A conversa.

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- Onde você foi ontem?

- É você sumiu.

- Estávamos te procurando e você não estava mais na festa.

Fui bombardeada pelas perguntas das garotas, que não consegui responder nenhuma ao me lembrar do motivo pelo qual sai daquele lugar ontem.

Aquilo estava me deixando fraca, derrotada. Como algo que não é real podia me deixar em um estado tão deplorável? Não sei se foi minha mente que criou aquela voz, aquele espírito feminino de cabelo ondulado e esmeraldas como olhos, mas estava me afetando.

Não sei explicar, me contradizia o tempo todo. Por mais que eu ache que isso seja só fruto da minha imaginação, porque eu não conseguia desligar ela da minha mente? Porque toda vez que ela aparecia era tão real mas quando abria os olhos tudo parecia um simples sonho ruim para mim? Nada fazia sentido.

- Foi seu pesadelo real de novo não é mesmo? - perguntou Ally

Ally, Mani e Dinah tinha o olhar de pena sobre mim, Como se dissessem que estava ficando louca. Não queria que minhas próprias amigas pensassem isso sobre mim, queria que elas me entendessem. Mas como explicar algo que eu mesma não sabia o que era? 

Sai da cozinha e me sentei no sofá com minha xícara de café. Assim que as meninas acompanharam meus passos, se sentaram ao meu lado e me envolveram com seus braços. A primeira lágrima que estava lutando para sair, escorreu pelo meu rosto naquele momento.

- Vocês devem estar pensando que pirei. - disse quebrando o silêncio. 

- Jamais, somos suas amigas e estamos aqui para te entender. - disse Normani. 

- Isso mesmo - disse Ally.- quando você acha que isso começou?

- Um dia após que encontrei aquela máscara.

- Você acha que pode ter alguma ligação? - perguntou Dinah. 

- Talvez, a dona da voz usa uma máscara igual.

- Então é simples, joga a máscara fora. Quem sabe ela não suma.

- Não sei. Mais olha o que eu achei ontem lá na festa. - tirei o colar do bolso do short e mostrei para elas.- Tem um M escrito do mesmo jeito e da mesma cor do L da máscara.

- Acho que esse fantasma está te levando para um enigma. 

- Vou considerar essa possibilidade. 

- Se fosse você jogaria os dois no lixo. Vai saber se essa situação se intensifica ainda mais com esse colar.

- Não se preocupem , vou fazer isso.

- Camila, posso parecer precipitada ao dizer isso - Ally começou, seu tom era sério porém doce.- mas se isso no parar acho que deveria procurar uma ajuda profissional.

- Ou podemos chamar o pastor, uma benzedeira, sei lá. Para expulsar esse demônio daqui.

- Sangue de Jesus tem poder Jane, sai pra lá com essas coisas.

Era hilário essas duas, pelo menos esse caso gerava um motivo para rir. E também fiquei feliz por elas terem me compreendido e por estarem comigo para me ajudar. Mas Ally tinha razão, se nada adiantasse ou piorasse mais teria que procurar um especialista.

A Máscara - CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora