Estou farto, estou cansado.
Já disse isso, repito mais vezes...
Estou cansado. E a culpa é minha.
Eu sou eu, eles são todos.
Todos que se encontram
E se encontram.
Eu sou eu,
Corro de um lado para o outro
Até ficar tonto e enjoado,
Caindo no meu próprio vômito.
Carrego comigo
Um desejo indecifrável
De morrer para viver,
De sucumbir e enfim relaxar.
Em fins de tardes
Tempestuosas como essa
Eu me deleito
Com a minha própria vivência,
Faço desse momento
A eternidade que sempre
Levo em meu bolso,
E de vez em quando
Ela vem me abraçar,
Fazendo com que
O mais sublime pensamento
Racional e pessimista
Caia perante mim.Não aprendi
A usar meus sentimentos,
Ou melhor,
Não sei delineá-los
E utilizar cada qual
No momento certo.
De repente uma enorme torrente
De algo que eu não controlo
É extraído de mim,
Sem pedir licença alguma
Para o meu corpo espalhafato.
Todos os meus poros se esfriam,
E eu não sei se estou no limite
Da morte ou da vida.
Nesse momento,
Cada pessoa
Que está ao meu redor
Eu vejo como um poço fundo
Cheio do desconhecido.
Eu me escondo
E sutilmente caminho,
Tentando disfarçar
Toda essa minha
Extravagância interior,
Desviando-me
Desses buracos alegres.Eles são todos, eu sou eu.
Eu, um ex-futuro exemplo.
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Alguns devaneios...
Poetry"(...) Cedo ou tarde, a gente acaba percebendo que é tarde demais para agir, e talvez cedo demais para perceber" Poemas que transbordam de um típico jovem adolescente...