Capítulo XIII

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Emilly PDV

Acordei com meu celular tocando, olhei e vi que era Duda, uma amiga minha, me ligando.

- Oi amiga, como você tá? -digo atendendo a ligação

- Eu tô bem sim, só liguei pra saber como você ficou depois dessa foto.

- Não to entendendo , que foto?

- Então você ainda não viu o Marcos com a nova namorada?

- O QUÊ??? - eu não tava acreditando no que tinha acabado de ouvir, ele já estava namorando então pouco tempo , e principalmente sabendo da minha gravidez, ele era inteligente, eu sabia que ele já sabia que eu estava grávida e que havia uma enorme possibilidade do filho ser dele.

- Isso mesmo, desde ontem de madrugada tá rolando uma foto dele dançando coma guria, além de vários relatos de pessoas que estavam no mesmo lugar.

- Tem como me mandar essa foto? - eu não sabia o porque de ter pedido isso, mas eu precisava ver com meus próprios olhos que ele já tinha me esquecido

- Vou te mandar pelo whatsapp, mas por favor, não vai ficar mal por causa dele. Ele não te merece, até já te esqueceu. - ela me aconselha

- Entendi, não vou ficar mal, só quero ver. Me manda, vou estar esperando, beijos.

- Vou mandar. Fica bem, lembra que você é bem melhor que ele. Se precisar de mim, estou aqui. Beijos- ela diz encerrando a ligação.

Menos de um minuto depois meu celular vibra com a mensagem, eu sabia o que era, mas não estava preparada pra ver.

Ver aquelas fotos tinha sido demais pra mim, na minha cabeça passava um filme de tudo o que a gente tinha vivido, desde a queimada de largada, a construção da nossa amizade, nossa conversa na dispensa com o mamão, o amanhecer que vimos no jardim, ...

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Ver aquelas fotos tinha sido demais pra mim, na minha cabeça passava um filme de tudo o que a gente tinha vivido, desde a queimada de largada, a construção da nossa amizade, nossa conversa na dispensa com o mamão, o amanhecer que vimos no jardim, o primeiro beijo, e todas coisas que vieram, tudo passava por mim e eu não conseguia imaginar ele desprezando todas essas nossa memórias em tão pouco tempo.

O choro veio incontrolável, doía demais, parecia que eu estava revivendo toda aquela dor que senti nos primeiros dias sem ele. As lágrimas rolavam pelo meu rosto e os soluços tornaram-se mais altos, por isso não demorou muito pra Mayla entrar correndo no quarto.

- Emilly o que foi? - disse vindo me abraçar- não consegui falar só lhe entreguei o celular e ela entendeu tudo- Chora mana, coloca pra fora toda a dor. Agora faz isso pela ultima vez, agora tu precisa pensar no teu filho, ele sim merece todo teu amor.

- Doí demais - digo em meio as lágrimas

- Eu sei, tá doendo em mim também , mas te acalma, tenta respirar fundo.- eu tentava parar de chorar mas não dava, doía demais.

Fiquei deitada no colo da Mayla chorando até me acalmar, foi aí que senti algo molhado na cama, e quando olhei me desesperei.

- MAYLA! EU TÔ SANGRANDO. ME AJUDA MANA, NÃO ME DEIXA PERDER MEU FILHO - eu estava completamente desesperada, eu não podia perder meu bebê, eu tinha certeza que não aguentaria.

- AI MEU DEUS! PAAAAAAI, AJUDA, A EMILLY TÁ SANGRANDO. - Mayla diz gritando pelo meu pai que chega no quarto correndo

- Meu Deus o que aconteceu?! Vamos pra o hospital - ele fala já me pegando no colo pra me levar

- Emy, me diz onde tá o telefone da tua médica, vou ligar pra ela pra ter alguma orientação .- a mana me pergunta

- Tá no meu celular, o nome dela é Laura, liga LOGO!

Já estamos no carro quando Mayla consegue falar com a Laura, escuto ela falar mas não presto muita atenção, estava com medo demais, eu não podia perder meu filho, eu não podia.

- Ela tá no Hospital Sta. Lúcia, falou que está nos esperando. - ela mal terminou de falar e o pai já estava tocando pra esse hospital, que Graças a Deus, ficava a menos de dez minutos aqui de casa.

- Emy tu tem que parar de chorar, ela disse que quanto mais calma tu tiver, melhor pra o meu sobrinho - Mayla diz tentando me acalmar.

- Eu não consigo, eu to com muito medo, - digo voltando a chorar

Ela não fala nada e só me abraça, ficamos assim até que chegamos ao hospital. O papito estacionou de todo jeito e logo veio me ajudar a sair do carro, fui andando apoiada nos dois até que chegamos a entrada e lá vejo a última pessoa que eu imaginaria vindo ao nosso encontro junto com a Dra. Laura. Quando eles chegam perto, trazendo uma cadeira de rodas pra que eu sentasse, a única coisa que eu consigo fazer é implorar por ajuda.

- Não me deixa perder o nosso filho Marcoos! 

Marcos PDV

Eu já tinha imaginado inúmeras vezes como seria meu encontro com ela, mas em nenhuma delas cogitei que seria assim. Eu fiquei desesperado quando vi ela entrando apoiada no pai e na irmã, o vestido que ela estava tinha uma mancha de sangue e isso me deixou ainda mais em pânico. Nessa hora percebi Laura levantar pra ir de encontro a eles já levando uma cadeira de rodas e fiz o mesmo.Foi imediata a surpresa no rosto deles assim que me viram, estavam tão surpresos e nervosos quanto eu. 

Logo quando descobrir que a Emy tava grávida eu senti que o filho era meu, sabia que ele era fruto da nossa relação, mas apesar disso, eu não estava preparado pra ouvir ela me confirmando e ainda confiando em mim pra salvar ele; mesmo depois de tudo o que tinha acontecido entre nós dois. 

  - Eu te prometo que nada vai acontecer com nosso filho! - digo segurando sua mão, tentando transmitir segurança a ela. 

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