Capítulo XXXVI

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Emilly PDV

A " festa" estava ótima, tudo estava correndo com o esperado, e por mais que eu possa ter achado um pouco desnecessária, eu estava amando, já que nos dava a oportunidade de conhecer melhor os funcionários, que de forma geral eu havia achados todos bem simpáticos e agradáveis.

Claro que por mais que eu estivesse gostando de tudo, tinha um pequeno incômodo pelos olhares sempre atentos que a Carol e o Juliano me lançavam. Não eram olhares do tipo julgadores, ou ofensivos , mas eram olhares atentos, o que me deixavam um pouco travada.

No momento em que o Jantar fora servido, pedi licença a algumas mulheres com quem estava conversando, e segui em direção a mesa em que meus sogros estavam sentados junto com o Marcos e os seus sócios.

- Olha ela ai - minha sogra fala - Estava contando agorinha mesmo pra Carol que mesmo com essa barriga enorme tu não para quieta .

- Só estava socializando - digo me sentando. - Agora a senhora que é bem elétrica.

- Bah, a Emilly tem razão mãe - Marcos concorda - Tu é fogo tchê!

Todos nós rimos, e o clima da mesa fica bem leve. O jantar seguiu mediante conversas amenas na mesa. Depois que o jantar havia acabado, começaram a tocar algumas músicas na pista de dança improvisada no meio do jardim da Laura, e sem muita demora os meus sogros se levantaram pra dançar.

Eu queria dançar, mas tinha que confessar que estava bem cansada, a barriga estava começando a pesar, por isso preferi ficar só olhando as pessoas dançando. O Marcos pede licença e segue em direção ao Luiz que acenava o chamando, e foi ai que eu realmente fiquei tensa.

Eu não sabia como começar, sabia que precisava disso, mas não sabia como começar. Percebendo minha batalha interna, a Carol toma a iniciativa .

- Então Emilly ... acho que finalmente a gente pode conversar.

- Então .. eu não sei bem como iniciar essa conversa - digo com sinceridade olhando pra eles.

- Eu acho o que houve com a gente foi apenas preconceito nosso, misturado com super proteção nossa com o Marcos - diz pela primeira vez o Juliano.

- A gente admite que exagerou muito - Carol fala - Quando a gente conheceu o Marcos ele não era tudo isso o que ele é hoje, ele cresceu muito e a gente acompanhou todo esse processo.

- Vimos ele começar e terminar relacionamentos que não davam certos , muitas das vezes porque não era nada baseado em sentimento, e sim em comodidade, e por mais que ele não admita, isso acabou afetando negativamente ele - Juliano diz.

- E quando a gente viu ele completamente entregue a tu no BBB, o medo dele se frustar mais uma vez foi maior. Então a gente precisa admitir que rolou sim uma pesquisa, não um dossiê, até porque seria bem ridículo da nossa parte fazer isso, mas só pra gente ficar mais tranquilo.

- Entendo Carol. Mas eu preciso saber de vocês em qual momento eu mostrei ser uma ameaça? - pergunto.

- Acho que naquele paredão em que o Daniel era o líder e tu o anjo, ali o Marcos já mostrava estar caidinho por tu, e tu mesmo sabendo que o Daniel iria nele, tu preferiu não imunizar ele - Juliano fala - Até dá pra entender por um lado, que tu tinha a Roberta e o Luiz pra imunizar, mas o entendimento para no momento que tu fala que o Marcos é a pessoa que tu mais gosta na casa. Entende a contradição?

- Se tu gostava tanto assim dele, porque não o defendeu para o Daniel? ou ainda, não o imunizou?! - Questiona Carol - Isso fez não só nós dois ficarmos em alerta contigo, como também a família dele.

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