Parasita

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Para não dar origem
A uma série de papos e fofocas
Eu guardo o meu nome
Caminho em silêncio
Entre o desespero e a felicidade
Escolhendo estar vivo
Até aqui

"Sou um irrecuperável
Malabarista da melancolia"
Sou estranho, desordenado
A bagunça da minha mente
Está organizada, por enquanto
As gavetas das palavras a se usar
Vai acabando, até só me restar gritar

Meu quadro está se agravando
A arte pintada nele
É o pouco do útil que lhe sobra
Sua moldura
Está cada vez mais frágil
Fazendo da arte que ela sustenta
Despenque na deprimente realidade

Fui mas não senti como é ser feliz
E a culpa é minha
Culpa de não criticar a dor
E não se incomodar com o pavor
Da minha alma solitária
Vivida como um parasita
Da felicidade alheia

Alguns devaneios...Onde histórias criam vida. Descubra agora