IX

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Chegamos e Bebete entrega as chaves do carro ao manobrista, enquanto isso eu observo o estabelecimento boquiaberta. O restaurante é altamente luxuoso. São três andares. À vidros escuros por toda extensão do restaurante, do chão ao teto, na divisa do primeiro e do segundo andar a uma placa enorme de ouro maciço, lá esta escrito em francês Levez Les Yeux. A um lindo jardim de margaridas e rosas vermelhas na frente do restaurante. Elas causam um ar de tranquilidade e aconchego. Para entrar sem pisar nas pequenas beldades a uma ponte feita com madeira acácia com corrimão para a nossa segurança. A ponte começa na calçada junto com as flores e termina a um metro e meio antes de chegarmos à porta, tem mais ou menos dois metros de largura e a altura dela pro chão é um metro. Estamos atravessando e ao chegarmos damos boa tarde para os seguranças do restaurante que respondem em uníssono.
O primeiro andar está lotado e Bebete se dirige ao recepcionista:
- Boa tarde!
- Boa tarde! As senhoritas desejam uma mesa?
- Sim, por favor.
- Por favor senhoritas, me acompanhem.
Assim fazemos, ele nos direciona até a escada e subimos vinte degraus - é muito perto um andar para o outro.
- Podem escolher a que desejarem, o cardápio está sobre a mesa e se não estiverem a vontade com qualquer coisa, por favor chamem o Fernando ele é o gerente deste andar. Tenham uma ótima refeição! - E ele volta para o primeiro andar.
Este andar é mais agradável do que o primeiro. Em ambos os vidros vão do chão ao teto, a única diferença é a visão da cidade que está fabulosa deste andar. O chão é de madeira e está impecavelmente lustrado, as mesas são circulares feitas da madeira mais cara no mercado brasileiro a Imbuia, cada uma esta coberta com pano de seda vermelho com o acabamento feito a mão, fantástico! Em cada mesa tem um arranjo de flores variadas que enchem de perfume e graça o ambiente. O teto da mesma forma que o chão é feito com madeira e à vários lustres feito com diamantes que embelezam ainda mais o salão.
- Sentaremos próximo ao janelão querida. - Diz Bebete pegando em minha mão.
Sentamos e começamos a folhear o cardápio, realmente os pratos parecem ser deliciosos mas acho uma loucura pagar tão caro por uma pequena quantidade de comida.
- Garçom, por favor. - Diz Bebete educadamente dirigindo-se a um jovem rapaz.
- Bom dia senhoritas! Em que posso ajudar? - Pergunta e eles trocam sorrisos e olhares... Que constrangedor!
- Estou precisando de uns amassos e acho que você pode me ajudar. - Diz sedutoramente e para mim esse lado atirado dela não é nenhuma surpresa.
- Isso seria um prazer, quer agora ou quem sabe a noite?
Puta Merda!
- É um convite?
- Bem, estou convidando para irmos ao cinema e não assistirmos o filme, o que acha?
- Eu aceito
- Não quero ser indelicado, mas é meu primeiro dia e o gerente está me observando... Já se decidiram o que irão querer? - Pergunta e percebo o nervosismo.
- Ah sim, por favor sirva-nos com lagostas e coquilles saint jacques.
- E para beber, o que desejam?
- O que recomenda?
- Sinnlich é um vinho alemão, mais por ser o mais procurado atualmente, os donos resolveram acrescenta-lo no menu. O que não lhe faltam são elogios querida.
Cacete! É o vinho do Klaus, pensei que sua marca fosse desconhecida pois nunca tinha ouvido falar. Mais por que conheceria? Eu não bebo, mesmo que tenham uma pequena porcentagem de álcool.
- Sirva-me com este vinho e você querida o que deseja para beber?
- Hã... Um refrigerante.
- Ótimo! Com licença senhoritas.
Ficamos alguns minutos em silêncio, Bebete sorri e diz:
- Ele é lindo.
- Combina com você.
- Ele parece ser muito jovem para mim.
- E que mal faz? Estamos no século XXI, você é linda, atraente e ele gostou de você.
- Ah se ele fosse do meu tempo! No meu tempo não havia pão assim, moreno, alto, sorridente, musculatura média e o olhar? Nossa! Nunca havia ficado assim por causa de homem... Você me entendi?
- Sim, eu te entendo. - Digo sincera e serena o que causa surpresa em Bebete.

★★★

Estamos de volta a loja e continuamos a desarrumar as caixas. O tempo passou tão rápido que nem percebemos.
- Querida o que acha dessa lingerie?
- Uau! Fenomenal! Eu ainda não tinha a visto.
A lingerie é encantadora, foi constituída com renda branca feita a mão e os detalhes são feitos com fios de ouro, deve custar uma fortuna!
- Quero que ela seja sua Ana.
- Minha? Não posso aceitar, ela deve ser muita cara e...
- E realmente é, mais para mim ela não irá fazer falta e você merece o melhor querida. - Diz me interrompendo e vou abraça-lá.
- Por favor, aceite.
- Esta bem, sou muito grata por tudo que a senhora faz por mim e se insiste tanto é por que isso significa muito para você.
- Eu que agradeço por você está sempre ao meu lado. Bem querida está muito tarde e eu tenho um encontro é melhor irmos embora.
- Concordo!
Fechamos a loja e vamos juntas já que Adam não me trouxe Hannah.

AGRADEÇO-a pela ótima companhia, pela carona divertida e novamente pela lingerie. Entro distraída em casa que nem vi Aurora e mamãe sentadas no sofá que para mostrarem que estão ali dizem em uníssono:
- Boa noite Ana! - Olho surpresa para elas após tomar aquele susto e também por desconfiar da ironia presente na voz de cada uma.
- O-oi! Não as vi... Está tudo bem?! Estão me olhando estranho.
- Estas flores são para você filha.
- Parece que tem alguém interessado em você.
- Flores? Para mim? - Dou uma gargalhada sincera - Alguém interessado em mim? Parem de falar bobagens.
- Vai mentir até quando? Hoje amanheceu feliz, arrumou-se de uma forma inacreditável e nós não precisamos ser gênias para saber o que se passa. - Aurora está nervosa e não entendo o motivo, e daí se me arrumei hoje? Ou se estou "feliz"? Elas deveriam ficar contentes por mim.
- Aurora! Nunca mais fale desta forma com Ana ou com qualquer outra pessoa. Sua irmã não é mentirosa e ela deve ter motivos para não nos contar nada.
- Obrigada mãe. - Estou triste, não consigo disfarçar e sento-me ao meio delas para tentar entender melhor essa confusão. - Por favor Aurora e mamãe me contem como elas chegaram aqui e quem as mandou.
- Hoje pela tarde eu estava na floricultura trabalhando quando apareceu uma mulher muito linda, tipo capa de revista, ela pediu minha ajuda para fazer um buquê de flores muito bonito para seu irmão presentear uma mulher encantadora que conheceu a pouco tempo, disse também que o valor não importava e que o buquê deveria ser feito de girassóis, pois elas sem dúvida traria alegria para a mulher encantadora. Ao chegar aqui nem precisei imaginar muito para saber que a mulher encantadora é você.
- Como ela é? Você sabe pelo menos o nome dela? - Digo ofegante.
- Ela tem um corpo musculoso, cabelos loiros, olhos vivos castanhos claro, lábios carnudos e disse que se chamava Linda.
Cacete! Ela é irma de Klaus e não namorada.

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