Capítulo 37/38/39/40

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meu espírito barraqueiro desceu
– Thainá: Então vem! Mulherzinha de bandido! – Disse toda debochada

Ai que meu sangue subiu! Tu fala de mim, mas num fala dos meus amigos! Levantei que nem um raio, e como tava de tornozeleira e tênis, dava pra pisar no chão. Já cheguei na Thainá segurando ela pelos cabelos e comecei a encher a cara dela de tapa. Como ela não é acostumada a brigar, só a levantar falso mesmo, ela não sabia o que fazer, e só ficava gritando, balançando as mãos. O Artur me tirou de cima dela antes de eu jogá-la no chão, e o Matheus segurou-a. Encarei-a, com a mão coçando pra bater na cara dela. Se muito eu bati, foram só 3 tapas! Pra mim, isso não pode ser considerado uma briga! Nessa hora, chegou a diretora, e mandou nós todos irmos pra sala dela. Passamos quase 1hr lá, explicando como tudo aconteceu, e ela deu 3 dias de suspensão pra mim. Sai da sala dela e fui pro pátio com a Mar, a Manu, o Matheus e o Artur. Eu não tava com raiva da diretora nem da suspensão, mas tava com nojo e ódio da cara da Thainá. Ela tava se fazendo de coitadinha, vai tomar no cu! Ela que não fique muito tempo na minha frente muito menos abra a boca quando eu voltar pro colégio!

– Marjorie: Tu vai pra tua casa ou pro Alemão?
– Roberta: Minha casa. Vou ligar pro meu pai pra ele vir aqui assinar a suspensão e pra me levar. Ele vai falar tanto!
– Matheus: Tô boladão com a Thainá, velho! Que menina mais sonsa! – Disse com raiva
– Artur: Que vontade de dar uns tapas nela!
– Roberta: Aquela ali eu não ando mais. Quero nem olhar pra cara dela!
– Manuelle: Eu também. Todo mundo que te conhece nem que seja um pouquinho sabe que tu num é pau mandado de ninguém e ela vem com historinha que tu foi obrigada a fazer isso, querendo pôr teu namorado como culpado!
– Roberta: Ai meu Deus! Finalmente alguém que me entende! – Abracei a Manu e a Mar me olhou feio e eu ri e abracei ela também


Eles voltaram pra sala uns minutinhos depois e eu liguei pro meu pai e contei tudo. Ele, aparentemente, estava de boa. Ele assinou a suspensão e me pegou no colo. Me levou pro carro e fomos pro condomínio o caminho todo calados. Quando chegamos, ele me pegou no colo, pegou minha mochila e entrou comigo em casa. Subi as escadas e fui pro meu quarto enquanto ele estava na cozinha, e logo depois, ele entrou no meu quarto.

CAPÍTULO 38

– Wallace: Você está começando a brigar agora que se juntou com aquele bandidinho, Roberta?
– Roberta: Me juntei?!? Ah, pai, me poupe! Parece até que eu sou capacho de alguém! Eu sei pensar, tá?!? Se eu briguei, dei na cara daquela piranha, foi porque eu tinha motivos pra fazer isso!
– Wallace: Eu não quero você mais com aquele bandido, tá me entendendo? Você não vai mais pra aquele morro!
– Roberta: Eu vou pro Alemão sim! Minha guarda é compartilhada, não é só sua!
– Wallace: Então eu vou entrar na justiça com um pedido de guarda absoluta! Vou dizer que tua mãe passa o dia todo no trabalho, só chega à noite, que isso é verdade, e que você fica andando pelo Alemão, se misturando com gente que não presta!

Ele pegou meu celular da minha mão e saiu do quarto. Manoooo, que ódio! Tranquei a porta do quarto, tirei o tênis, peguei meu notebook e entrei no facebook. Mandei mensagem pra Marjorie falando tudo que meu pai falou e ela visualizou na mesma hora. Pedi pra ela avisar ao Geré quando ele fosse "me buscar" que eu não ia pro Alemão essa semana por causa disso, mas que no final de semana eu estaria lá, e pedi pra ela vir pra cá pra casa quando largasse, e ela disse que beleza. Sai do facebook, coloquei meu notebook na mesinha e deitei na cama, com raiva. Dormi de tanto tédio que estava, e acordei com uma zuada lá de baixo, de gente batendo na porta. Sai do quarto me escorando na parede, já que não podia pisar com força com o pé machucado e desci as escadas. Era a Marjorie e o RGR. Meu celular tava na prateleira do espelho da sala, então eu peguei.

* DO ASFALTO PRA VIDA *Onde histórias criam vida. Descubra agora