Stranger

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Harry P.O.V

Acordei pouco mais tarde no dia seguinte. Louis já tinha saído do local, então eu me levantei, me troque e saí. E, enquanto fazia isso, memorizava os detalhes da noite anterior. Detalhe por detalhe.

Saí do cômodo vendo um Louis distante perto do campo de treinamento. Ele estava com o Ashton, que ria sobre algo. Me aproximei deles, chamando-os pelos nomes. Ashton se virou pra mim, me dando um sorriso largo e um belo abraço antes de sair. Louis, nem ao menos olhou pra mim.

— Está aqui desde cedo?

— Sim.

— Viu os garotos?

— Não.

Suas palavras eram diretas e monossilábicas. O que me incomodara um pouco. Deixei-o ali, sozinho, e saí atrás de Mike e Luke. Os encontrei a poucos metros dali, eles estavam conferindo algo em alguns papéis, ou fingiam. Quando cheguei perto e dei um breve “oi”, pude ver os dois pularem para trás, com uma expressão um tanto assustada.

— Ãn... Vocês sabem o que o Louis tem?

— Por quê?

— Ele está diferente. Grosso.

— Não tá, não. Ele deve estar magoado com você.

— Por ter bebido ou pelo beijo? - Nessa hora, me toquei do que havia dito. Os olhos de Luke se arregalaram enquanto Michael tentava entender o que eu estava dizendo.

— Que beijo? Você beijou o Louis? Meu Deus, ele deve estar puto. Louis é hétero, Harry.

— Não. E-ele me beijou.

— Okay, okay. Vamos com calma, garotão. Ele te beijou e agora está estranho com você?

— É.

— Converse com ele no final do dia. Enquanto isso, nós vamos tentar fingir que não sabemos de nada e ajudar ele com os treinamentos. E, aliás, o seu começa em quatro minutos. Não se atrase, Sr. Beijoquinha.

Revirei os olhos para as palavras de Luke, enquanto o mesmo saía rindo baixo para não chamar a atenção.
Pensei em toda aquela situação. Se um beijo causara isso, imagina quando... Okay, Harry. Isso jamais vai acontecer. Hora de voltar para a realidade.

Louis P.O.V

Quando Harry saiu de perto de mim, soltei um suspiro aliviado. Não dormi a noite toda, e metade dela, imaginei coisas obscenas com o garoto de cachos. Não conseguia encará-lo hoje nem por mais dez dias. Fui arrancado brutalmente de meus pensamentos quando um Mike todo risonho passou por mim. Encarei-o rapidamente antes de seguir até um dos soldados em treinamento que acabou caindo em um buraco. Como? Não faço a menor ideia. Retirei o garoto do local e voltei ao meu posto. Horas depois, tudo estava acabado. Tivemos desarmamento de bombas e ativações de granadas, que eu, modéstia à parte, ajudei a fazer. O campo estava um tanto vazio, desde a “provocação” que a Alemanha nos enviou, decidimos contra atacar. Soldados nossos foram enviados ao território inimigo, o que acabou deixando-nos sem um comando. Sim, Tyler foi para a guerra. O que não era uma preocupação, ele sempre voltava e dessa vez não seria diferente. O dia já estava acabando, escurecendo, para ser mais exato e meu único pensamento era ir para o quarto, tomar um banho e tirar os pensamentos maldosos com Harry de minha mente.

Entrei no local, ansioso por um banho que tirasse o barro do meu corpo, mas parei à porta quando vi um Harry curioso sentado em minha cama. Ele me encarava firmemente, como se quisesse uma reposta sem antes ter feito a pergunta.

— Ãn.. Boa noite, Cachos.

— Por que estava me ignorando?

— E-eu não estava. Eu só pr-precisava pensar.

— Sobre ter me beijado? - Não respondi. - Responda, Louis! Sobre ter me beijado? Isso te deixou confuso? Bravo? Magoado? Com o orgulho ferido? Hétero de merda. Se fosse pra me beijar e me ignorar no dia seguinte, que nem tivesse o feito.

— Você está ouvindo o que está dizendo? Eu fiz coisas, eu assumi coisas pra você. E você está me julgando?

— VOCÊ NEM OLHOU NA MINHA CARA, LOUIS!

— EU NÃO ESTAVA COM CORAGEM.

— CORAGEM DE QUÊ? Tudo isso por causa de um beijo?

— Por causa do que eu pensei com você.

— O que você pensou?

Pensei em formas de dizer à ele, mas a situação já havia saído de meu controle, mesmo. Então, o modo prático era melhor do que o teórico para aquela situação. O puxei pelo colarinho, empurrando-o até bater com as costas na parede. Seus olhos me olhavam arregalados, com medo. Dei um breve sorriso tentando tranquilizá-lo, e então sua expressão se tornou confusa. O beijei. Uma, duas, três vezes.

Desci as mãos de seu pescoço para suas coxas finas, o impulsionando para cima. Altura era, de fato, algo que não importava agora. Nossas bocas se misturavam cada vez mais, adentrando na outra, cada vez mais. Me fazendo sentir uma tensão boa subir pelo corpo.

As mãos do cacheado se atreveram a puxar minha blusa para cima, interrompendo nosso beijo por alguns segundos, mas não o bastante.

Lancei o garoto na cama debaixo, retirando sua blusa de imediato, e deixando uma trilha de beijos, mordidas e chupões em sua barriga. Me sentei em seu colo, puxando-o para mais um beijo. Eu necessitava da sua boca, do seu corpo, do seu calor. Nos beijamos por longos segundos, até eu sentir minhas costas baterem com força contra o colchão. Levantei a cabeça e olhei o cacheado se atrapalhando com os botões da minha calça. Levei as mãos até lá para ajudá-lo mas recebi um tapa na mão por isso.

— Eu faço. Não se meta.

Eu estava pronto para rir e broxar, mas suas mãos não me permitiram fazer isso. Ao invés do som de risos, saíram de minha boca sons roucos e falhos. O cacheado bombeava meu membro com agilidade enquanto mordia os lábios. Arqueei as costas, contendo um gemido alto assim que seus lábios começaram a trabalhar juntamente de suas mãos.

Levantei o corpo, puxando o garoto para cima, ambos abrindo os botões de sua calça camuflada o mais rápido que podíamos. Mordi seu lábio inferior assim que conseguimos abrí-la, deixando a mesma de lado.

Agarrei sua cintura, colocando seu corpo sobre o meu e sua bunda sobre eu colo. Harry despejou chupões e mordidas por todo meu pescoço e ombro, enquanto rebolava para frente e para trás sobre meu membro.

Por sorte, o garoto era ágil e logo tirou sua boxer branca, me permitindo encaixá-lo perfeitamente sobre meu membro ereto. Seus lábios finos se abriram em um gemido alto. Passei as mãos por sua cintura, lhe dando segurança, e então o maior começou a cavalgar. A distância perfeita entre nós.

Nossos gemidos se misturaram dentro do cômodo, deixando o ambiente abafado e, de repente, pequeno demais para nós dois.

Segurei no garoto, o tirando de cima de mim e o levando até a parede gélida do outro canto. Seu tronco se encontrou com ela, e ele empinou o corpo para trás, me permitindo ter uma visão fascinante de sua bunda. Agarrei sua cintura novamente, o penetrando com força. Seus palavrões me faziam o desejar cada vez mais. Meus lábios sugavam a pele de suas costas enquanto ele se empinava cada vez mais para mim.

Agarrei seu membro, retirando as mãos de sua cintura, e o bombeei com vontade, sentindo o garoto explodir em minhas mãos minutos depois e sua cabeça se encostou na parede, cansada.

Mais duas estocadas e gemidos falhos do cacheado, foram o suficiente para que eu chegasse ao ápice. Saí de dentro dele, e explodi em minhas próprias mãos.

Ele se virou de frente, me encarando com seus olhos verdes, agora mais escuros, e eu sorri nervoso.

— Como eu disse, hétero de merda.

— Ah, cale a boca antes que eu repita a dose.

— Não seria má ideia já que não lhe deixei nenhum arranhão.

Mordi os lábios novamente, pela vigésima vez em menos de uma hora, e o observei vir até mim.

Intern War || L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora