Capítulo XLII

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Emilly PDV

Nada havia me preparado para aquele momento. Era muito mais mágico do que qualquer sensação que eu pudesse ter imaginado. O meu filho era lindo, o mais bonito dos bebês, tá, até poderia ser os meus olhos de mãe babona, mas eu estava completamente encantada por ele.

Ele tinha os cabelos ralinhos caindo pela sua minúscula cabecinha, eles eram em um perfeito tom dourado, e eu acho que no sol eles ficariam quase em um tom ruivo. Seus olhinhos eram iguais aos do Marcos, e eu havia amado isso, afinal eu amava os olhos do meu noivo. Ele ainda tinha algumas poucas sardas espalhadas por seu rostinho, e isso o deixava ainda mais adorável.

Sua boca bem vermelhinha se abria em um choro forte. A sensação era de que a minha vida toda estava ali, nos meus braços. Minhas mãos se dirigiram a sua cabeça, alisando suavemente numa tentativa de acalmar aquele choro.

- Pronto, pronto filho , a mamãe tá aqui - falo baixinho pra ele, que me olha como se houvesse reconhecido minha voz - Pode ficar tranquilo meu amor, a mamãe tá cuidando de você.

Ele vai se acalmando aos poucos conforme vou o ninando. Vou analisando cada parte do seu corpinho, verificando se estava tudo bem com ele, se ele tinha vindo completinho. Dou um beijo em sua cabeça e falo para o Marcos.

- Ele é perfeito meu bem - falo sem tirar os olhos do meu neném - Muito perfeito!

- Claro que é !- dá de ombros - Ele é a sua cara. Ele tem até o seu nariz - diz

Sorrio encantada sem tirar os olhos do meu bebê, eu tinha um anjo em meu colo. E era oficial, eu tinha acabado de virar uma daquelas mães corujas.

- Coloca ele pra mamar, amor! - Marcos fala atraindo minha atenção novamente pra ele.

- Já pode ? Não é muito cedo meu bem? - questiono em dúvida.

- Pode sim, ou melhor, deve. Quanto antes ele tiver esse contato, mais fácil vai ser pra ele se adaptar com a amamentação. - fala - Mas pode ser que doa um pouquinho no começo, mas depois passa.

Ele vai me instruindo como eu devia fazer e logo o nosso menino estava com sua pequenina boca devorando meu seio. Ele era um bebê muito esperto, e havia conseguido pegar o peito de primeira. Ele sugava com vontade, como se fizesse isso há anos . Tenho que dizer, não é a melhor sensação do mundo, dói pra caramba, mas valia a pena.

Estávamos distraídos olhando o nosso pequeno na sua tarefa de mamar, que só percebemos a presença do Carlos, o piloto, quando o mesmo tocou no ombro do Marcos chamando sua atenção. Ele havia nadado até a casa mais próxima e tinha conseguido ajuda, e veio nos buscar com outra lancha.

Foi meio complicado me tirar da proa do barco. Eu estava ainda bem dolorida e não queria me separar do meu filho. O Marcos teve que pegar nós dois no colo pra então nos colocar no outro barco.

Enquanto seguíamos pra casa do Luiz e da Laura, o Marcos , grudado em nós dois, foi ligando igual a um louco pra Laura. Ele avisou a ela o que tinha acontecido e ela disse que estaria enviando um helicóptero hospitalar pra nos buscar imediatamente.

Quando chegamos na casa, só deu tempo do Marcos me dar um banho e me ajudar a trocar de roupa, e se trocar. Não demos banho no Jr. já que haviam estudos que comprovavam que quanto mais tempo o bebê passasse com aquelas gordurinhas brancas na qual ele nasce encoberto, maior seria a proteção que o mesmo teria contra infecções. Logo o helicóptero chegou e nos levou direto pra o hospital, não demoramos mais do que 40 minutos pra chegar.

Assim que chegamos somos recebidos pela Laura que logo nos encaminha pra um quarto, examinar.

- Então quer dizer que esse guri não aguentou esperar o tempo certo de nascer? - Laura fala enquanto examina ele - Sabe o que eu acho? Ele soube do casamento de vocês e não quis ficar de fora. - diz rindo

See You AgainOnde histórias criam vida. Descubra agora