O Mestre Do Sexo.

X

Estou tão confusa! Mulher encantadora, flores, irmã. Estou com tanta vergonha por ter imaginado Klaus e Linda transando... Puta Merda!
Agora sinto-me aliviada por conta dessa notícia, estou muito feliz por saber que não são namorados e também estou apavorada por conta de um sentimento adormecido que está acordando lentamente. Não quero assumir mais talvez seja o amor.
- Filha, sinta-se a vontade para conversar, somos uma família e sempre iremos querer o teu bem - mamãe fala docemente e pega em minha mão. Ela é sempre compreensiva, amorosa e sempre está aberta para conversar conosco.
- Eu compreendo a preocupação de vocês, mas não tenho ninguém. Esse lindo buquê de flores talvez tenha sido enviado por PH meu colega da faculdade.
- Sim pode ser, Linda disse que era alguém da faculdade mais não quis me aprofundar por que não é da minha conta. Ana queria te pedir desculpas por ser inconveniente, é que você nunca compartilhou nada comigo desde que éramos crianças e sinto que precisamos ser mais unidas. Você me entendi?
- Sim querida, nunca imaginei que se sentisse assim, prometo que tentarei ser uma irmã melhor.
Nunca vi este lado de Aurora, não sabia que se sentia dessa forma. Tantos anos de convivência e nunca conversamos sobre meninos, roupas, maquiagens e sexo. Será que Aurora? Não! Ela não deve ter feito essa burrada, ela é uma menina consciente de seus atos, e ela com seus dezenove anos nunca teve um namorado... Não que soubéssemos.
- Fico contente que estão se entendendo - diz mamãe levantando-se do sofá - mais precisamos preparar o jantar.
- Concordo - diz Aurora levantando-se também.
- Ei! Cadê Adam? Já são 19h23min e ainda não o vi.
- Ele fez as compras e foi para academia, deve estar chegando querida não se preocupe.
- Bom, então vou levar essas flores para o meu quarto e tomar banho, antes que o Adam chegue e fique décadas no banheiro.
- Vamos mãe? - diz Aurora levando mamãe para a cozinha.
- Vamos querida.
Pego as flores e percebo que à um cartão, fico curiosa mas não o leio deixarei para quando for dormir.
Penso várias bobagens enquanto caminho para meu quarto, sabe, coisas que jamais irão acontecer, tipo que ao chegar em meu quarto encontrarei Klaus nu sobre minha cama, cobrindo seu pênis apenas com uma parte do lençol, bebendo vinho e dizendo que me deseja de uma forma que nunca pensou ser possível. Abro a porta desejando com todas as forças que meu desejo se torne real e me decepciono ao perceber que não esta lá, coloco as flores próximo a janela e a minha cama em um jarro de água no chão, pois são enormes. Meu quarto é considerado médio, tem 6m² de comprimento, sua cor é branca, fica no segundo andar e como nossa casa foi construída virada para o leste tenho o prazer de acordar todos os dias com o nascer-do-sol que por várias vezes entra pela grande janela de vidro iluminando meu quarto por inteiro. Meu quarto contém uma cama de casal antiga (sou fascinada por móveis antigos) que pertencia a minha bisavó Libertina, ela foi construída com os metais ferro e prata, uma penteadeira feita com eucalipto que contém três gavetas e um espelho oval, ela pertence a minha família desde o século XVIII, um armário de oito portas e uma prateleira feita exclusivamente só para livros. Meu quarto é meu mundo.
Tiro minha roupa e pego o roupão dirigindo-me ao banheiro. Assim que termino meu banho volto para meu quarto e visto-me com um vestido qualquer, solto meu cabelo e começo a penteá-lo, paro e vou até a penteadeira, passo perfume e logo depois pego o hidratante corporal e passo pelo o corpo todo. Quando acabo vou até a cozinha e vejo mamãe e Aurora preparando a macarronada com almôndegas:
- Hummm, que cheirinho delicioso!
- Claro! Sendo feito por mim - diz Aurora com o jeito doce de sempre e nós três rimos.
- Estou com tanta fome que comeria um leão, peguei pesado na academia hoje - diz Adam entrando na cozinha todo suado, eco! - Ana você tem visita.
- Eu? Quem? - não estou esperando ninguém, talvez seja Bebete que veio pedir conselhos para seu encontro.
- Vai até lá que você saberá - diz Adam enchendo a boca de batata-doce.
Vou alegre e antes de chegar a sala começo a falar:
- Eu sabia que viria... - paro ao ver que não é Bebete e sim Klaus - Klaus?

★ ★ ★

Klaus está em pé próximo a porta me olhando seriamente. Esta usando uma camisa social branca de seda, calça jeans clara que lhe caí perfeitamente bem em suas coxas torneadas e nos pés o sapato da Louis Vuitton feito por Christian Loubourtin. Céus que espetáculo!
- Boa noite Sra. Ferreira - diz vindo até a mim chegando muito, mas muito perto mesmo, pegando minha mão direita levando aos seus lindos lábios e logo depois abaixa mas não a solta- A senhorita disse que sabia que eu viria, isso quer dizer que recebeu as flores, leu o cartão e que aceitou sair para jantar comigo.
Cacete! Ele está aqui, na minha casa, na minha sala... Espera um pouquinho. Sair para jantar?! O que diabos esta escrito naquele cartão?
- É... Sair para jantar? Nós dois? Sozinhos? Agora? - estou tão nervosa.
Ele sorri maliciosamente, ainda segurando minha mão e me olhando profundamente, sua outra mão começa a passear novamente pela minha nuca, o que causa arrepio e desejo instantaneamente, automaticamente fecho meus olhos e ouço ele dizer:
- Quanto mais você acha que é difícil conquistar aquela pessoa mais seduzida você se sente por ela.
Sorrio e ficamos em silêncio alguns minutos e ele diz:
- Ana, por favor, aceite o jantar.
- Esta bem, vou colocar uma outra roupa.
- Obrigado.
Sorrio e subo as escadas rapidamente. Chego no quarto em um piscar de olhos e vou diretamente ao armário, ao abri-ló vejo minha calça jeans favorita e sem pensar duas vezes eu a visto, tiro do cabide uma blusa ombro a ombro na cor preta, nos pés o salto alto de cetim do Christian Dior e um colar de prata com rubis. Vou em direção a penteadeira, pego o pente e passo em meu cabelo e logo depois faço um coque deixando algumas mechas soltas sobre meu rosto, olho no espelho e o que vejo ainda não me agrada mas esqueço minha imagem ao lembrar que sairei com Klaus e fico feliz.
Assim que volto Klaus está acompanhado de mamãe e Aurora - essa não! Parecem se divertirem muito e começo a descer as escadas, logo, todos voltam sua atenção para mim, Klaus levanta e vem até a mim, pega em minha mão e me ajuda a descer os últimos degraus:
- Uma coisa bela persuade por si mesma, sem necessidade de um orador, mas devo confessar-te que estou surpreso com tanta beleza.
Estou sem graça, Klaus sabe o poder que suas palavras tem sobre meu corpo, seus olhos estão brilhando de uma forma tão sexy, que diria sem medo que ele está excitado, ele está me analisando e provavelmente fazendo linguagem corporal, abaixo a cabeça encarando meus pés, sua mão aperta a minha devagarinho e com o seu dedo polegar ele massageia o meu que até chega a doer, ao sentir seu toque daquela forma e intensidade, sinto um arrepio que começa pela espinha e imediatamente espalha-se por todo o corpo. Minha flor interna está acordando e junto com ela um desejo quase incontrolável por sexo:
- Não é momento querida - murmura.
Sorrio e digo:
- Nunca foi.
- Filha, por favor, não chegue muito tarde - ela está preocupada e dirige-se para Klaus - Se puder Sr. Klaus a traga antes da meia-noite, Ana amanhã terá um longo e árduo dia.
- Não se preocupe Sra. Eva, cuidarei de Ana e a trarei quando ela achar melhor. Tenham uma boa noite.
Estamos indo em direção a porta de mãos dadas e olho para Aurora, ela está fazendo caretas e gestos de aprovação, como se quisesse dizer algo relacionado com: vá fundo! Sorrio para ela e fecho a porta.