Mesa, Papel e Caneta (MPC): Nossa primeiríssima entrevistada é ninguém menos que Di Acordi, autora de A Filha da Necrópole. Di, antes de começarmos a nossa conversa, que tal fazer uma breve apresentação para seus atuais e futuros leitores?
Di Acordi: Olá, leitores e escritores. Aqui é a autora de A Filha da Necrópole, uma fantasia/romance que entrou no Wattpad em julho deste ano. Ao longo desses meses, conheci pessoas maravilhosas através da plataforma e, hoje, vamos especular juntos sobre um pouco de quem eu sou/o que eu escrevo. Sou uma jundiaiense de 24 anos, completei o ensino superior na área de logística e atualmente estou fazendo outro superior em gestão empresarial — eu sei, os cursos passaram longe das letras (risos). Espero que gostem de me conhecer um pouco!
MPC: Di, você é de Jundiaí, mas você nasceu aí? A sua cidade, de alguma forma, influencia na sua escrita?
Di: Sim, nasci aqui. Creio que minhas maiores influências de escrita se encontrem em outras obras, em vez de na minha cidade. Como parto para o gênero fantástico e gosto de criar mundos, ainda não coloquei Jundiaí como cenário em nenhuma narrativa (risos). Até porque, tenho certa dificuldade em adaptar coisas que já existem para as minhas histórias... É algo estranho de se dizer, porém muito real! (Risos).
MPC: Esse "ainda não coloquei" pode ser um sinal de que, algum dia, isso possa mudar?
Di: Talvez, quem sabe né? Conheço uma garota daqui de Jundiaí que escreveu uma fantasia sobre dragões e colocou a cidade na história. Embora ainda não tenha lido, achei interessante! Quem sabe uma fantasia urbana não me venha à mente algum dia?
MPC: Muito bem colocado. Agora, vou perguntar sobre os seus familiares e pessoas próximas. Como é a relação dessas pessoas com você como escritora?
Di: Na verdade, eles estão meio que conhecendo essa minha realidade agora. Nunca fui de mostrar minhas coisas para a família, ou falar sobre isso com eles — o velho medo de ser julgada, sabe? Mas, hoje em dia meus pais leem A Filha da Necrópole e adoram! Os comentários deles sobre os capítulos são a coisa mais fofa (risos). Fora eles, tem também meu namorado, mas este acompanha essa minha jornada desde antes de estarmos juntos oficialmente.
MPC: Além dos compromissos com a família, imagino que muitas coisas demandem seu tempo. Como você faz para aliar isso à escrita?
Di: A gente tem que saber se adaptar... Por mais que a vontade fosse de escrever em todo tempo vago, às vezes é preciso tirar um momento pra resolver outros assuntos — tipo as atividades da faculdade, as divulgações pro Wattpad... O negócio é focar nos livros quando se tem um momento de tranquilidade e concentração. Escrever correndo, não dá!
MPC: Como é a sua relação com seus leitores?
Di: Não poderia ser melhor. Quando eu digo que tenho os melhores leitores, não estou exagerando (risos). Eles são todos tão atenciosos e entusiasmados, amo cada comentário que deixam nos capítulos.
MPC: E como você enxerga o engajamento deles com o livro?
Di: Eu jamais imaginei que teria leitores tão comprometidos com a história, daqueles que a gente posta o capítulo e eles já vão ler. Então, eu estou positivamente surpresa. Amo muito o modo como eles adotaram meus personagens e a história.
MPC: Agora vamos falar de A Filha da Necrópole, sua principal obra no Wattpad. Você poderia contar para nós como foi que a inspiração para essa obra surgiu?
Di: Bom, é uma série de fatores (risos). Primeiramente, trevosa como só eu sou, sempre coloco uma parte sombria nas obras — em O Dragão do Rei, por exemplo, Karamel é executada no primeiro capítulo, voltando como uma morta-viva incendiária e sendo conhecida em toda Lífio como Degolada devido à cicatriz em seu pescoço, a prova de sua morte. Em A Filha da Necrópole, tudo começou com a Necrópole em si — embora, na primeira vez que imaginei a história, ela se voltasse para aquela coisa de "pastor dos pântanos" que quem acompanha as postagens do Wattpad ainda está perdidinho sem saber que diabos é isso (risos). Contudo, aos poucos essa garota surgiu em minha mente e, com o tempo, seus poderes. As coisas foram se moldando aos poucos e, também com a influência de obras de outros autores, como Patrick Rothfuss, Pierce Brown e um punhado de autores de mangá, acabou nascendo o livro.
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Revista MPC
Kurgu OlmayanA Revista MPC é um periódico inteiramente dedicado à literatura. Com foco em autores do Wattpad, a publicação traz resenhas, entrevistas, matérias, notícias, concursos e tudo aquilo que faz leitores e escritores vibrarem. Nosso trabalho não é uma si...