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Abro os meus e vejo uma luz branca muito forte em minha direção, fazendo com que eu fechasse os meus olhos rapidamente. Tento abri-los novamente e vejo que a luz já deu uma diminuída. Olho ao redor do local e percebo que estou em meu quarto no Bunker.
Infelizmente eu me lembro de tudo o que aconteceu, eu não acredito que eu tive coragem de matar pessoas inocentes. Eu sou um monstro. Ou pelo menos eu era um.

— Barbie? — Dean bate na porta e eu limpo às lágrimas rapidamente.

— Sim. — O respondo com a voz fraca. — Pode entrar, Dean.

— Como você está? — Pergunta se sentando na beirada de minha cama.

— Péssima. — Respondo soltando um grande suspiro. — Olha, me desculpe por tudo.

— Ei, não se culpe. — Diz segurando às minhas mãos. — Não foi culpa sua, e sim do Crowley que conseguiu te enganar.

— Mas eu me sinto culpada. Eu matei pessoas inocentes. Como a Sasha por exemplo, ela estava implorando, céus! Ela tinha uma família para cuidar, todos eles tinham. — Falo colocando minha cabeça em meu ombro.

— Tudo isso vai passar, eu prometo. — Ele diz acariciando meus cabelos. — Cass e Sam querem te ver.

— Dean? — O chamo. — O que aconteceu com a marca?

— Conversamos sobre isso mais tarde. — Ele responde meio nervoso e sai do quarto.

Me levanto da cama e caminho até o banheiro. Paro em frente do espelho e percebo o quão eu estou acabada. Abro a torneira e lavo o meu rosto.

— Sophia! — Sam diz vindo me abraçar.

— Hey grandão. — Sorrio fraco e ele ri sem graça.

— Onde está o Castiel? — Pergunto e logo vejo ele entrando pela sala.

— Eu estou aqui. — Ele diz e dá um pequeno sorriso. O que é meio raro de se ver.

Caminho até ele e abraço o mesmo. Solto ele e me sento na poltrona que havia ali por perto.

— O que houve com a marca? — Pergunto encarando os três. — Como ela sumiu sozinha?

— Ela não sumiu. — Sam diz baixo. — Nós removemos ela de você.

— Espera, e o que fizeram com ela? — Pergunto me levantando.

— Ela está em um lugar "seguro". — Dean se pronuncia. — É só isso que você deve saber.

— Só isso? Eu tenho direitos de saber. — Cruzo os braços. — Vocês não passaram ela para outra pessoa, né?

— Não, é claro que não. — Sam responde olhando para seu irmão.

— Ok. — Digo. — Vamos procurar algo para caçar?

— Agora? — Dean pergunta arqueando a sobrancelha esquerda.

— Não, imagina, daqui dois mil anos. — Sorrio. — É claro que é agora né.

Dean revirou os olhos e eu ri fraco. Fui até o banheiro e tomei um banho na água fria. Quando sai vesti meu shorts jeans e a minha blusa xadrez. Peguei o notebook e me sentei ao lado de Sammy na grande mesa.

— Achou algo? — Pergunto sem tirar os olhos de meu notebook.

— Ainda não, e você? — Ele pergunta.

— Não. — Murmuro.

Fica um silêncio constrangedor. O clima está estranho entre eu e Sam.

 𝑨 𝒇𝒊𝒍𝒉𝒂 𝒅𝒆 𝑪𝒂𝒔𝒕𝒊𝒆𝒍 [𝒉𝒊𝒂𝒕𝒖𝒔].Onde histórias criam vida. Descubra agora