Eu (não) sou um psicopata. Capitulo 8. A casa da vovó.

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A cidade não é muito longe, uns 30 kms. Laura dorme no banco de carona. Lucy está nos seguindo de carro, tenho certeza que está aprontando. Cruzamos a escola Mountain Falls High School, viramos à esquerda, 4 quarteirões e chegamos a uma casa clássica, verde e branca, 2 andares, a rua é larga e cortada por duas grandes avenidas, a casa fica a umas 15 casas de cada avenida, no sentido norte fica um bosque muito parecido com o da minha cidade, não há saída no meu quarteirão, apenas o bosque. O quintal está com a grama alta. Puro abandono.

Dentro da casa os móveis estão cobertos por lençóis e toalhas velhas, a escada, longa, geme ao ser pisada. Lembro do cheiro que tinha essa sala antes de meus avos saírem.

No andar de cima 4 quartos, 2 banheiros e uma longa visão da vizinhança, acho até que essa é a casa mais alta da rua. A casa é bem espaçosa e confortável, mas o que mais gostei foi do porão, um lugar cheio de ferramentas, cabos, cordas, machados e outros utensílios.

- Harry, vem cá! - Lucy grita do térreo.

-Que foi? - Ela abre a porta para uma sala que fica no fundo da casa.

-Este lugar está caído...

-Precisa de uma decoração-grita Laura.

Acendo a luz. Uma poltrona preta e um tapete em uma sala de madeira exposta, sem janelas. Lembro que eu e minha irmã ouviamos histórias do meu avô aqui.

-Fica por sua responsabilidade...-Lucy bate com a mão em minhas costas.

Lucy se afasta e vai em direção a porta.

-Aonde que você pensa que vai? Tem muita coisa para arrumar aqui...

-Vou atrás de droga...- ela bate à porta.

Laura está sentada na escada e ri para mim. Largo a sacola no chão e vou mais próximo dela.

-Me pega vai...-Ela estende os braços e pula no meu colo, a encosto na parede e ela me beija. Tiro sua camiseta enquanto beijo seu pescoço. Ela tira e minha e então noto que novamente está sem sutiã.

-Esse lugar vai ser ótimo...- Caímos no sofá.

Durante a tarde arrumamos a casa, reabasteço a geladeira e colocamos os moveis no lugar. Lucy sugeriu que fossemos a escola. Assenti. No dia seguinte nos inscrevemos e iniciamos. As pessoas daqui não ligam muito por alguém morar sozinho, talvez seja a proximidade com a cidade vizinha.

 A primeira aula é a de biologia, Laura senta com Lucy e uma garota loira senta comigo. O professor era um ruivo alto, muito parecido com o Sr. Petterson. Uma garota baixinha sentou atrás de mim, sua voz era irritantemente aguda e chata, minha vontade era de esbofeteá-la ali mesmo, mas me segurei. A cada minuto que passava minha vontade de esgana-la aumentava, não era algo normal, eu tinha vontade de matá-la, uma coisa dentro de mim dizia para eu fazer.

Quando o período terminou eu a segui até o banheiro, uma espécie de hall unia os dois banheiros, um de frente para o outro, entrei no feminino, vazio. Ela vai até o ultimo box. Antes mesmo de ela abaixar as calças eu coloco a mão em sua boca e tranco a porta. Ela tenta lutar contra mim, mas seu peso não colabora. Tiro do bolso o canivete e aperto a faca contra seu pescoço. Forço minha mão contra seu pescoço e aos poucos suas veias vão estourando. Ela morre rapidamente, tiro meu casaco e isolo sua cabeça, coloco alguns papeis no que sobrou de seu corpo e coloco a cabeça em minha mochila e corro em direção ao meu carro.

Chego antes das meninas. Penso na decoração que elas sugeriram. Com um gancho do porão prendo a trança de seu cabelo no teto da sala escura. Um pouco de sangue pinga no tapete até eu colocar o balde. Coloco minhas coisas para lavar e vou para o banho.

Nem terminei de colocar a roupa e as meninas chegam, desço sem camisa e pego uma garrafa de vinho da geladeira.

-Harry, que porra é essa? - Questiona Laura.- foi por isso que você saiu mais cedo?

-Decoração gente.- Abro a garrafa e me sento no sofá.

Lucy vai para o banho e Laura para o quarto. Me sinto limpo, bem.

Eu (não) sou um psicopata [ EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora