Capítulo 14

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- É, acho que acabamos por aqui! – Comentou Erak enquanto limpava as mãos em um pano branco, feliz por finalmente termos terminado todos os consertos e melhorias da nave. 

- Vamos ficar te devendo essa, Thalia! Por quanto sai essa ajuda? – Perguntei, checando o status dos sistemas da nave. 

- Quanto a isso, não precisa se preocupar! Aparece aqui um dia desses quando não estiver em uma das suas missões importantes e a gente sai pra beber alguma coisa. Daí eu te apresento melhor esse lado do planeta. 

Quando me pego pensando nela, me pergunto onde estariam todas as boas almas da galáxia. Seria essa uma qualidade rara nesse canto do universo onde nós vivemos? Ou eu realmente dei a maior falta de sorte do mundo e sempre vivi na mesmos bolha a qual pertence os charlatões, contrabandistas e  toda sorte de criatura vil e desprezível que só sabe viver apenas à custa dos outros? 

Outra coisa que eu me perguntava também é porque raios essa gente não carrega um droide pra ajudar nos pequenos reparos. Essa tarefa de diagnostico da nave principalmente é tarefa deles. Minha inteligência não serve para ser gasta desse jeito com esse tipo de serviço. Do jeito que as coisas andavam, tendo eu que cuidar de todos esses detalhes, estava quase pensando em mudar meu nome e me comunicar por meio de ruídos polifônicos. R2D2, quem sabe. Seria um excelente nome. 

- Por aqui está tudo certo, ao que parece. Agora é esperar para por essa beleza para voar de novo. – Comentei, guardando o datapad. – Imagino que vocês voltarão pra companhia da senhora Bardha, não é? 

- A essa hora? Melhor descansarmos por aqui e esperar até amanhã. Ninguém veio nos importunar mesmo. – Sugeriu Erak. 

Foi quando ouvimos o som dos speeders novamente. Dessa vez, apenas três haviam voltado. Hachi não estava com eles. Minora e Haquim não estavam com a cara das mais felizes. Quanto ao Niyv... Bom, esse aí estava pouco se importando com o que acontecia ao redor dele. 

- Pelo asteroide! A comida tava tão ruim assim? – Perguntei. 

- Não, mas a vontade que eu estou de fazer carne de gato assada pra dar uma lição em um certo Jedi teimoso é enorme! – Resmungou Minora. 

- Aconteceu alguma coisa com o Hachi? – Perguntou Erak. 

- O amigo de vocês estava irredutível quanto à decisão de enfrentar o cruzador dos Sith para salvar o povo que ele viu em sua visão. Mesmo com a gravidade dos ferimentos, pegou uma de nossas naves menores e partiu sozinho. – Respondeu uma terceira voz feminina. 

Não havíamos notado – pelo menos eu não notei – que Niyv trazia uma outra pessoa consigo. Encapuzada com sua túnica azul-escuro, se camuflava perfeitamente no breu da noite. Caso estivesse fora do alcance das luzes de emergência que iluminavam a nave, sua voz passaria por algum som do além que falava conosco através do mundo dos mortos. E também não acredito nessas coisas, mas andando com bruxos para tudo quanto é canto da galáxia e depois de testemunhar coisas macabras por aí, já não duvidava de mais nada. 

- E quanto à senhorita? Creio que ainda não fomos apresentados! – Falei. 

- Quer demonstrar um pouco mais de respeito, por favor? – Ralhou Minora, e eu não entendi o motivo. Nem a moça se importou. 

- Deixe estar, Minora. O pequenino aqui não fez nada de mais. Você deve ser Shizo, não é? – Perguntou-me a moça, vindo em minha direção. 

E se abaixou e me fitou, olho no olho. Na verdade eu deveria dizer máscara no olho, pois ela usava algo que lhe cobria completamente o rosto. 

- Acho que devem ter falado de mim por aqui! Muito prazer, eu sou Bigg Bardha, a líder da capital de Calista. 

- Ah! Então é você a senhorita Bardha!?  Sua funcionária falou muito bem de você! Prazer em conhecê-la... Ou pelo menos sua voz... – Cumprimentei estendendo a mão direita de cima. 

Star Wars - O Esquadrão AmareloOnde histórias criam vida. Descubra agora