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  Kwon Jiyong P.O.V

  O senhor Yoo jogou algum tipo de papelada em minha mesa me fazendo parar de girar e prestar atenção naquele papel pardo.

— O que é isso? — perguntei me poupando do esforço de abrir o envelope.

— Uma policial vai se transferir para cá, vou deixá-la em suas mãos, Kwon.

  Disfarcei muito bem o desgosto que senti ao descobrir que teria que tomar conta de uma novata, suspirei pegando o envelope lendo seu currículo. Lee Chaerin.

  Alguns policiais apareceram correndo e  anunciando barulhentamente suas chegadas todos com o mesmo semblante preocupado. Parei de prestar atenção nos papéis olhando para os três.

— A criminosa CL foi vista de novo na Espanha.

LEE CHAELIN P.O.V

  — Alô? Hyeri? Posso te pedir um pequeno favor?

  Perguntei gentil para a mulher do outro lado da linha.

— Claro garota, o que você quer?

— Poderia reproduzir um de meus crimes longe daqui? Preciso despistar alguns policiais. Vou te mandar as informações.

KWON JIYONG P.O.V
 
  Saltei da cadeira jogando os papeis na mesa e os olhando em silêncio. O senhor Yoo saiu do local com os outros três indo alertar a polícia espanhola.

  Liguei a televisão procurando o canal onde se passava a notícia. Joguei o controle longe vendo que não o monitoraram. COMO NUNCA CONSEGUEM UMA FOTO SEQUER.

LEE CHAERIN P.O.V

  Me vesti de acordo com a situação prendendo meu cabelo e sorrindo ironicamente, será que devo fazer papel de policial má ou policial boazinha? Coloquei uma goma de mascar na boca saindo do hotel e indo até o endereço que Himchan tinha me passado. Entrei no prédio vendo algum tipo de homem meio frustrado remexendo em papéis e procurando dados no computador, bati em sua mesa o fazendo levantar o seu olhar para mim.

— Com licença?

  Disse sorrindo assim que consegui sua atenção.

— Quem é você?

  Ele virou a cabeça na minha direção perguntando sem nenhum interesse ou vontade de ser simpático. Me esforcei para continuar com o semblante sorridente intacto.

— Sou a agente transferida, Lee Chaerin.

  — Ah. — Ele sorriu meio em deboche. — Vou ser responsável por você.

  Assenti ainda sorrindo tentando não demonstrar que percebi o seu deboche, ele não parecia nem um pouco com um policial, sua expressão séria o fazia parecer mais ainda com qualquer outra coisa menos com um homem da lei.

— Você precisa de alguma coisa ?

  Ele dispersou sua atenção muito rapidamente, não digo o mesmo, não sei porque mas ele me fazia querer desvendar cada ponto de sua expressão enigmática prendendo meu olhar mais e mais.

— Temos uma admiradora para o Jiyong?

  Um homem sorridente entrou se juntando à nós.

— Sou Bang Yongguk, e você?

  Ele perguntou estendendo a mão para que eu a apertasse.

— Lee Chaerin.

  Falei simplesmente quase me esquecendo de apertar sua mão.

— Desculpe Jiyong por esse jeito frio de ser, ele não ta acostumado com mulheres ou com qualquer tipo de relação que envolva sentimentos.

  O homem riu do amigo que nem se preocupou em retribuir o olhar.

KWON JIYONG P.O.V

  Eu estava concentrado apenas em achar qualquer que fosse a informação sobre o roubo na Espanha mas parece que apenas foi uma cópia de outro crime antigo. A CL não é uma criminosa qualquer, ela não rouba só por roubar. Sempre que o faz tem algo por trás. Como roubar criminosos, políticos e até empresas envolvidas com lavagem de dinheiro mas agora não tem nada? Tenho certeza que tem algo por trás. Coincidências não são do seu feitio.

  — Sunbaes, preciso de ajuda aqui!

  O estágiario gritou me fazendo parar o  que estava fazendo e ir até ele junto com Yongguk.

LEE CHAERIN P.O.V

  Inclinei meu corpo levemente para ver o que tinha naquele computador que o deixara tão entretido. Soltei uma risada em deboche, então ele tem uma quedinha por mim? Ele lia um relato do "meu" último crime.
   Será que ele é tão esperto a ponto de saber que eu nunca cometo crimes superficiais? Ele voltou levando seu olhar para mim quase me perguntando por que me meti aonde não fui chamada.

— Você também tem um fascínio por capturar CL?

  Perguntei voltando a minha postura e me sentando na cadeira da outra mesa usando as rodinhas para me aproximar.

— Não é "fascínio" por capturar alguém. Eu tenho essa mania se querer saber o porque de tudo, só não achei um porque para seus crimes.

  O olhei surpresa por diversos motivos. Um,  ter falado mais de uma frase ; dois, ter abandonado o semblante sem emoção; três, ter me respondido com sinceridade; quatro, ser uma coisa que eu não esperava.

— Não achou, de verdade? Pode ser que ela começou a fazer isso para sobreviver, você sabe, jovem sem dinheiro, más influências... E agora faça por pura ironia.

  Acho que "me" abri demais para ele, tudo bem, ele só vai enxergar isso como uma dedução falha de qualquer modo.

— Ironia?

  Ele perguntou erguendo as sombrancelhas como se não acreditasse em nada do que eu estava falando.

— É, ela rouba corruptos. Uma criminosa que rouba criminosos.

— E esse último banco?

— Como sabe que ele é um banco confiável? Ele é um paraíso fiscal para alguns clientes especiais, mas especificamente os que pagam a mais.

— Como você sabe disso?

  Ele enfatizou tanto a palavra "você" que quase parecia uma ofensa, não pense que é melhor que eu em nenhum aspecto.

—   Gosto de investigar instituições. Só não o denunciei por falta de provas conseguidas legalmente.

  Dei de ombros, ele me olhava boquiaberto.

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Tudo bom babies?

  Obrigada por acompanharem mais uma de minhas histórias.

O que estão achando?

XOXO.

A dirty mind, an isane heartOnde histórias criam vida. Descubra agora