18º CAPITULO

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Any

Pego minha navalha e me sento perto da banheira, começo a chorar, já sofri tanto na vida, será que nunca vou ser feliz?

O sangue escorre pela minha mão e sinto o quão sujo eu estou.

Será que se eu morresse teria um pouco de paz? Sossego?

Pego a navalha e em um impulso corto minha veia, jatos de sangue saem pra fora, ainda lucida, faço em outro braço.

Escoro minha cabeça perto da banheira, minha visão começa a embaçar, não sinto minhas pernas, meu corpo todo relaxa.

De longe ouço alguém me chamando, tento responder, mais já é tarde, eu me entrego pra escuridão.

Uma luz invade meus olhos e a claridade me cega um pouco. Uma mão me acaricia e eu não entendo nada, eu não tinha morrido?

Xxxx: Any? - aquela voz, eu conheço essa voz.

Any: poncho! O... o... qu...e vo...cê faz a..qu..i?- falo embolado, examino o ambiente onde eu tô, claramente é um hospital.

Poncho: eu soube o que aconteceu, Any eu sinto muito - ele fala e aquela sensação de tá suja volta.

Any: sem pena poncho, por favor vá embora - viro minha cara pro lado e ignoro sua presença.

Poncho: Any por fav... - ele tenta falar, mais eu o corto.

Any: vai embora poncho - ele abaixa a cabeça respira fundo e sai me deixando sozinha.

O dia passa com varias pessoas que eu nem conheço vindo me ver e desejando melhoras.

Vou ter que passar mais uns dias aqui e depois passar por uma psicóloga. Levei sermões de ucker, de Dul e dos pais do poncho.

Não me arrependi de ter me cortado, foi à única solução que eu achei viável. Nunca seriei feliz.

Um mês depois...

Já tem um mês que eu sai do hospital, não trabalho mais na boate e ucker me ajuda com tudo que preciso.

Minha bolsa da faculdade esta de pé, e daqui a dois dias eu começo as minhas aulas.

Poncho? O pouco que sei dele é que ele esta noivo de alguma filha de CEO importante. Ele me esqueceu, dói lembrar dele, dói lembrar que ele já foi meu. Mais eu vou seguir em frente.

Ucker: Any? - ucker me chama, olho pra ele que esta com uma pizza e um refrigerante nas mãos.

Any: hummmm, eu quero - me levanto indo pra perto dele, quando eu abro a caixa da pizza uma fome me invade e eu já pego um pedaço.

Ucker: gostosa? - ele olha sorrindo

Any: muito - eu sozinha comi quase toda a pizza.

Depois de uma ótima conversa ucker fala que vai sair com a Dul e me deixa sozinha.

Caminho pela casa em busca de algo pra fazer, não a nada. Caminho ate o quarto de ucker e abro a porta.

Em cima da cama vejo vários papeis, acho um panfleto de uma imobiliária levo pro meu quarto e vejo alguns preço de apartamento que já vem mobiliado, um me chama atenção.

Tiro minha roupa pra tomar um banho e sinto meus seios maiores e inchados, minha mestruação tá regular? Isso invade minha cabeça e eu não consigo parar de pensar.

Muita fome, seios inchados e maiores, se eu vomitar será a minha confirmação para minhas suspeitas.

O PROIBIDO AyAOnde histórias criam vida. Descubra agora