LEE CHAERIN P.O.V
- Pensei em um jeito que você pode me compensar.
O mais velho disse sorrindo e encarando uma árvore qualquer logo desviando sua atenção para mim.
- Como?
Perguntei um tanto curiosa com a lanterna ainda nas mãos. Ele apoiou o corpo nos seus joelhos enquanto eu o observava em silêncio sem conseguir descobrir o que ele faria depois.
Começou a me encarar do jeito que ele sempre fazia, com aquele olhar profundo que chegava até o fundo da minha alma e parecia vasculhar todos meus segredos, senti um frio na barriga que já era habitual e ele continuava com aquele sorrisinho ambíguo.
- Você vai me contar ou está esperando que eu leia sua mente? - Perguntei impaciente.
Ele se aproximou muito mais rápido do que eu achava que era possível e sem que eu pudesse reagir inclinou a cabeça juntando meus lábios com os dele, seu beijo era intenso e provocava uma explosão de sensações que me faziam o corresponder com a mesma intensidade, ele levou uma das mãos ao meu cabelo a enrolando nos fios e a outra ele envolveu minha cintura me puxando para mais perto, minhas mãos estavam em sua nuca acariciando o começo de seus cabelos.
Ele já tinha me feito perder a noção do tempo, não sabia se tinham passado horas ou segundos eu só tinha a noção de que eu esperava que durasse pela eternidade. Nos separamos sem desviar o olhar um do outro encostando nossas testas, ele ainda abraçava minha cintura.
- Eu queria fazer isso a muito tempo.
O canto da sua boca se elevou formando um sorriso travesso que me provocou a contribuí-lo.
- Não tinha muitas expectativas em você.
Falei o provocando e desviando o olhar dele.
- Como assim?
- interprete como quiser...
- Não, agora eu quero saber!
Deixei escapar uma risada, me divertindo com a situação, levei minhas mãos de sua nuca até seu rosto tendo certeza, mais uma vez, que ele despertava a melhor versão de mim mesma. Depositei um beijo em seu nariz.
- Estou indo agora.
- Você vai me deixar aqui? Sozinho?
Ele falou estupefato tendo uma reação exagerada na tentativa de fazer manha.
- Você é um adulto que sabe se virar não é?
- E daí? Isso não te da o direito de ir embora assim.
Dei risada.
- Já está dependendo de mim assim?
- Isso não é dependência, se chama bom senso, não tem ônibus nem táxi a essa hora.
Ele falou irritado.
- Claro que tem táxi, quer que eu chame um para você?
- Não vai me fazer esperar um táxi num parque fechado não é?
- O que sugere? Que eu te leve para minha casa?
- Não seria má ideia.
Ele sorriu me despindo com o olhar o que fazia meu coração acelerar e eu tentar esconder minha vergonha.
- E se eu não tiver bom senso?
Perguntei cruzando os braços, ele revirou os olhos derrotado já começando a perder a paciência.
- Tá bom, OK! Chame do que quiser, dependência, bom senso, javali. Mas custa ficar comigo por mais apenas alguns segundos ?
Um sorrisinho bobo surgiu involuntariamente e eu comecei a observá-lo.
- O que foi?
- Admitir não doi tanto assim não é? Vamos logo, só não tente gracinhas e saiba que quando o táxi chegar você vai embora.
Peguei meus sapatos andando em direção a saída, ele sorriu me acompanhando pelo parque.
Tirei o cartão da bolsa colocando-o no sensor para abrir a porta.
- Tudo isso de espaço e você ainda me chuta para fora Tcs tcs tcs.
Ele estalava a língua em tom de reprovação.
- Eu não estou te chutando para fora.
Ele se jogou no sofá e começou a me encarar em silêncio apenas com um sorriso ladino.
- O que foi?
- Você não acha que devia admitir que deveríamos namorar?
- O que?
Perguntei meio que por impulso acordando para vida e percebendo que aquilo seria impossível, não é que eu não sentisse nada por ele mas é que seria difícil namorar alguém sendo uma criminosa mundialmente conhecida e ainda ter que esconder do meu namorado por ele ser a chave que pode me jogar na cadeia. Ele iria me odiar se descobrisse.
- Nós nos beijamos mas não significa....
Ele levantou do sofá ainda me olhando com seus olhos eletrizantes e caminhando para mais perto.
- Um beijo pode iniciar muitas coisas...
- Jiyong, olha eu não sou o tipo de pessoa que você iria querer algum relacionamento.
- Eu que decido isso não é? Não me diga que não gosta de mim, acho que ninguém beijaria alguém daquele jeito se não gostasse da pessoa.
Tá, ele que decide? Tudo bem, vamos ver até quando vai durar isso.
- Você quer namorar comigo? Tudo bem, você sabe que não é unilateral, ótimo mas não diga que eu não avisei quando nós dois estivermos com corações partidos.
- Porque estaríamos?
Ele me perguntou arqueando as sobrancelhas.
- Acredite ou não, a vida é cruel.
Falei desviando o olhar dele e cuspindo as palavras, ele extinguiu a distância entre nós segurando o meu rosto em suas mãos me fazendo olhar para ele de novo.
- Ei, esqueça problemas futuros, foca no agora deixa para viver tudo na hora certa, só... Pense que agora você está louca para me beijar e por pura coincidência eu também.
Dei risada.
- Antes disso eu vou tomar banho.
Falei me virando para até o banheiro.
- Ah não tem problema, eu te acompanho até
Ele começou a me seguir.
- E você vai ficar aqui quietinho esperando o táxi e não abusando da minha bondade.
- Eu vou tentar.
Ele falou envolvendo meu rosto com as mãos e me beijando brevemente.
[...]
KWON JIYONG P.O.V
Acordei antes de Chaerin a observando, sentindo sua respiração calma bater no meu peito descoberto, tirei seu cabelo que caia sobre seu rosto sentindo, pela primeira vez em tempo, uma paz que me deixava estupidamente calmo. Voltei a dormir mais uma vez sem ligar para o horário.
LEE CHAERIN P.O.V
Um raio de sol batia no meu rosto me fazendo acordar, esfreguei os olhos esperando para que minha visão focasse, quase pulei da cama percebendo que Jiyong estaria ali desde noite passada, entranhei ele não ter ido trabalhar e olhei no relógio.
Arregalei os olhos vendo que já eram 9:00
- YAAAH.
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A dirty mind, an isane heart
FanfictionEle, um homem que faria de tudo para proteger pessoas e seguir as leis, ela, uma mulher que faria de tudo para dificultar o seu trabalho. Dizem que o amor supera qualquer coisa, mas é possível um grande policial despertar mais um raio de humanida...