Depois de mais ou menos uns 3 dias a escola retoma as atividades. Tudo que se sabe é que uma garota desapareceu e seu corpo foi dividido, por quem ou pelo que, ninguém sabe, mas sua popularidade que antes era baixa, ficou imensa. Todos na escola ficam sem entender o motivo ou como tudo aconteceu.
Nossa primeira aula é na sala de artes, ficamos alguns minutos sem a professora até que o som do salto interrompe nosso momento de conversa. Uma onda de medo e perplexidade invade aquela sala e todos se sentam no momento em que ela fecha
aporta, minha cadeira se torna a pior tortura que eu poderia enfrentar nessa cidade, a professora, que todos temem, tem o mesmo cabelo, o mesmo vestido, o mesmo jeito de se mover, por um momento o medo de encarar seu rosto me paralisa no assento, sua face faz meu cérebro retornar ao reformatório, Saluza Pop's é quem entra na sala, meus olhos fitam a vice-diretora que me condenava e seu olhar penetra o mais profundo de minha alma.
-Bom dia queridos...-Sua falsidade me enoja- vejo rostinhos novos? Laura, Lucy e Harry não é mesmo? - ela aponta para cada um de nós fazendo uma pausa fria sobre meu nome. As meninas concordam enquanto eu ainda me mantenho paralisado. - Bom... sejam bem-vindos... o trabalho de hoje vai ser uma coisa bem diferente, eu quero que vocês desenhem aquilo que está lhes deixando com mais raiva no momento, no dia.... - um menino distribui as folhas e então eu me movo, ainda lentamente, aponto o lápis
e começo.
Após alguns segundos desenhando uma mão ressecada surge pelas minhas costas e
encosta em minha mesa. Lucy vira o rosto em minha direção e observa. O ar quente de alguma respiração penetra pelas minhas costas e eu paro o lápis.
- Ora... ora... onde fomos nos reencontrar? Não achei que nos veríamos tão cedo...
Aperto o lápis contra a carteira.
- Seus pais surtaram? Não suportaram o rebelde adolescente em casa?
O primeiro período termina e o segundo parece demorar uma eternidade. Sua
presença me deixa apreensivo, nervoso, tremulo. Desenho Pop's em minha folha. O
sino toca e percebo que o tempo acabou, me levando e jogo o desenho em sua mesa.
Saio sem olhar para trás ou encarar as meninas. Quase vou correndo para os
corredores, alguém puxa meus cabelos na frente do meu armário, largo um pequeno
gemido e me viro.
- Lucy! Oque foi?
- O que foi que ela lhe falou?
- Nada demais! - Minto e sigo para meu armário.
-Harry... Você está tremendo, quem era ela?
Solto um suspiro profundo e respondo.
- Pop's é ou era a vice-diretora do reformatório... - Muitas coisas começam a fazer sentido para mim. Saluza trabalha apenas meio turno lá e meio turno aqui.
- Uau... sério? -Ela abre seu armário...- Vai acabar com ela? Você quer não quer?
A ideia não me parece errada.
- Eu só...só...-Coloco as mãos no rosto e percebo que estou suado.
- Então faça...-Ela coloca as mãos em meus bolsos e me dá um selinho. - Mate ela.
Ela se afasta e então eu guardo os materiais, limpo meu rosto com a camisa e decido que é a hora.Não vi Laura após a aula, talvez esteja com um garoto por aí, isso seria bom para ela.
Com toda essa situação. Passo o restante do tempo no carro de Lucy esperando Pop's
sair da escola. O carro em que ela entra é bem diferente do que a leva para o
reformatório, esse é pequeno e rosado. A casa dela é como o carro, rosa, o carro preto está lá, ao lado. Como é terça ela vai ao reformatório passar a noite, a aguardo.
Consigo entrar no banco traseiro do carro preto antes da porta da garagem se fechar,
deixa a bolsa ao meu lado e me abaixo.
Quando ela termina de afivelar o cinto eu prendo uma das cordas ao redor de seu
pescoço, faço força e ela começa a se debater, com a mão direita pego o canivete e corto seu lábio inferior em direção a seu queixo. O corto jorra sangue em todo seu
corpo. Sua expressão é dolorosa, desesperada. Pressiono cada vez mais a corda até seu rosto ficar roxo, cravo o canivete me seu estomago, ela luta contra a dor e a falta de ar. Não demora muito e seu corpo começa a parar, libero a corda e escuto seu suspiro.
- Foram os melhores anos da minha vida Pop's, aproveite os seus.
Puxo com mais força a corda e depois de uns 5 segundos ela morre. Finalmente solto
tudo, uma respiração ofegante e massageio as mãos. Solto seu cinto e vou até a
cozinho atrás de isqueiro e fósforos. Pego um facão e corto seu pescoço, enrolo e
coloco na bolsa. Espero o fogo começar no cômodo e saio pelos fundos. Entro no carro
e aperto o volante com alivio. Sorrio. Bebo o pouco de whisky que restava no porta-
luvas. Vejo a garagem fumacear e dirijo para minha casa.
Estaciono o carro e corro em direção a sala, outro gancho, outra trança e fico satisfeito
com o resultado. Lucy desce as escadas e sorri para mim. A abraço ainda sentindo
minhas mãos dolorosas. Beijo-a como nunca tinha feito antes. Tiro a camada superior de suas roupas e a empurro contra a parede, tiramos as roupas que restaram e eu a penetro. Ela machuca minhas costas e minha cintura, mas eu não ligo nem um pouco.

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Eu (não) sou um psicopata [ EM REVISÃO]
Mystère / ThrillerHarry tinha uma vida ótima, como a de qualquer estudante normal, até o dia que tentou assassinar seu colega da escola. Desde então, Harry e seus amigos se veem presos em uma nova normalidade sem previsão para voltar ao que era antes. Harry está pres...