012

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Acordo com o barulho de meu celular que não parava de tocar e dou um sorriso de lado quando vejo que a ligação é de Sam.

— Oi Sam! — Digo alegre.

— Não é o Sam, você não atende essa porcaria por quê? — Dean fala irritado.

— Ah, então é você, oi Dean. O que você quer comigo? — Reviro os olhos.

— Eu te liguei quinze vezes e você não atendeu nenhuma! Agora, só você ver uma ligação do Sammy atende na hora. — Ele bufa pelo outro lado da linha.

— Me desculpe, eu estava dormindo e eu só escutei meu celular tocar agora, o que você quer? — Falo.

— Ok, eu quero conversar com você. — Dean fala calmo.

— Não sei se é uma boa ideia. — Digo soltando um suspiro baixo.

— Eu estava com á cabeça quente Barbie, eu já perdi tanta gente que eu não queria perdê-la também. — Sua voz vacila.

Fiquei em silêncio, eu não sabia o que dizer.

— Barbie? — Dean me chama.

— Ok! Eu estou indo aí, até daqui a pouco. — Falo me levantando da cama.

— Tchau Soph. — Ele responde.

Desligo a chamada e vou ao banheiro fazer minhas higienes pessoais, saio do banho e coloco uma roupa básica. Chamo um táxi e peço para ele me lavar até o motel que os meninos estão. Pago o motorista e desço do carro, fico paralisada na porta, as palavras de Dean haviam me machucado bastante. Tomo coragem e bato três vezes na porta.

— Oi Sophia, tchau Sophia. — Sam diz dando um sorriso e sai do quarto.

— Tchau Sam! — Sorrio.

Entro no quarto e vejo Dean sentado no sofá com uma cerveja em sua mão.

— Oi. — Falo.

— Barbie! Você veio! — Ele diz dando um pulo no sofá.

— É, eu vim. — Sorrio de lado. — Então, o que você quer?

— Eu quero te pedir desculpas por ontem, eu estava com á cabeça quente. — Dean responde.

Ficamos conversando por alguns minutos e eu acabei desculpando ele, eu fiquei com dó quando ele me disse que não queria perder mais ninguém.

— Bom, tenho que voltar. — Falo indo em direção da porta.

— Não vai ficar? — Pergunta.

— Por enquanto não. — O respondo.

— Fica. — Ele sussurra.

— Dean, eu tenho que pensar ainda. — Falo me virando a ele.

— Me desculpe por isso. — Ele fala.

— Desculpar você pelo o que? — Pergunto sem entender nada.

O loiro me puxa pela cintura e sela nossos lábios em um beijo calmo. O separo de mim e pego minha bolsa e saio para fora, me sento nas escadas e escuto a porta abrindo, me viro e vejo que é ele.

— Me desculpe pelo o que houve lá dentro. — O Winchester fala se sentando ao meu lado.

— Tudo bem. — Sorrio de lado. — Eu não tenho culpa se você não resiste essa coisa linda aqui.

Ele gargalha, sua risada é tão gostosa de se ouvir.

— É que está muito cedo para eu entrar em um relacionamento. — Digo.

— Ok! — Ele suspira.

— Amigos? — Pergunto.

— Amigos! — Deanno concorda.

[...]

Resolvi ficar com os meninos novamente e vou até o hotel para pegar minhas coisas com eles. Pelo que parece, iremos para outra cidade, me despedi de Loures e caímos na estrada. No banco de trás solto suspiros várias vezes, aqui atrás está um tédio.

— Desembucha logo. — Dean fala. — O que você quer?

— Eu? Nada. — Assobio.

— Sabemos que quer algo. — Sam diz rindo.

— Posso dirigir? — Pergunto.

Dean arregala os olhos.

— Nem pensar! — Ele fala.

— Ah, vai, por favor Deanno, eu já sei dirigir! Tenho até carteira. — Digo fazendo beicinho.

— Esses encantos não funcionam comigo Barbie. — Ele dá uma piscadela. — Ninguém toca na minha baby.

— Não parecia a horas atrás. — Murmurro.

— Disse algo? — Sammy pergunta.

— O dia está lindo hoje né? — Mudo de assunto.

— Está chovendo. — Deanno revira os olhos.

— Idai? O dia está lindo do mesmo jeito. — Dou de ombros.

Paro de encher o saco deles e vou para trocar de música, porém, adivinhem só, sou interrompida por um ser humano/lindo chamado Dean Winchester.

— Sério? Nem uma música eu posso por? — Eu falo revirando os olhos mentalmente.

— Ok! Mas, nada de músicas de garotinhas, ok? — Dean bufa derrotado.

— Você vai ver a música de garotinha. — Digo com um sorriso sapeca.

Pego meu celular e conecto no som do carro, coloco em minha música favorita; Nothing Else Matters de Metallica.

— Óh... — Dean fala. — Essa é boa.

— Achou que eu iria por o que? — Pergunto rindo.

— Deixa pra lá. — Ele responde.

Pego um livro meu e começo á lê-lo, logo o meu sono foi vindo e eu acabo adormecendo no banco de trás.

Continua...

 𝑨 𝒇𝒊𝒍𝒉𝒂 𝒅𝒆 𝑪𝒂𝒔𝒕𝒊𝒆𝒍 [𝒉𝒊𝒂𝒕𝒖𝒔].Onde histórias criam vida. Descubra agora