A GUERRA DOS MOLHOS

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Eu queria pedir desculpas pela demora. Percebi que estava fazendo muitos diálogos e pouca ação (hehe), então recriei o capítulo inteiro quando percebi que 1800 palavras eram só de conversas e resumos dos acontecimentos do dia.
Eu dormiria lendo.
Então, se vamos fazer uma segunda vez, que seja melhor!
Boa leitura <3.

Não demorou para ele acordar de novo, atordoado.

— Leonard? — a voz de João agora está mais calma, olhando para o amigo, Leo deitado no chão, e ele sentado, observando.

A resposta foram alguns murmúrios.

Leo estava com a vista embaçada, olhando para o negro de feição preocupada, mas pelo menos bem mais tranquila.

— O que eu vi... — ele sussurra. — Foi verdade?

João suspira, e acena que sim.

— Você quer que eu traga uma água? — ele pergunta. — Podemos conversar sobre isso depois.

Leo não fala nada, então João avisa que irá, e sai do depósito, ainda um tanto apreensivo — não que Leo estivesse com uma boa visão para ver tudo isso. Ele só conseguia encarar ainda com a visão embaçada o muro pelo qual ele tinha observado a vista.

Ele já havia se encostado ali, colocado coisas ali, aquela parede era completamente normal.

Um medo enorme toma conta dele. Ele se sentia sujo, suado, e queria voltar pra casa.

Se sentia uma criança indefesa.

E além disso, suas condições de falar coisas que fizessem sentido ainda estavam um pouco duvidosas.

Logo mais, leva um susto. Mas apenas tinha sido João entrando com um copo de água.

— O que vamos fazer? — ele pergunta, assim que chega.

— Vamos colocar maionese aí. — ele respondeu, numa voz rouca. — Ninguém vai querer encostar numa parede melada.

— Leo. — João alerta. — Eu estou falando sério.

Os dois se olham, Leo, com um sorriso fraco de um doido, e João, preocupado com a sanidade mental e física do colega de trabalho.

— É melhor eu te levar para casa. — ele fala.

Carregando Leo (pela segunda vez no dia) pelo braço em volta de seu ombro, eles vão até a porta do depósito, os dois com certa dificuldade.

João estica sua mão para a maçaneta da porta para enfim sair dali com Leo. Ele precisava de alguém para ver aquilo, para não ser o único. Porém, agora se sentia culpado. Encostando a mão na tranca, suspira. Abre a porta.

E era como se uma luz azul de uma tomada tivesse acendido no depósito tão escuro.

— Mas o que? — Leo sussurra, olhando para trás.

Uma mulher (tava mais para uma anã) azul (talvez um avatar, também) que tinha cerca de um metro e quarenta de altura, os cabelos negros enormes que batiam no joelho e olhos cinzas grandes e brilhantes, aparecia do nada ali no depósito. Sua feição era de ódio.

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