O despertador toca pliiin-pliiin acordando-me e levanto rapidamente para tomar aquele banho "mágico". Quando entro olho-me no espelho e como sempre odeio o que vejo e fico triste, vou em direção ao chuveiro e o ligo, mas antes de entrar solto meu cabelo e começo a pentear, pronto, agora estou pronta para a chuveirada magica, entro e começo a molhar meu cabelo, pego o shampoo e coloco o conteúdo na palma da minha mão, esfrego uma na outra e passo por todo couro cabeludo, sinto uma dorzinha na nuca e lembro novamente dele. Todos os momentos ainda estão tão vivos em minha memória e pergunto-me se na dele também. Pego o sabonete e passo por toda extensão do meu corpo e resolvo olhar para minha barriga que está levemente vermelha e dolorida também. Hum... Ele realmente parece ser bom no que faz. Aumento a potência do chuveiro para as espumas saírem rapidamente, pego uma toalha enrolando no meu cabelo e faço um turbante, pego outra toalha e enrolo no meu corpo, pego minha havaiana, calço e saio do banheiro diretamente para meu quarto. Chegando lá pego um conjunto de calcinha e sutiã da Victoria's Secret que ganhei da minha patroa Elisabete, pego uma calça jeans que fica apertadinha nas minhas pernas que são um pouco musculosas, tiro do cabide uma blusa de manga cumprida branca e visto-me calmamente. Para os pés uma sapatilha preta. Vou até o espelho e pela primeira vez depois de anos gosto da combinação. Sento-me na penteadeira tiro a tolha do cabelo, pego o creme e passo no cabelo úmido, agora pego o pente e começo a pentea. Quando termino vejo que hoje está mais bonito, seu comprimento é longo, está liso como todos os dias, mas hoje ele está brilhando mais do que o normal.
Vou até a cozinha e vejo mamãe requebrando com Aurora ao som do cantor do Pabllo Vittar com a música K.O. Adam está sentado gravando as duas dançarinas do Faustão, penso isso e dou um sorriso.
- Ana você está bem? - Pergunta Aurora espantada.
- Bom dia pra você também irmãzinha. - Digo com ironia, Aurora não é mais uma criancinha ele já é uma mulher formada, ela e Adam cresceram muito rápido, já estão com dezenove anos - Por que à pergunta?
- Você está sorrindo e isso só acontece nos aniversários ou feriado quando vamos passar com vovó. - Diz Aurora desconfiada.
- Deixe sua irmã em paz Aurora. - Diz mamãe a repreendendo.
- Sem falar que hoje ela está mais bonita também. - Debocha Adam.
- Adam! - exclama mamãe
- Não se preocupa mãe, cresci ouvindo de todos que sou feia, um elogio mesmo sendo de Adam é bom. - Digo calmamente sentando-me a mesa.
Todos me olham sérios, e mamãe vem me abraçar:
- Fico feliz que finalmente está reconhecendo a mulher linda que se tornou filha.
Eu reconhecendo que sou linda? Não! Apenas estou bem comigo mesma, e de repente pergunto-me se o motivo desse bem estar foi meu professor. Não quero aceitar que sim, mas... Não posso negar que o queria loucamente quando estava em seus braços, não consigo mentir para mim mesma e aceito os fatos que estou bem por causa dele.
- Ana vai querer panquecas? - Grita Aurora arrancando-me dos meus pensamentos.
- Por favor.
Ela me trás e todos se sentam à mesa e começam a falar sobre todos os assuntos imagináveis. Mamãe está me observando. Ah não! Não quero falar sobre ontem mais não tem jeito:
- Como se foi de faculdade filha? - Pergunta curiosa.
E agora o que falarei? - Ah mãe! Foi cheia de surpresas, tem um professor sexy que estava muito excitado e queria transar comigo - penso.
- Foi legal. - Digo olhando para a panqueca, tentando fugir do seu olhar investigador e descubridor de sentimentos alheios.
- Só isso? Vejo que não tem nada e nem ninguém interessante. - Diz com tom acusatório.
Engasgo e bebo o suco de laranja apressadamente, como ela faz isso? E me lembro de um ditado antigo "plantar verde para colher maduro" e digo:
- Isso! A senhora poderia trabalhar como Sherlock Homes, ficaria muito famosa. - Digo sorrindo e levanto-me. - Bem, está ficando tarde e o trabalho me chama. Beijos para todos.
Saio rapidamente para o banheiro, mamãe está desconfiada mas não falarei nada para ela e nem para ninguém, é algo muito comprometedor. Pego minha escova, coloco pasta e começo a escovar meus dentes, assim que termino vou no meu quarto, passo um batom vermelho nos lábios, pego meu capacete e vou até Hannah.
Estou na frente da garagem sentada nela colocando meu capacete, olho no relógio são 07h 45mim. Para não chegar atrasada no trabalho vou rapidamente rumo a faculdade. Chegando lá estaciono Hannah do lado de fora por que pretendo ser rápida e entro.
Ao entrar vejo PH e vou cumprimenta-ló.
- Olá PH! Tudo bem? - pergunto
- Ana! Que surpresa agradável. Bem e a senhorita? - pergunta docemente.
- Estou bem obrigada - digo feliz
- O que está fazendo aqui? Hoje não tem aula, apenas às quartas-feira e sextas-feira e provavelmente às segundas-feira, ainda estão estudando essa hipótese. - Diz contente e curioso.
E agora? Não posso falar o que realmente aconteceu para o PH, o professor pode perder seu emprego.
- Hãã... - Digo pensando em uma mentira. - Ontem recebi uma ligação da minha mãe, disse que deveria ir urgentemente para casa, fiquei preocupada e acabei esquecendo minha mochila aqui.
- Ah, vamos perguntar a Iara se ela tem informação sobre o paradeiro dessa mochila - diz confiante.
PH é bonito, ele tem a minha altura, olhos pretos, lábios carnudos, bronzeado e é dono de um corpo musculoso, mas não faz meu tipo.
Entramos na sala da diretoria e Iara nos recebe com educação, ela é a mulher que me atendeu ontem.
- Olá Ana! - Diz feliz e com um sorriso branco fabuloso.
- Olá diretora - digo tímida.
- Em que posso servi-lós?
- Ana esqueceu a mochila ontem teve que sair apressadamente. Você a achou? - diz PH.
- Sim, eu posso informa-lá. Professor Theodoro Klaus a achou e ficou de entregar-lá pessoalmente. Me parece que a senhorita ficou sem se apresentar ontem e ele me disse que precisa conhecer todos os seus alunos, isso é um direito e um dever do professor, saber com quem está envolvendo-se.
Então seu nome é Theodoro Klaus.
- Como ele poderia conhecê-la apenas pelo o caderno? - Pergunta PH.
- No meu caderno têm todos os meus dados, inclusive os endereços das redes sociais facebook e o instagram. Obviamente não terá bastante informação pois sou bastante privada e não gosto de me expôr. - Digo aliviada.
- Engana-se Srta. Ferreira. - Diz o professor Klaus entrando na diretoria.
Ele realmente é mal educado, entra sem bater e ainda fica escutando à conversa alheia.
Olho para ele que rapidamente me dá uma piscadela e morde o lábio inferior me olhando de cima para baixo, volto a olhar ligeiramente para Iara e PH que estão conversando distraidamente sobre algo e Iara diz;
- Sr. Klaus! Que bom que está aqui, a Srta. Ferreira está a procura de sua mochila, poderia devolver?
- Claro Iara! - Diz olhando-me atentamente. - Mais não estou com ela no momento. Precisa dela urgentemente Srta. Ferreira? Ou veio até aqui recordar da aula de ontem?
Não. Imagina. Vim até aqui passear idiota... Lógico que preciso da minha mochila.
- Sim professor, estou precisando. - Digo apertando os olhos e ele ri.
Qual o motivo da graça? Cacete! Estou me referindo a mochila.
- Então a senhorita precisa ir comigo até minha residência. - Diz e consigo imaginar suas "más intenções" ou não.
- Essa é a única solução Srta. Ferreira. - Diz Iara.
Estou encurralada e vejo a única solução que é aceitar.
- Está bem. - Digo e olho para Iara e PH. - Obrigada e desculpa se incomodei.
- De nada e não incomodou. - Dizem em uníssono e riem.
Saio da sala com o professor em silêncio. Ele está usando uma bernuda branca, a camisa é esportiva regata preta da marca Adidas, nos pés uma sandália da Coca-Cola e seu cabelo está levemente bagunçado. Ele é um espetáculo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Mestre Do Sexo.
RomanceAna é uma garota jovem pessimista, triste, insegura e de baixa auto-estima. O motivo de viver nesse maldito outono deve-se ao seu passado doloroso. Ela perdeu seu pai muito cedo e conviveu com o sofrimento de sua mãe durante toda a sua infância e ad...