Vãs Devassidõezinhas

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Eu sei que,
Daqui alguns anos,
Estarei me lamentando
Por desperdiçar o tempo
Em coisas como essa
Que estou escrevendo agora.
Mas mesmo assim,
Não paro.
Sou um infortúnio,
Um pequeno inseto
Pousado no copo de café alheio,
Buscando o aroma
Que sacia
Os meus estranhos anseios
Nascidos na lama
E com a esperança
De serem nobres.

Algo dentro de mim
Mas gritando de fora, me diz:
"Deite a cabeça no travesseiro,
Deixe as coisas como estão.
Isso foi, é, e continuará assim.
Você sempre vai voltar aqui,
Para esse buraco chamado de Eu;
O qual você cavou
Esses anos todos.
Então,
Deixa as coisas como elas são,
Seja quem você é,
Seja quem você sempre foi.
Chore como você sempre chora,
E na manhã seguinte
Corra!, para mais uma
Das suas vãs devassidõesinhas"

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