A dirty mind, an isane heart

1.16

LEE CHAERIN P.O.V

Eu abracei ele de volta desfrutando do calor de seu abraço e perdendo a noção de quanto tempo nós estávamos parados ali, eu não conseguia pensar em nada específico e sabia que ele também não, não era como uma coisa que se é comum enfrentar, eu não tinha ideia do que fazer ou falar.

- Então... Você prefere sushi ou pizza para a janta?

Ele perguntou enrolando o seu dedo em meu cabelo com um sorrisinho no rosto, dei risada sem entender o que tinha acontecido, tudo foi tão rápido e tão... Intenso.
Tudo nele era assim, tudo nele era como algo que te chamava para perto e depois te devorava, mesmo dando muito errado tudo era muito certo. Como um sentimento de euforia ou uma energia repentina causada por muito açúcar.
Muito rápido e muito excitante.

- Você vai ficar só me encarando mesmo ou vai me beijar logo?

Ele me perguntou sorrindo travesso envolvendo minha cintura com seus braços e me puxando para mais perto fazendo com que eu sentisse seu coração bater contra meu corpo me causando frio na barriga.

- Eu acho que eu quero sushi para a Janta...

Falei quase num sussurro.

- Eu acho que eu quero outra coisa para a Janta. - Ele me olhava de um jeito tentador.

- Para de ser tarado. - Falei sorrindo.

- Eu estava falando de pizza... Se eu provoco sua imaginação a culpa não é minha.

- Pizza parece uma boa ideia também.

- Você é linda sabia?

- É, eu já escutei isso algumas vezes...

- Se ser linda fosse crime, voir pegava perpétua.

- Ah não você não fez... - esquivei de seu abraço

A risada que ele continha ecoou pelo quarto enquanto eu andava ao redor sem ter lugar para correr.

KIM HIMCHAN P.O.V

Assim que cheguei em Busan peguei meu celular para ir atrás daquele policial, meus passos eram os mais calmos possíveis e meu corpo inteiro era controlado pelo receio de encontrar Chaerin com ele.
Olhei para trás parando bruscamente me perguntando se era paranóia ou se realmente tinha alguém me seguindo, desviei o caminho que meu celular indicava o guardando novamente.

Engoli em seco sem saber como agir nessas situações, eu era o cara do computador, eu agia por trás da ação, nunca como o personagem principal. Virei em um beco qualquer encostando na parede fria de concreto, engoli em seco esperando que meu coração não parasse de bater.

Fechei os olhos com força sabendo que meu perseguidor poderia surgumir na minha frente a qualquer momento, vasculhei meus bolsos com as mãos trêmulas procurando por qualquer coisa.

Peguei meu celular entrando no número daquele policial.

Se Chaerin estiver com você tire-a daqui, estou com problemas.

Fale a ela que é a Lady computador.

Bloqueie o dispositivo enfiando o mesmo no bolso do blazer, vendo a figura gigantesca surgir no meu campo de visão.

Matthew?

- Me desculpe.

Ele suava frio, certamente estava em pânico e com muita pressa, eu não entendia o porquê.

- O que você esta dizendo? O que esta fazendo aqui?!

Perguntei aos sussurros com o tom de voz escondendo minha raiva.

- Eles me deram muito dinheiro, cara.

- Eles quem? O que foi.

A falta de respostas me deixava impaciente. Agitava as mãos para descontar a ansiedade.

- Eu realmente não queria isso.

Ele se moveu mais rápido do que eu pôde ver, senti o objeto frio e metálico perfurar minha carne me causando uma dor excruciante, me mantive de pé olhando nos seus olhos.

- Seu bastardo louco, me encontre no inferno.

As minhas últimas forças eu gastei pensando em Chaerin, espero que tudo acabe bem para ela. Senti ele vasculhar meu corpo quase sem vida, arrancando meu celular e saindo dali rapidamente, me deixando agonizar no chão úmido até que a vida esvair completamente do meu corpo.

KWON JIYONG P.O.V

- Volta aqui. - Sorri andando atrás da mulher que rodeava o quarto.

- Depois dessa eu não quero mais.

Ela disse olhando para trás, meu celular vibrou no bolso da calça sinalizando uma mensagem de um número desconhecido.

"Se Chaerin estiver com você tire-a daqui, estou com problemas.

Fale a ela que é a Lady computador."

Meu sorriso desapareceu preocupando a loira que veio até mim com a expressão curiosa.

- Quem é lady computador?

Perguntei apreensivo segurando o aparelho mais forte. Ela me olhou com os olhos arregalados abaixando o celular para ler a mensagem.

- Me ajude a sair do país... Himchan que você esteja vivo.

Ela murmurou a última frase para si mesma e saiu rapidamente recolhendo as coisas pelo quarto, eu olhei para ela sem processar o que estava acontecendo.

- Parece que seus comparsas me acharam.