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LEE CHAERIN P.O.V

  — Vamos logo com isso. —

  Sentei na mesa do escritório de Himchan olhando para os dois caras um impaciente e outro curioso. Me segurei para não sorrir com deboche, Matthew era um brutamontes sanguinário mas era um completo idiota.

— Meu plano é o seguinte, quero explodir a casa presidencial.

— Por quê? — Matthew perguntou sem entender.

  Himchan desencostou da parede e descruzou os braços boquiaberto e pronto para ouvir minha resposta.

— O governo do nosso país está uma merda.

  Falei com um sorriso ladino, os dois me observavam estupefatos. Nunca tinha feito algo tão grande e aparentemente eles também não.

— Consegui todas as trocas de turno que demoram quinze minutos cada e acontecem três vezes, na segunda você se infiltra lá. — apontei para Matthew — E Himchan, tive acesso ao endereço dr um galpão da policia militar, só vai ter que conseguir a senha de acesso para entrar, explosivos é o que não faltam.

  Expliquei algumas das funções básicas deles.

— Bom a segunda parte me inclui, Matthew você irá me deixar entrar e eu irei colocar os explosivos em três pontos...

  Remexi meu bolso à procura do meu celular para lhes mostrar a planta do local.

— Ainda não pensei no meu disfarce mas provavelmente vou ser uma  representante estrangeira visando negócios. Assim que me deixar entrar você vai me acompanhar até lá dentro, daremos o fora dali por outra saída.

— Himchan, você também consegue me agendar essa consulta com o presidente? Sei que muitos dos seus contatos tem esse poder.

— Você está certa querida, isso não vai ser difícil, o único problema vai ser o galpão militar mas eu darei um jeito.

— Ótimo, Matthew entendeu o que tem que fazer? Não pode errar a posição e tem que se livrar do outro cara.

— Eu não irei falhar.

  Ele tentava passar auto-confiança com o olhar que nem sequer encontrava o meu. Assenti dando um voto de confiança a ele.

  — Isso é basicamente o que vamos fazer.

  Saí do local determinada em ir pegar minha carta de demissão hoje mesmo, comecei a andar antes de pedir por um táxi meio impaciente e querendo que tudo acabasse logo.

  Um sentimento estranho me atingiu ao pensar em Jiyong eu não queria deixá-lo assim, não queria perder a única pessoa que fazia com que eu me sentisse bem, me  sentisse humana,  alguma garota normal que não tivesse cruzado com o mau caminho. Não queria que ele pensasse que me aproximei por interesse ou que ele se sentisse traído. Não podia aguentara ideia de Jiyong duvidando de meus sentimentos 

  Eu me recuso a admitir a mim mesma mas eu inevitavelmente me apaixonei por ele e a pessoa que eu mais amo pode não querer olhar na minha cara daqui poucas semanas. Desci do táxi a poucos metros do local começando a caminhar sendo interrompida por Jiyong que me arrastava para o lado oposto.

- Ei! Jiyong! O que foi?

  Perguntei arregalando os olhos ele segurou meus ombros olhando para olhando nos meus olhos e dizendo.

— Não chegue perto de lá e nem daquele  desgraçado nunca mais .

  Em vez de uma de suas expressões fechadas e sérias ele parecia realmente preocupado o que me preocupava também.

- O que aconteceu? — Coloquei  as duas mão em meu rosto que certamente  estava mais pálido logo descendo meu olhar para suas mãos em meu ombro.

- Suas mãos estão tremendo e você está mais pálido, o que aconteceu?

Continuei a perguntar, realmente não era algo normal

- Eu estou morrendo de raiva.

Ele disse inquieto segurando minhas mãos.

- OK, vamos sair daqui.

  Ela assentiu e começou a andar na direção oposta a que vim, parei de insistir e resolvi esperar pelo seu tempo. Ok, posso ser paciente.

   Fui caminhando até chegar ao portão daquele parque que eu nem sabia o nome, ele ficou surpreso ao ver aonde tínhamos parado, arranquei os saltos do meus pés que já estavam latejando.

— Vamos, me conta o que aconteceu quando estivermos lá dentro.

  Tomei frente entrando no parque fechado. Um dia quero vir nesse parque pela manhã. Ele pulou do portão olhando no fundo dos meus olhos e esbravejando a história de como foi seu dia. Peguei a lanterna em seu bolso e a liguei.

— Me desculpe.

sentei na grama que brilhava embaixo da luz do aparelho. Ele suavizou a expressão  que com certeza lhe traria marcas de expressão mais tarde, porque ele ficou tão zangado?

— O quê?

— Você disse que eu teria que lhe compensar se seu dia fosse um tédio, eu acho que foi pior do que
entediante, me desculpe.

— A culpa não é sua de ele ser um babaca.

Ele rosnou.

— A situação não vai melhorar se você ficar zangado desse jeito.

  Falei e sentando na grama verdinha que fazia cócegas em meus pés fiquei impressionada o quão bem cuidada era. Nas outras vezes não pude perceber essas coisas.

   Ele me olhou rabugento o que quase me fez rir, ele chegava a estar fofo daquele jeito.

— Por que você está rindo? — Ele perguntou sentando também

— Nada. — Balancei a cabeça negativamente.

KWON JIYONG P.O.V

— A situação não vai melhorar se você ficar zangado desse jeito.

  Ela falou quase num sussurro, virei o rosto na direção dela e logo depois ela riu me deixando confuso, "Era como um raio de sol cortando uma nuvem de tempestade" agora eu entendia aquelas palavras, dei um sorriso involuntariamente.

— Pensei em um jeito que você pode me compensar .


A dirty mind, an isane heartOnde histórias criam vida. Descubra agora