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Christopher

Jogo o bandido no chão e miro minha pistola em sua nuca, o imobilizo e tiro as algemas da cintura prendendo seus pulsos. Como eu odiava essa raça.

─ Vai traficar drogas agora no inferno, meu amigo ─ digo com ironia e o puxo o levantando.

Sigo em direção à viatura onde o jogo no porta-malas e fecho. Eu era policial há alguns anos e amava minha profissão. Trabalhava no décimo batalhão da PM, mas a maioria das nossas atividades estavam interligadas com as operações especiais, que trabalhavam diretamente com as favelas e o tráfico de drogas.

Meu maior desejo era um dia poder sair na rua e não ver esses drogados nos cantos acabando com vidas. Eu odiava traficantes e odiava usuários de drogas, meu pai ter sido morto por traficantes foi meu grande incentivo para entrar na polícia. Era prazeroso os prender.

Após entregar o bandido nas mãos do carcereiro, eu sigo até meu superior para saber o assunto que ele queria tratar comigo.

Adentro em seu escritório e fecho a porta atrás de mim.

─ Forzatt... ─ ele me olha e abre um sorriso, faço o mesmo. Aperto sua mão e me sento. ─ Forzatt eu serei direto, no próximo mês pretendo o colocar a frente de uma missão nas comunidades afim de pacificar toda uma região, queria que você liderasse porque sei que você é competente no que faz. Você é um dos melhores do batalhão e sei que sempre quis trabalhar diretamente com as comunidades. 

Fico extremamente feliz porque é exatamente isso que quero, eu quero trabalhar com operações ligadas somente com comunidades, só esperava a oportunidade surgir. Já fazia um bom tempo que aguardava.

─ Sim, senhor! ─ digo animado. ─ Será um prazer liderar a missão, senhor.

─ Você poderá escolher sua equipe, mas também mandarei alguns homens meus para o treinamento, lhe manterei informado.

─ Sim senhor, irei aguardar suas instruções.

Dito isso aperto sua mão e saio dali mais que feliz, havia conseguido justo o que desejava. Fui até o banheiro do batalhão e me dei uma rápida olhada no espelho tirando aquele uniforme da PM que me deixava louco de calor e ficando somente com minha camisa preta básica que usava por baixo.

Meu celular toca, é Wesley.

─ Fala, viado ─ atendo rápido. Eu e Wesley éramos como irmãos, fui criado com ele e tínhamos um parentesco forte. Sempre estávamos juntos nas festas e sempre o ajudava a se livrar de vacilos.

Eu sabia que Wesley era usuário de drogas, inclusive me afastei dele quando descobri, entretanto, ele prometeu parar e não usava de jeito nenhum na minha frente. Ele sabia que eu odiava qualquer tipo de droga.

─ Qual a boa, gostoso? ─ afina a voz. ─ Ei, quebra meu galho aí, tô sem carro e sem dinheiro, e... não sei onde eu tô.

─ Pelo amor de Deus, Wesley! Já disse pra não gastar seu dinheiro todo em festas, gasta com o táxi já que sabe que vai beber.

─ Na próxima vez eu vou lembrar, eu juro... Agora quebra esse galho aí pra sua priminha gostosa aqui ─ pede.

Rolo os olhos e desligo, o que não fazia por esse trombadinha...

Um plano da vida #1Onde histórias criam vida. Descubra agora