Medo.

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Lhe escrevo uma lembrança
Que você nunca sentirá
Seus olhos a verão
Mas a névoa desse inverno
Congela minhas palavras
Pra você

Estou com medo
Muito medo
Do desconhecido
Medo de ter coragem
Pra seguir as coisas
Como elas estão

Estou cansado
Sinceramente, estou farto
Desse peso imponderável
Não quero atrasar
Seu relógio às quatorze horas
Pois meu dia
Está chegando ao fim

Me faça acreditar
Que todo esse meu drama
Vai acabar no manhã seguinte
Que o meu sangue se esfriará
Antes que eu esqueça
De te esquecer

Não estou afim, afim do fim
Muito menos de algo mais
Deve ser apenas
O que eu penso que seja
Você está no controle
Das minhas palavras

Quero um outro jeito
De usar minhas lágrimas.

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