Capítulo XII

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Boa noite, a quem segue esta breve história de amor queria deixar um agradecimento mas mais que isso um pedido de desculpas pela demora! Aqui vai mais um capítulo, obrigado!

Acordou no outro dia em quase 10 da manhã sentia-se cheia de energia e queria aproveitar ao máximo aquele dia de descanso pois sabia que ia ter uma semana dura e que culminava com uma viagem extremamente longa de avião. Apesar de ainda estar chateada com Beatriz queria estar com ela queria conversar e por os pontos nos is não queria deixar assuntos mal resolvidos, algo dentro dela dizia que ia entrar numa nova etapa na sua vida e aguardava ansiosamente por esse virar de pagina, queria ter novas historias para contar, conhecer novas pessoas, adorava a emoção que sempre sentia antes de uma nova viagem parecia-lhe sempre que nestas alturas acordava de um estado latente e de alguma inercia em que se movimentava no seu dia a dia apesar de que os últimos tempos tinham sido tudo menos calmos, no ultimo ano a sua vida tinha dado uma volta de 180º. O fim da relação com Paula o reaproximamento dos amigos, a Beatriz ter aparecido na sua vida e agora a ida para o Brasil, muito mais do que o trabalho movia-lhe a expectativa de conhecer Ana e outras pessoas com vivências novas e totalmente diferentes da sua, queria conhecer o Brasil e principalmente o Rio de Janeiro tinha a certeza que ia adorar o ambiente que movia aquela cidade.

Tal como combinado ao meio dia estava à porta da casa de Beatriz, ligou-lhe para avisar que já estava à sua espera, Beatriz pouco depois a entrava no carro.

Cumprimentaram-se com um beijo rápido.

- Então já sabes onde vamos? – perguntou Sílvia.

- Sim vamos sair de Lisboa, vamos almoçar ao restaurante de um conhecido meu no Meco.

- Ui no Meco, não vou para esses lados há anos, espero não me perder, sabes bem o caminho?

- Sim sei, saí de Lisboa e vai como se fosses para Sesimbra depois explico-te.

Sílvia acenou afirmativamente com a cabeça.

- Bem quero começar por pedir-te desculpa pelo que disse ontem ao telemóvel, não tinha o direito de o fazer, falar sobre a Paula muito menos nos termos em que falei, mas apanhaste-me demasiado de surpresa, sabia que a empresa ia alargar-se para o Brasil mas não fazia ideia que tu estavas envolvida nesse projecto, e em relação ao assunto da musica confesso, senti ciúmes da maneira como falaste de outra mulher desde que nos conhecemos nunca tinhas falado com tanto entusiasmo de ninguém. – Beatriz disse tudo isto olhando directamente para Sílvia tinha-se sentado de lado no banco do carro, mais uma vez estava muito atraente com uns jeans já gastos em ganga clara e com uma camisa branca muito fina quase transparente que deixava ver o top que tinha por baixo e todas as curvas do seu corpo, tinha o cabelo apanhado e uns óculos de sol de aviador espelhados. Sílvia não conseguiu deixar de pensar em como Beatriz era uma mulher muito bonita e não pode conter o riso quando ela disse que tinha sentido ciúmes.

- Sei que também fui demasiado bruta contigo, mas não pode deixar de me sentir triste, tu foste a primeira pessoa com quem quis partilhar e simplesmente não estavas lá, sei que não tenho qualquer direito sobre ti e nem por onde ou com quem andas, mas não pode deixar de sentir... em relação aos ciúmes não tens razões para isso somos de dois mundos muito diferentes e a única coisa que nos liga é a letra de uma musica, falando da Paula sim não tens o direito de falar sobre o que e quem não conheces e isso peço-te que não voltes a fazer.

- Ok e mais uma vez peço-te desculpa por isso foi uma saída muito infeliz da minha parte, agora conta-me do inicio essa história da musica, de onde apareceu e tu falaste do Rodrigo mas foste tu ou ele que escreveu a letra? Fiquei um pouco confusa com o que me contaste ontem estavas a falar muito rápido e eu ainda estava ensonada, vá conta-me tudo. – enquanto falava Beatriz colocou a sua mão na nuca de Sílvia com a ponta dos dedos percorria-lhe a pele desde o base do pescoço até embrenhar-se pelos seus cabelos em gestos suaves e muito meigos. Antes de entrar na ponte Sílvia encostou o carro numa das saídas de emergência tirou o cinto o seu cinto e o de Beatriz puxou-a para o seu colo e beijou-a longa e ardentemente, os carros que passavam ao seu lado abrandavam para ver melhor o que se passava ali entre aquelas duas mulheres. Após aquele beijo demorado Beatriz ao seu colo perguntou-lhe:

Simplesmente Aconteceu (romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora