Capítulo 13

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— AH É? VOCÊ TÁ COM PRESSA? ENTÃO PEGA UMA FERRAMENTA E AJUDA A GENTE A FAZER ALGUMA COISA AQUI, SEU GATO DESGRAÇADO, PORQUE EU TÔ FAZENDO O QUE POSSO PRA ARRUMAR ESSA PORCARIA DE NAVE! OU POR ACASO TÁ ACHANDO QUE TÔ DE BRINCADEIRA FAZENDO PORCARIA NENHUMA ENQUANTO O SENHOR FICA POR AÍ NA ESBÓRNIA PROCRASTINANDO PRA LÁ E PRA CÁ EM UM PLANETA QUE VOCÊ NEM CONHECE? ACHA QUE É PODEROSO, É ISSO? DEIXA EU TE DIZER UMA COISA, SENHOR JEDI: NA MANUTENÇÃO DESSA DESGRAÇA, QUEM MANDA AQUI SOU EU, ESCUTOU? SOU EU! EU DECIDO QUANDO QUE ESSA BANHEIRA LEVANTA VÔO, E VOCÊ QUE FIQUE QUIETO NO SEU CANTO E ESPERE!

Enquanto eu pulava e esbravejava de tanta raiva, vi Hachi cair no chão tomado pelo sofrimento de ter o seu rosto lambido pelas chamas, que derretiam a carne do lado esquerdo de sua face, transformando aquilo em uma pasta preta e nojenta. Não que seja uma memória das mais belas de se guardar, mas ainda me recordo do cheiro podre de carne de gato torrando, enquanto o pobre Jedi se contorcia em agonia. O que era um poderoso cavaleiro Jedi, dessa vez não passava de uma criatura tomada pela dor, enquanto o fogo consumia uma parte da sua cara, e seu olho amarelo e bonito agora não passava de uma massa disforme e nojenta que escorria e se misturava à carne pastosa, derretida e lotada de bolhas de puz das queimaduras.

Acham que eu fui cruel ou sádico demais com ele? Sinto dizer, vocês não sobreviveriam nem dez minutos-padrão em um botequim ou bordel daqueles meia-boca em Nar Shaddaa ou os espaçoportos de Tatooine, onde parte da podridão da galáxia se junta para fugir de encrenca com a República e arrumar outras entre si. Foi para escapar dessas encrencas que eu me envolvi com a criatura mais amável da galáxia: Rochelle!

Assustada com toda a gritaria e o cheiro horrível de queimado, Thalia veio em nossa direção, e o que ela viu a deixou completamente transtornada. Em algum momento, fez um pequeno esforço para me segurar e me afastar daquilo. Suas forças, entretanto, tinham se esvaído ante aquela visão grotesca.

— Shizo... O que está acontecendo aqui? - Ela perguntou.

— Isso é uma lição pra essa bola de pelos ambulante aprender a não perturbar o juízo dos outros durante um trabalho! - Respondi ainda revoltado.

No meio dessa bagunça, ouvimos o barulho de speeders chegando. Eram dois: Haquim e Minora vinham na frente, enquanto Niyv e Erak estavam imediatamente atrás. Não é necessário imaginar que, assim que se deram conta do ocorrido, foram imediatamente em socorro do companheiro deles.

Minora veio imediatamente tirar satisfação comigo:

— O que você você acabou de fazer aqui, Shizo? Ficou maluco de vez?

— Maluco eu ficaria se não desse um jeito desse sujeito calar a boca! - Respondi.

Não demorou muito para que esquecessem de mim e tivessem suas atenções voltadas para o cara de gato.

— É, o bola de pelos tá muito mal mesmo. Vamos leva-lo pro quarto e tentar aplicar os primeiros socorros logo. Minora, pode dar uma ajuda aqui, por favor? - Solicitou Erak.

Dito isso, bastou que suas mãos de kamino encostassem no pobre coitado do Jedi queimado para que seus gritos de dor e agonia finalmente parassem. Nunca entendi qual droga anestésica ela usou, sei que foi muito eficiente.

— Agora que ele calou a boca, tentem dar um jeito de arrumar esse estrago feito. Qualquer coisa, peçam pro Nagai aí ajuda-las com os procedimentos, eu já alcanço vocês. - continuou Erak.

— Se vocês quiserem, a minha mestra tem um tanque bacta. Acho que ela não faria objeção em empresta-lo a vocês - interveio Thalia.

— Disso vamos precisar mesmo, minha filha! Porque do jeito que tá isso aqui, com o que temos na nave não dá pra fazer muita coisa! - respondeu Haquim.

Star Wars - O Esquadrão AmareloOnde histórias criam vida. Descubra agora