Falência

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Não preciso, nem devo
Lhe dar explicações
Sobre eu estar arruinado
Nesse momento
Você sabe que não precisa saber
Teu silêncio é o meu alimento

Vou descendo as escadas
Os degraus da minha decadência
Das páginas que folheei
Desejei o mais alto andar
Sem perceber que ali eu estaria
A um passo de me dilacerar

Esse é o cômodo da minha vida
Da minha própria jaula
Dentro das grades
Que eu mesmo armei
Eu tenho que continuar lutando
Eu jurei que amei

Tentei ser feliz
Sem vender o meu amor
Continuar fazendo o que faço
O que me faz ser eu
As mentiras por trás de cortinas
Me cegaram por um momento teu

Demorou, mas enfim eu declarei
Falência de mim mesmo
Minhas idéias e minha visão
Ruíram, estão a despencar
No que chamam de vida
E não sei quando a queda irá parar

Solidão, vou lhe deixar
Estará mais sozinha
do que nunca
Numa lista, não importa,
outro jeito...
Meu nome será apenas mais um
"Ele não merecia morrer"
Uma história comum

Alguns devaneios...Onde histórias criam vida. Descubra agora