Comecei a me balançar para todos os lados porem o saco não abria e então parei para recuperar o folego e pensar numa forma de rasgá-lo.  Então lembrei do canivete que Arabella tinha me emprestado para usar na aula ontem e ia devolver hoje porem esqueci, tirei ele do bolso e procurei a faquinha quando a encontrei nunca pensei que pudesse ficar tão feliz em encontrar aquela coisica, então com força a choquei contra o pano torcendo para que ele sede-se e repeti o processo varias vezes até que finalmente uma fenda foi aberta no saco a partir dali consegui rasgá-lo com minhas mãos e me livrar daquele saco imundo. Quando saí dele me vi num quarto pequeno, úmido, um tanto fedorento, sem janelas apenas uma porta que logo ouvi uma chave entrando e girando, no mesmo instante pulei e subi o mais rápido possível para o teto, um homem gordo com uma roupa elegante entra na sala e sem levantar a cabeça o homem fala em um tom de voz presunçoso.

- Então Peter como você se sente sendo traído por uma pessoa tão próxima de você? - Ele estala o dedo e Neena passa pela porta com a cabeça baixa - Dominó querida, tem algo para dizer para nosso querido amigo? Porem ela não fala nada.

Penso em todas as variáveis possíveis, penso em sair pela porta mas parece que ela me espera como se fosse algo que eu obviamente faria então descarto essa possibilidade fico parado.

- Se eu fosse você não passaria pela porta é claro a não ser que queira levar um belíssimo choque porem acredito que não queira isso - Ele ri - Peter desça por favor já não tem mais graça você ai em cima.

Desço em um pulo no chão e paro diante dos dois com um olhar presunçoso e cruzo os braços - Sabe Fisk sempre achei que você fosse mais competente, quase não acredito que levou todo esse tempo para me encontrar e nem foi você quem me encontrou ... não é querida - Pisco para Neena com um sorriso sarcástico.

- Eu não tenho tempo para provocações de criança - Ele se vira para Neena - É bom o outro estar aqui como você disse se não eu mesmo enforco você com o que sobrar desse adolescente folgado.

- Ele estará aqui acredite em mim, reforce a segurança pois ele virá com toda raiva possível que um ser humano pode sentir.

- Ótimo, vocês dois tentem não se matarem preciso dos dois vivos para acertar as contas com meu amigo Deadpool.

- NÃO - O grito vem de umas das paredes - Olho para onde e o mestre do crime tira uma caixinha de plástico do bolso que depois percebo ser um controle assim que ele aperta um botão e um das paredes bolorentas sobe e mostra... Dominó acorrentada em uma sala de frente para onde estou. Não consigo processar o que está acontecendo então olho em direção de quem até dois segundos atrás era Dominó porem me deparo com um rosto familiar.

- Lord Voldemort você veio me fazer uma visita? - Sorrio para o Camaleão ao lado do mestre do crime - Peter Pettigrew e Lord Voldemort achei que estivessem mortos a mais de uma década.

- Você não vai ser tão engraçadinho quando estiver morto - Finjo estar assustado.

- Você já tentou umas ... mil vezes e num chegou se quer perto de me fazer um roxo.

-  Camaleão não temos tempo para isso Deadpool logo estará aqui e precisamos estar preparados, tenho que uns assuntos inacabados com aquele trapaceirozinho - Os dois deixam a sala e fecham a porta com um estrondo enquanto corro até Neena, ela parece mais pálida que o normal como se não visse a luz do sol à um bom tempo.

- O que houve?

- Depois que saí da casa do Wade mudei para Bariloche e não sei como ele me encontrou, só sei que entrei em casa e apaguei quando acordei estava aqui. Wade sabia para onde tinha me mudado e me mandou uma carta contando sobre tudo o que aconteceu no tempo em que estive fora e mais algumas coisas, Fisk encontrou a carta e fez questão de lê-la para mim por sorte Wade não assinou o nome e nem mandou a carta da cidade mas Fisk foi mais esperto ele mandou vários de seus capangas atrás de descobrir o paradeiro do Wade que coincidentemente estava na mesma cidade que o Homem Aranha dai em diante foi questão de juntar os pontinhos.

- Ele vai pegar três coelhos com uma cajadada só - Soco a parede pois sei que Wade vai vir atrás de mim, sei que aquele bostinha se certificou que ele viesse para cá apesar de ser um plano um tanto normal ainda parece que algo falta, porque ele iria correr tanto atrás do Wade? O que o Wade deve para o Fisk que mereça todo esse esforço?

Wade o que você fez?


ConcatenaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora