VII

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Saio imediatamente de seus braços e vou em direção a minha mochila que está sobre um dos sofás.
- Droga Ana! Por que você faz isso? - Grita.
?
- Théo? - aquela linda mulher grita descendo uma das escadas e corre para abraça-ló. - Pensei que não chegaria tão cedo.
Ela ficou séria ao perceber que ele não está sozinho.
- Linda está é...
Linda?! Será que meu pensamento mais cedo estava certo? Será que são namorados?
- Ana Ferreira, sou aluna do Theodoro Klaus. - Interrompo e tento explicar de uma forma secreta que não somos amantes.
- Linda depois conversamos. - Diz ele a expulsando dalí.
- Está bem querido, foi um prazer conhece-lá Srta. Ferreira.
- O prazer foi todo meu. - Digo com astúcia.
Ela realmente é linda, tem um corpo musculoso, cabelos loiros como o de Klaus, pele branca, olhos vivos castanhos claro e lindos lábios carnudos... Uau! Não teria a menor chance para competir com ela.
Assim que a pego meu celular toca, pego rapidamente para atendê-lo e vejo que é Adam, olho para Klaus e está me olhando atentamente:
- Não vai atender esse tal Adam? - Diz com ironia e percebo algum tipo de ciúme. Afinal o que ele quer? Poderia dizer que Adam é meu irmão mas não dizerei, não tenho que dar informação alguma da minha vida para ele e resolvo atender.
- Olá querido! - Digo surpresa pela ligação.
- Ana você está bem? - Pergunta Adam estranhando meu comportamento.
- Sim querido, o que deseja? - Pergunto olhando para Klaus que franze a testa.
- Ah saquei! Está tentando fazer ciúmes para alguém né? É ele o motivo de seu bem estar hoje no café da manhã? - Diz debochando de mim.
- Sim - digo alegre tentando enganar Klaus, fazendo parecer que estamos marcando um encontro.
- Bem, serei direto. Mamãe quer que eu vá fazer algumas compras e o carro não está funcionando. Queria saber se posso pegar Hannah?
- Sim, mas quero que antes de sairmos, passe na faculdade para pegar Hannah e venha me buscar na Rua Dos Pássaros. Quando aqui chegar dizerei o número da casa em que estou. Beijos e até logo.
- Tchau Ana. - Adam desliga.
- Vai à um encontro a está hora?! - Pergunta Klaus e franze a testa.
- Porque não?! - Isso está ficando estranho.
- Ana - Diz amável.
- Sim .- Respondo guardando o celular na mochila.
- Olhe para mim querida - Diz com meiguice, olho em seus olhos e ele chega mais perto. - Ele te causa o mesmo efeito que eu?
Seus olhos estão curiosos e cheios de desejos, estamos muito perto quase nos beijando, dou dois passos para atrás para não permitir que aquilo aconteça novamente e respondo:
- Me perdoe professor, mais do que está falando? - Digo sendo forte, agindo como ele mesmo me pediu. Ah! Se realmente fosse assim fácil esquecê-lo.
Klaus novamente chega mais perto de mim e pega em minha mão, e fico nervosa só de imaginar que estamos sendo observados. Sua mão está gelada e sei que está nervoso. Simplesmente fico triste ao ver nossas mãos juntas e saber que essas mesmas mãos tocam em outra mulher todas as noites. Ele disse que era melhor esquecermos o que aconteceu ontem. Mas como? Ele mesmo sem querer, de uma forma ou de outra me faz lembrar à cada segundo o momento excitante em que estive em teus braços. Acho melhor esquecermos o que aconteceu ontem. E ao lembrar das suas sábias palavras retiro minha mão rapidamente e fico olhando para meus pés.
Sinto seus olhos em mim, observando cada movimento que faço, olho para ele e está muito triste, seus olhos não estão mais brilhando e não vejo nem o rascunho do seu lindo sorriso . O que está acontecendo com ele? Por que essa luta de sentimentos dentro de sí? Será que esta linda mulher não o faz feliz?
Ele abaixa a cabeça e vai até a janela e diz:
- Ana... - Diz triste. - Acho melhor você ir.
Ele não me quer aqui.
- É... - Abaixo a cabeça e digo triste. - Obrigada e desculpa.
Quando abro a porta decido olhar para ele e vejo que está de lado me observando ainda triste e fecho a porta.

★★★

Enquanto espero Adam, fico pensando em Klaus, ele está tão triste. Será que sou eu o motivo? Não, não pode ser, isso está fora de cogitação, nem consigo imaginar alguém triste por minha causa. Que idiotices estou pensando! Ninguém perderia seu tempo pensando em mim, ainda mais o homem que pode ter em sua cama a mulher que quiser, ou melhor dizendo a que ele tem.
Pego o celular para ligar pro Adam e ele atende no terceiro toque:
- Alô.
- Onde você está?
- Bem, eu já estou na Rua dos Pássaros. Qual o número da casa que está?
Olho para a casa de Klaus e vejo número rapidamente.
- É a 489.
- Estou perto então Ana.
- Venha rápido por favor. - Digo triste.
- Está bem. - Desliga.
Fico olhando para meus pés e lembro dos meus pensamentos eróticos. Puta merda. A última vez que isso aconteceu foi com Júlio, mas mesmo assim não era com tamanha intensidade. É um desejo que me faz estremecer, que me causa alucinações, que me deixa inteiramente excitada, mas isso tem que acabar. É muito perigoso para mim e para ele, principalmente para ele. Tenho que pensar sobre o que farei.
- Vamos Ana, estou com pressa. - Diz Adam chegando e vou em sua direção.
- Quero que me deixa em meu trabalho. - Digo triste e Adam percebi.
- O que houve Ana? - Diz preocupado comigo. - O homem que estava com você te fez algo?
- Não. - Não quero conversar com meu irmão sobre isso, é constrangedor.
Ele estaciona Hannah no asfalto, desce e me abraça.
- Vamos Ana! Converse comigo, você sabe que não gosto de te ver triste não é?
- Eu ainda não sei o que houve irmão. - Digo decepcionada.
- Já entendi. - Ele me solta. - Vou quebrar a cara daquele idiota ao meio. Eu te prometi que nenhum homem iria lhe machucar de novo. Fique aqui.
- Não Adam! Ele não me fez nada! Adam! - Grito apavorada mais já é tarde demais.
Ele vai em direção a casa e vou atrás dele gritando. Chegando lá ele abre a porta, entra e vejo Klaus ainda parado na janela que se vira e recebe um soco em cheio e caí no chão:
- Você não vai brincar com os sentimentos de Ana, ela já sofreu demais nessa vida e grande parte desse sofrimento foi por causa de um idiota que não soube dar valor a mulher que minha irmã é. - Diz com bastante raiva.
- Irmã?! - Diz levantando a cabeça e coloca a mão no queixo.
- Claro! - Diz aumentando o tom de voz. - Ana é minha irmã.
- Você tem a mão forte rapaz! - Respira fundo e se senta no chão confuso.
Adam luta boxe desde de seus quinze anos, acho que foi uma forma de aliviar seu sofrimento.
- Se quiser algo com Ana - Ambos olham para mim que estou parada na porta apavorada - não à faça sofrer. Ela não merece. Ana não é feliz desde de seus sete anos e hoje pela manhã foi a primeira vez que a vi feliz sem fingimento.
Klaus olha para mim.
- Isso é verdade Ana? - Pergunta Klaus sorrindo ao entender que ele é o motivo dessa "felicidade".
- Droga Adam! - exclamo com raiva e vou em direção a Hannah. Klaus não podia saber de tudo isso sobre minha vida.
Subo em Hannah e coloco meu capacete, acelero com força para Adam entender o que estou sentindo, ele vem rapidamente e sobe na moto.
- Ana! - Grita Klaus da porta de sua casa.
Olho para ele triste e grito:
- Me perdoe por essa confusão.
Saio imediatamente dalí em alta velocidade.

O Mestre Do Sexo.Onde histórias criam vida. Descubra agora