Capítulo II

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"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar."

-William Shakespeare

Emma

Desde que cheguei em Joinville as coisas me ajudaram e hoje tenho um lugar para chamar de lar, estou cursando direito como planejei e consegui um trabalho na cafeteria da tia da Kim, minha amiga irmã a quem Deus enviou para me ajudar. E aqui estou eu, atrás do balcão sem conseguir entender o que acabou de acontecer.
Vocês não devem estar entendendo nada, não é mesmo? Então eu vou explicar.
Eu trabalho no caixa, Carol, Thomas e Frank (Meu melhor amigo) atendendo as mesas, Jason faz as bebidas e Piper, sua esposa, é responsável pelos lanches e tortas. Geralmente este lugar atinge uma quantidade razoável de pessoas. A clientela já é conhecida e todos que aparecem pela primeira vez aqui, voltam. Acho que pelo ar de biblioteca e o lugar aconchegante ajuda a manter um bom público. Porém hoje, Carol faltou porque está doente e sobrou para Frank, Tom e eu dar conta de tudo, ou seja, está uma loucura, tenho que me dividir entre o caixa e atender mesas, quando os meninos estão enrolados. Frank coitado está atendendo três mesas ao mesmo tempo, é quase um milagre! E Thomas na sua maior paciência, está atendendo duas mesas com uma calma invejável. Estava no caixa, quando Frank me pede para levar o pedido do homem que acabou de chegar. Saio do meu lugar e vou para o balcão pegar o pedido. Estou andando na direção a mesa do novo cliente, quando chegando lá me surpreendo.
Caramba!!O cara é um homão da PORRA. Seus cabelos castanhos combina com sua fina barba, pela camisa social dá para perceber que há muitos músculos por baixo, ele tem um jeito de homem das cavernas não sei explicar!E essa boca! Mano do céu que delicia. Senhorita Parker faça seu trabalho e deixe de besteira (Me recrimino), não é o primeiro homem bonito que você encontra aqui, realmente ele é mais que bonito, é quente. Volto a realidade e percebo que ele está ao telefone crio coragem e o interrompo.

-Desculpe senhor, seu café já está pronto. (Digo tentando passar o máximo de firmeza que posso).

Ele me encara e olha para mim como se eu fosse um pedaço de carne – se fosse outra pessoa eu até mandava ir para alguns lugares inapropriados- mas saber que um homem desse está me desejando é algo surpreendentemente bom.Nunca o vi aqui e sua presença nesse ambiente é um pouco curiosa.
Ele ainda me observa, até que seu olhar encontra o meu, não sei que poder foi esse, mas sinto minhas bochechas vermelhas e a timidez dando seus sinais- o que não é muito comum para mim. Ele parece pensar e por fim, responde ao telefone que ainda estava na ligação.

-Depois te ligo mãe. (E desliga o celular ainda me olhando, com esses olhos, nossa senhora das mulheres excitadas que olhar é esse?) Pode deixá-lo aqui obrigada.

Não espero nem ele falar mais nada, coloco a bandeja o mais rápido possível, espero que ele não tenha percebido e saio de lá. Preciso me recompor! Que homem é esse? E essa voz? É verdade mesmo? Afasto os pensamentos e vou para meu lugar.
Quando chego ao caixa, vejo Frank me olhando com uma expressão estranha.

-O que foi Frank?

- Nada , só você com essa cara de quem gostou do que viu .

-Não sei do que você está falando.( Poxa Emma, se Frank percebeu o estranho gostoso também, sua tonta)

-A claro que não sabe, é só olhar p esse seu sorrisinho aí e essas bochechas rosadas. (Ele diz de forma debochada )

-Você não tem mesa para atender não? ( Digo já impaciente , eu não estou entendendo o porquê dessa ironia toda)

-É... era o que eu deveria ter feito! (Ele para e parece refletir nas suas próprias palavras) Quero dizer...tenho sim e já estou indo. Fica no caixa deixa que eu dou conta das mesas. É ruim pra você ficar se descolando toda hora .

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