Eu (não) sou um psicopata. Capitulo 13. Café da tarde.

126 7 0
                                    

Como costume eu acordei novamente bem cedo. Tomo um pouco de café e vou para o quintal. Começo a abrir mais um buraco e a cada golpe na terra me lembro de Peterson e de minha raiva por ele. As meninas não demoram muito para acordar, mas já levei o corpo de Peterson para a terra. Lucy grita alguma coisa e sai da casa, eu realmente acho que ela não gosta de mim como já gostou. Jogo o corpo pelo buraco e o fecho. Coloco os lençóis ensanguentados pelo buraco, enrolado ao corpo. Volto para dentro limpando as mãos e Laura me questiona. Não respondo e faço minha higiene. Se Laura começar a querer entender tudo eu sinto que ela pode ser a próxima a ter uma cova no quintal.

Ela não foi a aula mais uma vez nessa semana, ficou em casa assistindo televisão. Nós almoçamos em completo silencio. Lucy retornou um pouco depois das três da tarde. Ela estava conversando com uma garota. Visto rapidamente minha camiseta e vou para a cozinha. Tudo que escuto é a voz grave da menina, acho que seu nome é Raissa. Subo para meu quarto e deito. Fico ali por mais ou menos uma hora até que Lucy me acorda.

- Vamos comer Harry... a Raissa ainda está aqui.

Me sento na cama vestindo meus sapatos.

- Quem foi que a deixou traze-la?

- Agora preciso de permissão para trazer meus amigos?

Me levanto suficientemente irritado e agarro o braço de Lucy.

- Lucy, você que sim, se descobrirem o que eu faço e acharem esses corpos nos todos estados fudidos.

- Isso é culpa sua, não minha - ela tenta soltar meu braço.

- Isso é culpa nossa, quando você aceitou morar comigo nessa casa vocês sabiam das consequências – nem percebo que já estou quase gritando - agora manda aquela garota embora ou não me responsabilizo pelo que eu posso fazer...

- Vai matar ela agora?

- Eu não disse quem eu mataria...

Bato a porta do banheiro e urino.

Quando desço, Raissa ainda está na mesa. Me sento e Lucy me encara, quase me provocando. Tomo um pouco de café sem falar nada, a menina tem os cabelos em um emaranhado, sua alegria é irritante e seus risos são altos. Laura parece não se importar com ela, mas sua conversar diminui ao perceber minha irritação. Tomo mais um pouco até minha xicara ficar vazia. Quando estou pronto para servir mais Raissa solta uma gargalhada alta, minha mão treme e eu só vejo seu rosto queimando e o bule atrás dela. Laura já saiu da mesa e Lucy me olha com raiva. Pego uma das facas da mesa e corto o pescoço da menina. Levo sua cabeça até a salinha e tranco. Subo de volta para o quarto e me deito. Lucy aparece e bate à porta.

- Me desculpe, mas não diga que foi não avisada... agora não traga mais seus amigos aqui.

Ela desaparece no corredor e eu vou limpar a cozinha.

Eu (não) sou um psicopata [ EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora