Eu (não) sou um psicopata. Capitulo 19. Ardente como fogo.

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Não demora muito para Lucy fugir mais uma vez. Não fomos a aula hoje e ela voltou no meio da noite. Eu e Laura ficamos o dia no quarto. Dormimos e comemos um pouco. Lucy voltou bêbada e jogou-se na banheira, ficou lá durante a noite. Fui ver como ela estava.

- Entra aqui gato! – Ela mexe na agua com uma das mãos.

- Para onde você foi?

- A pergunta não é para onde eu fui, mas é para onde você vai. – Ela me chama com um dos dedos, encostando uma das mãos na banheira, seu seio sobre a agua e parece maior, reluzente. Tiro a regata e estou prestes a entrar com ela. Ela sorri e se joga na banheira. Meus olhos ardem por um instante e minha visão fica negra, suspiro na tentativa de acordar e o cheiro do álcool me reativa, tiro a calça e minha cueca e entro lentamente na banheira.

Lucy se enrola no meu corpo e começa a se esfregar em mim, por um momento ela fica desacordada e bate a cabeça na lateral da banheira, eu acho que ela está desmaiada. Ergo seus braços e os prendo na beirada na banheira e começa a estocar aos poucos, ela vai pedindo para parar e eu aumento a força dos movimentos. Ela solta alguns gemidos e eu chego ao ápice. Forço o corpo contra ela e sinto sua dor se espalhar pelo corpo. Solto algumas mordidas pelo seu pescoço e saio dela.

Lucy se mantem na agua chorando por algum tempo. Me seco e visto um short, vou ao mercado com Laura. As enormes prateleiras de lá me entretêm por algum tempo. Quando voltamos Lucy está com algumas malas sobre a cama.

- Que malas são essas? – Bato a porta.

- Eu estou indo embora – um arrepio percorre meu tronco.

- Para onde você acha que vai Lucy?

- Vou para casa Harry, longe de você, longe da sua personalidade maluca.

- Você não vai a lugar nenhum Lucy. – Coloco meu braço sobre as últimas peças que sobraram no guarda-roupas – você vai desfazer essas malas e colocar-se no lugar.

- Até quando? Quando vai acontecer de novo?

- Acontecer oque?

- Você me estuprar de novo? – Fico rígido, Laura está ouvindo isso.

- Eu não fiz nada sem seu consentimento, você me chamou para aquela banheira, você me chamou para transar.

- Você me feriu Harry – ela lacrimeja.

- Você não pediu para parar.

Ela me tapeia.

- Escuta aqui, você não vai sair dessa casa, você vai ficar e pensar sobre o que fez ontem, tudo o que eu fiz foi porque você consentiu e me desculpa se suas palavras não saíram da boca.

Saio do quarto e vou para o banheiro, lavo meu rosto e vejo sangue no meu nariz, o espelho aponta minha palidez, fico tonto e mergulho a cabeça na pia. Minha visão escurece e eu caio.

Acordo com o som das maquinas do hospital. Laura me abraça desesperada, eu não sei o que aconteceu, mas minha cabeça dói e sinto um formigamento nas extremidades. Não demora muito para eu estar pronto e ir para casa. Antes, eu e Laura passamos na clínica e marcamos uma consulta. No caminho de casa um frio sobe ao meu estomago e suo frio. Caminhamos até uma farmácia e lá compro alguns antiflamatorios, peço para Laura me deixar sozinho e descido ir ao lago. Nado um pouco e volto.

Eu vejo os vidros da casa quebrados e corro para dentro, algumas labaredas surgem da cozinha e sala, a fumaça já tomou conta do andar.

Meu deus, Laura!

Subo as escadas e o fogo já consumiu toda a parte traseira da casa. Pego uma mala que mantenho pronta no guarda-roupa e outra para as meninas, corro pela casa atrás delas, Laura está isolada no quarto, a puxo para fora e saímos correndo.

Do lado de fora escuto alguns gritos, minha respiração esta pesada e não consigo me mover, recupero o folego e olho para dentro da casa. Lucy estende seu braço e se arrasta, eu não posso salva-la, não posso mais aguenta-la, pressiono a mandíbula e a encaro, ela desiste, seu olhar é de arrependimento, mas não a sinto mais. Viro e começamos a caminhar até sermos jogados pela explosão no chão negro e flamejante.

Eu (não) sou um psicopata [ EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora