A ligação

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- Vem com a gente Mila.

Pausei minha leitura pois as meninas estavam insistindo para que eu saísse com elas, não queria ir. Estava com cólica e o tempo lá fora estava indicando que iria chover.

- Não estou muito no clima.

- A Camila ama essa casa. - disse Mani. 

O pior que era verdade, eu gostava de cada detalhe daquele apartamento. A sala branca com os sofás de couro preto, a mesinha de cento de vidro e a rack cinza que só ficava a TV, o DVD os controles e algumas fotos nossas. A cozinha azul de estilo americano, que não era tão grande e  nem tão pequena e a sacada que ficava no centro entre as paredes, dividindo o corredor que ficava o banheiro e os três quartos.

- Ainda acho que você deveria ir pra se destrai. - disse Ally.

- Não. Vamos deixar ela com sua fantasma. - disse Dinah. 

- Não está na hora de vocês irem não? - ri fingindo estar incomodada.

- Estamos - respondeu Normani- Tchau Camila, voltamos logo.

Eu apenas sorri enquanto elas saiam do meu quarto fechando a porta.

Terminei de ler o último capítulo do meu livro e fui pra sala com meu notebook, apesar das cortinas estarem abertas o céu fechado deixava tudo escuro e a luz que vinha do meu aparelho era a única que iluminava o lugar.

Estava pesquisando o preço da mensalidade da faculdade que queria fazer, procurei os melhores valores e diferentes universidades. Apesar de ainda estar desempregada não queria desistir do estudo, sei que minha situação não iria durar muito tempo e além do mais essa faculdade era meu sonho, era o que eu sempre quis fazer.

Assim que abaixei a tela do notebook
ouvi o som do primeiro trovão, como estava sozinha e o silêncio dominava, aquilo por uma fração de segundos me assustou.

A chuva começou a cair, e o clima estava ótimo para dormir, estava começando a ficar com tédio e parecia que deitar era única opção. Não tinha nenhuma amizade aqui no prédio, minhas únicas amigas eram Normani, Ally e Dinah. Se não poderia chamar alguém para assistir um filme comigo. Mais isso que dá não  socializar, não sair para conhecer ninguém. Ri comigo mesma.

De repente, mais um trovão rugiu e no mesmo instante meu celular começou a tocar, me tirando dos meus devaneios. Era número desconhecido. Me arrisquei em atender.

- Oi Camila, sabe quem está falando?

A Máscara - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora