É POR ISSO QUE SE CHAMA "SALÃO DAS MEMÓRIAS".

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Cara, o cérebro de Leo não tava mais aguentando tanta informação.

A vontade que ele tinha era de encontrar um Edredom e uma boa cama box e dormir até aquele pesadelo acabar.

Essa história de "você sabe onde está o foco de magia...", "salão... Dionísio... Vinho... Short curto...", puta que pariu.

Por isso Leonard em um momento de raiva, continuou a fingir que estava dormindo quando se viu reclinado numa poltrona no depósito com um lençol branco em volta dele, deduzindo que João e Dayana estivessem por perto.

Mas, ao prestar atenção aos sons, ele consegue ouvir vozes na porta: Eram três.

Será que seria um dos tios de Leo? Impossível. Eles entravam nas fábricas de 6:40 da manhã e voltavam de 22:00 da noite para segurar o aluguel da casa boa. Todas as despesas de Leo eram pagas com seu próprio trabalho, assim que ele ficou maior de idade; Não era como se os dois fossem ruins. Só eram pobres. E isso dava muita raiva a Leo, já que seus pais não pareciam ter problemas financeiros.

Okay: ele não queria lembrar disso.
Talvez fosse...
Senhora Paggot?
Sim, poderia ser ela, com certeza. Dayana deveria ter chamado sua mãe... Mas não parecia a voz aguda e um pouco rouca de cigarro dela.

A porta se abre. Leo fecha os olhos imediatamente.

- Pela última vez - Leo escuta a voz de Dayana sussurrando - Silêncio.

- Tudo bem... - ela suspira.

Úrsula? Era a voz dela? Só podia ser. Leo tentou esconder a surpresa ao saber que ela estava ali, mas quase não conseguiu esconder o suspiro de decepção consigo mesmo por não ter deduzido que ela estaria procurando ele. Óbvio que seria ela, eles realmente fizeram uma aliança e deveriam se unir.

Leo sabia que não era nada demais, então levanta logo, assustando aos três, principalmente João, claro. Sempre assim.

- Úrsula! - Leo vai até ela. - Que bom que você está bem.

- Que bom que você está bem! - ela fala, alivada.

- Não me faz esse susto de novo. - João fala, se aproximando dos dois junto com Dayana. - Nem de chegar nesse estado e nem de ficar se levantando tão rápido

- Quer dizer que agora você vai contar o que é que aconteceu pra você ficar desse jeito. - Dayana fala, e estende levemente as mãos apontando para Úrsula. - E porque fez isso acompanhado?

- Eu juro que eu não sei direito. - Leo suspira. - E juro que se eu soubesse, diria. Mas tudo aconteceu quando eu e João abrimos o portal; Úrsula descobriu onde estava o foco de magia da ilha, que era aqui. E então... Começou a me seguir.

Leo estava tentando organizar a mente para continuar, mas Úrsula os interrompeu.

- Esperem. - ela fala, tirando um celular pequeno de abrir e fechar que estava vibrando. Ela abre e atende. - Sou eu. Pode falar.

- Continue, Leo! - Dayana o apressa, mas Úrsula levanta a mão para que a esperassem terminar.

Ela mantém os olhos castanhos fixos no chão do depósito, e parece um robô coletando todas as informações que ouvia do pequeno telefone. Seu cabelo e seu rosto brancos de pó deixavam seu rosto mais marcante contra a luz do corredor. Leo resolve acender a luz para que ela não parecesse tão sombria já que estava com medo, e enquanto ela falava pouquíssimo e escutava muito naquela ligação, a tensão de Leo também aumentava.

- Está certo. Sim, sim, Daniel. - ela confirma ao telefone. - Até.

Ela fecha o dispositivo.

- Leo. - ela tira os olhos do chão e olha nos olhos dele. - Eu sei que aconteceu muita coisa com você. E sei que talvez seja complicado entender porque eu lhe chamei. Mas eu sinto que é você, e sei que você já esteve muito perto do Salão das Memórias. Meu sensor explode de magia quando estou perto de você. - ela mostra o celular minúsculo de novo.

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